Grande Recife surge como alternativa para mercado desaquecido

Grande Recife surge como alternativa para mercado desaquecido

Municípios como São Lourenço da Mata, Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Camaragibe mostram força no segmento econômico

MARCIO JOSE BASTOS SILVA/SHUTTERSTOCK

Vendas na capital pernambucana e nas cidades do entorno chegaram a 679 unidades no primeiro trimestre

Com o adensamento da cidade de Recife e com a consequente diminuição do número de terrenos disponíveis, o setor imobiliário está se voltando cada vez mais para a região metropolitana. Municípios como São Lourenço da Mata, Jaboatão dos Guararapes, Paulista e Camaragibe têm atraído diversos tipos de empreendimento, principalmente do segmento econômico. Além disso, investimentos em infraestrutura na região também despertam a atenção de empresários da construção.

‘Há um movimento para expansão rumo às cidades do entorno do Recife. São cidades que ainda têm bancos de terrenos, e o preço do metro quadrado dessas regiões é menor’, avalia Thobias Silva, gerente do Núcleo de Economia e Negócios Internacionais da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) e responsável pela pesquisa Índice de Velocidade de Vendas. Segundo o levantamento, as vendas nos municípios da região metropolitana somaram 323 unidades no primeiro trimestre deste ano, chegando próximo ao número de negociações na capital (356 comercializações). Em 2015, o número de imóveis vendidos nos municípios da Grande Recife (561 unidades) superou o da capital (544 unidades) no mesmo período. Já em 2014 foram 966 unidades contra 585 na capital pernambucana.

De todas as unidades negociadas na região metropolitana, o predomínio é de imóveis de dois dormitórios, que representam 78,6% das vendas. Somente a Construtora Tenda lançou seis empreendimentos na região com este perfil nos últimos três anos, todos enquadrados no programa Minha Casa Minha Vida. ‘Consideramos a região metropolitana de Recife como a única mancha de demanda onde podemos ter migração de público-alvo entre cidades, além de permitir uma construção em escala, com continuidade da produção’, explica o diretor da regional Nordeste da empresa, Rodrigo Hissa.


Fonte: Construção Mercado