Caixa e BB esperam que taxa de juros fique estável no curto prazo

Caixa e BB esperam que taxa de juros fique estável no curto prazo

Fonte: DCI

A Caixa Econômica Federal não espera que o Banco Central irá mexer na taxa básica de juros da economia, a Selic, em curto espaço de tempo. O presidente da instituição, Jorge Hereda, afirmou que as projeções não indicam que o aumento “está tão próximo assim”. A afirmação foi feita em evento realizado ontem para inauguração de um data center em conjunto com o Banco do Brasil (BB). “O mercado está precificando isso, mas a Caixa não está. E isso não está mexendo com a captação”, afirmou Hereda, acrescentando que a possibilidade de nova redução dos juros praticados pela instituição, depois dos cortes realizados desde abril de 2012, vai depender de ganhos de eficiência e produtividade.

O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, afirmou que uma eventual mudança nos juros praticados pelo banco estatal vai depender de uma decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC e que não serão feitas mudanças com base na volatilidade atual na curva de juros. “É natural que a gente tenha correção técnica se por acaso a autoridade monetária sinalizar aumento da taxa básica de juros. A gente faz as correções técnicas dentro do espaço possível”, disse Bendine.

Seguindo a mesma linha da Caixa, Bendine declarou ainda que “talvez a velocidade de uma provável elevação da taxa de juros não ocorra num curto espaço de tempo, até pelo cenário que está dado no momento”. No evento, Jorge Hereda defendeu a elevação do limite para compra de imóveis com recursos do FGTS, que está em R$ 500 mil. “A Caixa acha que é importante que a gente reveja, sim. O potencial no Brasil do crédito imobiliário é muito grande, podemos chegar 10% do PIB em curto espaço de tempo. É importante que se tenha incentivo para isso. O ministro Guido Mantega já conversou com os bancos e lidera essa discussão”, afirmou. Há expectativa de que o limite seja elevado de R$ 500 mil para R$ 750 mil.

Hereda disse ainda que a Caixa e o BB têm conversado muito sobre integração nas áreas de infraestrutura e logística. “O BB e a Caixa têm muito que economizar em questão de compartilhamento – de segurança e transporte de valores a outras questões, como suprimento de material. Nós estamos conversando com o pessoal de operações do BB para ampliar essa experiência”, afirmou o executivo da Caixa.

Fonte: DCI