07 dez Companhias enfrentam falta de engenheiros experientes
Para gerenciar uma obra, o engenheiro precisa ser experiente e isso significa mais de 15 anos de atuação. É necessário ter algumas obras no currículo e o ciclo de cada projeto é de pelo menos três anos. E, claro, ainda existe o problema da falta de mão de obra especializada que acomete o setor e que também bate à porta das empresas de gerenciamento de obras.
Mas com um agravante: precisam competir com as companhias de capital aberto, que são muito maiores, e geralmente oferecem remunerações mais altas e planos de ações. Se a vantagem não estiver no salário, está na contratação. Nas grandes empresas, os profissionais têm carteira assinada, o que nem sempre acontece em uma empresa de menor porte.
Segundo o Valor apurou, um engenheiro pleno, que não ocupa um cargo de diretor, tem salário de cerca de R$ 16 mil por mês – o que custa o dobro para a companhia no regime CLT.
“A falta de engenheiros limita muito o nosso trabalho, porque para atuar como gerenciador de obras são necessários, no mínimo, 15 anos de experiência”, diz Salim Lama Neto, da MHA Engenharia, que tem cerca de 70 projetos em andamento e atua nas áreas hospitalar, industrial e de shopping center.
Para reter profissionais, a CTE, com 130 funcionários, investe em um programa de aperfeiçoamento, que paga 50% de cursos, e adotou uma política de remuneração variável. “Atualmente, temos distribuído 40% do nosso lucro e temos conseguido manter uma rotatividade baixa”, diz Roberto de Soza, sócio da empresa. (DD)
Fonte:http://www.valoronline.com.br/impresso/empresas/102/348225/companhias-enfrentam-falta-de-engenheiros-experientes