Crise hídrica faz crescer procura por produtos ligados à economia de água

Crise hídrica faz crescer procura por produtos ligados à economia de água

A crise hídrica no Sudeste fez crescer a procura por produtos ligados à economia de água. Na guerra contra o desperdício, qualquer loja de material de construção oferece um precioso arsenal. Há quem prefira munição pesada.

Em uma loja na Zona Oeste do Rio, a venda de cisternas para captação de água de chuva aumentou mais de 90% nos últimos três meses.

O Jornal Nacional levou um engenheiro especializado em racionamento de água para selecionar os produtos campeões de eficiência. As novas gerações de torneiras economizam até 70% do volume de água.

“A proximidade da sua mão aciona a torneira. Afastou, ela vai fechar. Ninguém escova os dentes pela casa deixando a torneira aberta”, diz o engenheiro David Gurevitz.

Para o vaso sanitário, há até válvulas econômicas, que usam mais ou menos água. Eles são pequenininhos no tamanho, mas permitem uma gigantesca economia de água sem quebra- quebra ou dor de cabeça com obras. Os redutores de vazão só precisam ser acoplados às tubulações de torneiras ou chuveiros. E a economia de água pode chegar a 60%.

“Não precisamos nem tirar o tubo da parede. Basta tirar o chuveiro do tubo. Colocar o adaptador no chuveiro e rosquear de novo no tubo”, explica David Gurevitz.

Quem vai às compras, valoriza os produtos mais eficientes.

“Você compra uma torneira de 500 que é mais cara e uma de 100. Daqui um ano você tira a diferença na conta de água”, afirma o técnico em mecânica Marco Santos da Rocha.

Em um dos maiores sites de compra e venda na internet, a procura por tambores iguais ao mostrado no vídeo acima, usados como pequenas cisternas caseiras, aumentou quase 4.000% entre dezembro e janeiro.

A síndica de um condomínio instalou torneiras econômicas e redutores de vazão nas áreas de uso comum dos moradores. Ela também instalou hidrômetros individuais em todos os apartamentos. O resultado veio rápido. Em apenas um ano, a redução na conta d’água surpreendeu.

“Mais de 50%. Cada um tem que fazer a sua parte, no mundo todo”, defende a síndica Maria Auxiliadora.

Fonte: G1