Mercado financeiro prevê mais inflação e menos crescimento econômico

Mercado financeiro prevê mais inflação e menos crescimento econômico

A projeção de instituições financeiras para a inflação subiu pela quinta semana seguida, mostra a pesquisa semanal, feita pelo Banco Central (BC), sobre os principais indicadores econômicos. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desta vez, passou de 6,30% para 6,35% este ano. Para 2015, a projeção subiu de 5,80% para 5,84%.

As estimativas para 2014 e o próximo ano estão acima do centro da meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Quando considera que a inflação está em alta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC eleva a taxa básica de juros, como fez na semana passada, ao ajustar a Selic em 0,25 ponto percentual, para 11% ao ano. A expectativa das instituições financeiras é que ao fim de 2014, a Selic estará em 11,25% ao ano, ou seja, deve haver mais uma alta. Para o fim de 2015, a expectativa é 12% ao ano.

Essa taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta.

Na pesquisa do BC também está a estimativa para o  Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que passou de 5,95% para 6,19%, este ano, e foi mantida em 5% em 2015. Para o IGP-M, a estimativa foi ajustada de 7,18% para 7,17%, este ano, e segue em 5,5%, em 2015.

A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto, a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, caiu pela segunda semana seguida, ao passar de 1,69% para 1,63%, para este ano. Para 2015, segue em 2%. A estimativa para a taxa de câmbio, ao fim do ano, passou de R$ 2,46 para R$ 2,45. Para o fim de 2015, a projeção permanece em R$ 2,55.

Fonte: Jornal do Comércio