29 jun Mercados em SP voltam a oferecer sacolas plásticas por ordem judicial
Advogado que moveu ação alega que Código de Defesa do Consumidor protege direito costumeiro do consumidor de receber a sacola. A Associação Paulista de Supermercados informa que vai recorrer.
Depois de algum tempo de proibição, a Justiça de São Paulo mandou que os supermercados voltem a distribuir sacolinhas plásticas aos clientes.
Depois de banidas, as sacolinhas plásticas estão meio escondidas em alguns supermercados, mas de volta para a alegria de uns.
“Acho que é uma boa porque, enfim, nós pagamos tudo”, aprova uma mulher.
“Fica melhor para carregar”, diz uma menina.
Para a tristeza de outros.
“Quanto mais plástico na rua, pior vai ser”, critica um homem.
E confusão de muitos.
“Achei meio esquisito, porque vai e volta e tira e põem”, aponta um homem.
“A gente carrega a sacola, depois chega no mercado tem sacola de novo, depois torna a sair”, alega uma senhora.
O consumidor tem mesmo razão para estar confuso. O fim das sacolinhas plásticas começou a ser traçado em um acordo entre o governo do Estado e supermercados em maio de 2011, mas o que veio depois foi polêmica, falta de informação, brigas na Justiça e um vai e vem das sacolinhas que ninguém sabe como vai terminar.
Extintas em janeiro, as sacolinhas acabaram voltando por decisão do Ministério Público, que pediu um tempo maior para que os consumidores se acostumassem sem elas. Em abril, as sacolinhas foram abolidas e voltaram agora por força de uma decisão judicial. Quem moveu a ação foi o advogado Arthur Rolo, que representa a Associação SOS Consumidor.
“Há 40 anos o consumidor vai ao supermercado e encontra as sacolas e ele não precisa pagar nada mais por elas porque o preço já esta embutido nos produtos. O Código de Defesa do Consumidor protege o direito costumeiro do consumidor de receber essa sacola plástica”, defende ele.
A Associação Paulista de Supermercados (Apas) informa que vai recorrer para que as sacolas sejam novamente banidas. Talvez só as altas esferas da Justiça possam pôr fim a confusão.
Fonte: Globo