Em SP, 47% dos lançamentos terão selo verde

Em SP, 47% dos lançamentos terão selo verde

O edifício comercial Eldorado Business Tower, que obteve certificado Leed de sustentabilidade da ONG Green Building Council, estima ter economizado 30% de energia e conseguido uma redução de 50% na conta de água em 2011.

Quem repassa esses dados é o CTE (Centro de Tecnologia de Edificações), que prestou consultoria para o projeto, localizado na avenida das Nações Unidas, zona sudoeste de SP.

O desempenho é indício de que a aplicação do conceito de sustentabilidade em edificações não tem a ver exatamente com filantropia. A preocupação com o impacto ambiental fez a cabeça de arquitetos –mas a promessa de economia de recursos e a possibilidade de um marketing mais agressivo também determinaram decisões.

Segundo Anderson Benite, diretor financeiro da CTE, uma construção sustentável pode custar apenas de 2% a 5% mais do que obras de edifícios convencionais.

Embora outros arquitetos consultados pela Folha falem de orçamentos até 20% mais caros, o conceito em voga de sustentabilidade acabou determinando novos rumos no mercado de imóveis em São Paulo.

Somados os lançamentos de 2011 e os que serão feitos até o fim deste ano, 47,2% dos novos imóveis destinados a escritórios e comércio se associam ao perfil verde –consomem menos energia e água e fazem uso de materiais pouco agressivos ao ambiente.

A estimativa é da consultora de imóveis Cushman & Wakefield, que prevê maior adesão em Curitiba, onde 48,3% dos edifícios comerciais lançados nesse mesmo período terão características similares. Rio de Janeiro vem atrás de São Paulo, com índice equivalente a 40,8%.

Em números absolutos, no entanto, São Paulo dispara. Com ajuda dos empreendimentos lançados para a Copa, o índice representa 773,5 mil metros quadrados a mais em empreendimentos sustentáveis. Em Curitiba, o número cai para 78,8 mil metros quadrados.

Fonte: Folha de São Paulo