12 dez Construtora adota práticas sustentáveis com reutilização de resíduos na própria obra e economiza com bota-fora
Fonte: Revista Equipe de Obra
A aposta em soluções construtivas sustentáveis na execução do Centro Administrativo Raizen, do Grupo Cosan, em Piracicaba (SP), rendeu significativa redução nos custos da obra. No empreendimento, executado pela Omar Macksoud Engenharia, foram adotadas soluções para a obtenção da certificação Leadership in Energy and Environmental Design (Leed) de edificações sustentáveis – entre elas, a de se reduzir o encaminhamento de resíduos gerados durante a obra para aterros ou incineradores da região.
Em dez meses, foram gerados mais de 1.300 m³ de resíduos, dos quais 17% puderam ser reutilizados na própria obra, resultando em economia de R$ 13.200 – que teriam sido gastos com transporte e destinação do material.
“Se considerarmos também a economia obtida com novos materiais – pelo simples reúso -, teremos uma redução de custos que ultrapassa os R$ 20 mil”, explica o engenheiro Daniel K. Ohnuma, gerente de obras sustentáveis do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), que prestou consultoria ambiental à construtora. Veja a seguir os detalhes de cada solução.
Plásticos
Cerca de 5 m3 de lona preta foram separados dos demais resíduos e usados na camada de contenção de umidade na concretagem de uma calçada externa, enquanto 303 m³ de embalagens, tubos e conexões de PVC, baldes e copos foram enviados à cooperativa de catadores de lixo e reciclagem.
Entulho classe “A”
Restos de concreto, cortes de blocos e raspagem de pisos elevados e intertravados foram aterrados na própria obra, em locais especificados pela engenharia (subsolo de garagem, aterro do platô, aterro da entrada principal, aterro da Estação de Tratamento de Esgoto), somando 98 m³ de resíduos reutilizados. Outros 252 m³ de entulho de demolição foram para usina de reciclagem.
Madeira
Madeiras usadas em escoramentos, fôrmas e andaimes (90,5 m³) foram trituradas e utilizadas como compostos para o solo que receberia o paisagismo. Outros 200 m³ se destinaram a uma fábrica (detentora de licença ambiental), para a geração de energia (biomassa).
Gesso
Cerca de 13 m³ de gesso (forros e paredes) também viraram composto para o solo, junto com a madeira triturada. Outros 10 m³ de resíduos de drywall retornaram para o fabricante, como matéria-prima.
Manta Geotêxtil
A cura úmida das lajes foi feita com mantas geotêxteis, cujo entulho (15 m3) pode ser reaproveitado no sistema de drenagem da obra, servindo como envelope à tubulação das águas pluviais, enterrada.
Giovanny Gerolla
Colaboraram: Centro de Tecnologia de Edificações (CTE) e Omar Maksoud Engenharia.
Fonte: CTE>