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Reajuste aprovado por agência atinge 359 cidades da Grande São Paulo. Contas com reajuste começam a chegar nesta sexta-feira (5).

As tarifas de água de cidades abastecidas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) estão 15,24% mais caras desde esta quinta-feira (4). O aumento foi aprovado em maio pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp), que citou a crise hídrica e a maior demanda de energia elétrica usada nas bombas como justificativa.

As contas mais caras começam a chegar na casa dos clientes de 359 cidades operadas pela companhia na Região Metropolitana de São Paulo e no interior a partir de sexta-feira (5), com a cobrança proporcional aos dias das tarifas antes e depois do reajuste, de acordo com a Sabesp.

Os municípios de Diadema, Glicério, Magda, Torrinha e Lins terão tarifas atualizadas em datas diferentes por questões contratuais No site da companhia possível consultar a lista completa dos novos valores que serão cobrados para clientes residenciais, comerciais e industriais.

Reajuste abaixo do esperado
O reajuste de 15,24% ficou abaixo dos 23% solicitado pela companhia após várias negociações com a Arsesp. Em novembro de 2014, a Sabesp já havia obtido autorização para aumentar a conta em 6,5%.

Segundo o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, obras consideradas não prioritárias serão adiadas por causa do reajuste menor, mas os projetos que serão alterados ainda não foram definidos.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, garantiu que nenhuma obra importante contra a crise hídrica prevista para 2015 será afetada.

Reajuste ‘correto’
Após a liberação do reajuste, o governador de São Paulo disse considerar “correto” o aumento de 15,24% na tarifa de água cobrada pela Sabesp. “A decisão da Arsesp foi correta. A Arsesp verificou todos os indicadores e aumento de custo, especialmente o da energia elétrica, queda de produção pela restrição hídrica, questões da chuva, e corretamente estabeleceu o valor”, afirmou Geraldo Alckmin.

O governador garantiu que nenhuma obra importante contra a crise hídrica prevista para este ano será afetada. Segundo ele, a companhia pagará a diferença dos valores previstos se houver falta de recursos por causa do reajuste menor. “A Sabesp tem uma grande capacidade de investimento e as obras prioritárias elas serão mantidas com recursos próprios da Sabesp e com financiamento que já estão estabelecidos”, disse.

Prejuízos com a crise

Em março, o secretário estadual de Recursos Hídricos, Benedito Braga, disse em entrevista ao G1 que a companhia vive uma situação econômica difícil porque houve uma perda de receita com a queda no consumo de água e na concessão de bônus para quem economizasse.

Quando as represas secaram no ano passado, o lucro da Sabesp caiu dos quase R$ 2 bilhões em 2013 para R$ 903 milhões em 2014.

Já nos primeiros três meses deste ano, a companhia teve queda de 33,4% no lucro líquido em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro trimestre de 2015, o lucro foi de R$ 318,2 milhões, contra R$ 477,6 milhões em 2014.

Mas, segundo Alckmin, apesar de a Arsesp ter permitido que a Sabesp suspenda, quando quiser, a política de descontos para equilibrar o caixa, o bônus na conta será mantido.

O governador apontou uso racional da água e obras estruturantes já em andamento como a estratégia para que São Paulo passe pelo período seco com garantia de abastecimento da população.

Fonte: G1

Medida deve deixar sistema estável até fim do ano, mas com volume morto. Novos limites de retirada de água foram definidos em SP nesta segunda.

A partir de setembro, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) terá que reduzir para 10 m³/s o volume de água captado do Sistema Cantareira. Isso significa queda de 25,9% na atual vazão liberada para abastecimento da população na Grande São Paulo, de 13,5 m³/s, a partir de junho. Antes da crise, a Sabesp chegou a retirar 33 m³/s do manancial.

Na prática, a redução da vazão não deve causar cortes no fornecimento de água porque a principal obra do governo paulista contra a crise hídrica este ano – a interligação da Represa Billings ao Alto Tietê – vai ampliar em 4 m³/s a produção de água para a região metropolitana e vai compensar a diminuição de volume de água tirado do Cantareira. A obra deve ser entregue até o começo de setembro, segundo o governador Geraldo Alckmin.

Já a liberação de água do Cantareira para a bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), no interior paulista, vai aumentar em 40%, dos atuais 2,5 metros cúbicos para média de 3,5 metros cúbicos a partir do próximo mês. Um metro cúbico (m³) corresponde a 1 mil litros.

As decisões sobre as novas vazões foram tomadas pela Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento de Água e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) na manhã desta segunda-feira (25) durante reunião na sede da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos, na capital paulista, para definir a operação do Cantareira no período de junho a novembro. Representantes dos comitês das bacias hidrográficas do Alto Tietê e do PCJ também participaram do encontro.

A redução da retirada do Cantareira, manancial que mais sofreu com a crise hídrica desde o ano passado, fará com que o reservatório chegue até o período de chuva em 2015/2016 de maneira estável. Mas, segundo o superintendente do DAEE, Ricardo Borsari, o sistema ainda vai depender da sua reserva técnica, conhecida como volume morto e usada há um ano.

“Tendo em vista que há uma redução significativa da retirada do Sistema Cantareira, se você tiver cenários tão restritivos [de chuva] como em 2014, nós ainda chegamos em relação ao volume de água existente no Sistema Cantareira em uma situação mais confortável. Na verdade, a redução da retirada é que permite que o reservatório tenha um comportamento mais estável nesse período”, explicou o presidente da ANA, Vicente Andreu.

Principal obra para crise

Em setembro, o governo paulista prevê que a interligação da Represa Billings ao Sistema Alto Tietê esteja em operação. Essa é a principal obra do governo contra a crise hídrica este ano e irá aumentar em 4 m³/s a produção de água para a região metropolitana. O bombeamento fará com que regiões que hoje recebem água do Cantareira possam ser atendidas pelo Alto Tietê, ajudando a aliviar o manancial em crise.

A interligação estava prevista para estar concluída em maio, no início do período de seca, mas atrasou por causa que liberações de licenciamento ambiental, segundo o governo, e começou no início deste mês. O novo prazo para início das operações é fim de agosto ou começo de setembro.

O superintendente do DAEE, Ricardo Borsari, disse que a redução de retirada do Cantareira está relacionada ao cumprimento dos prazos para a entrega das obras de ligação da Billings ao Alto Tietê.

O Cantareira, manancial que passa pela situação de seca mais crítica, chegou a abastecer 9 milhões de pessoas na Grande São Paulo, mas por causa da queda do nível dos reservatórios desde o ano passado, o sistema atende hoje 5,4 milhões.

Também ficou definido que a ANA e DAEE poderão autorizar, se necessário, aumento da liberação para a bacia do Alto Tietê, na Estação Elevatória de Santa Inês, após solicitação dos Comitês PCJ ou da Sabesp. Até fim de agosto, os órgãos reguladores vão reavaliar a situação do Cantareira de acordo com as vazões de entrada e retirada de água.

Outras obras

Outra grande intervenção prevista é a ligação do Rio Paraíba do Sul com o Sistema Cantareira, o mais prejudicado pela crise hídrica. A obra já foi autorizada pela Agência Nacional de Águas, mas deve ficar pronta apenas no ano que vem. Essa é a principal intervenção direta no Sistema Cantareira.

As outras obras já em andamento vão socorrem os outros sistemas e ajudar o Cantareira de forma indireta. Isso porque a Sabesp fez modificações na rede e aumentou o número de consumidores abastecidos pelo Sistema Guarapiranga, por exemplo.

Em abril, a Sabesp anunciou, por exemplo, que uma nova adutora permitiu que o Sistema Rio Grande passasse a abastecer bairros na região de Pedreira, Zona Sul de São Paulo. A obra desafoga o Guarapiranga, que atendia essas áreas anteriormente. Com isso, o Guarapiranga pode passar a abastecer áreas que recebem água do Cantareira.

A ligação do Rio Guaiaó ao Sistema Alto Tietê, orçada em R$ 28,9 milhões, está em fase de conclusão e deve transferir à Represa de Taiaçupeba 0,8 metros cúbicos/segundo. Também para o Sistema Alto Tietê, a Sabesp prevê a captação de 2,1 metros cúbicos no rio Itatinga à Represa Jundiaí.

Fonte: G1

Média da capital segue em queda; mapa mostra índices de 2013 até março. Jardins é a campeã em gasto d’água; Grajaú tem a menor média da cidade.

Apesar de o consumo de água na cidade de São Paulo continuar em queda, algumas regiões têm registrado um aumento em 2015. Dados da Sabesp de março, os últimos divulgados pela empresa, mostram que seis áreas ampliaram os gastos e seis mantiveram o mesmo patamar do mês anterior. As outras 14 tiveram queda no consumo. A Sabesp divide a cidade em 26 regiões de atendimento.

A média da capital, de 10,3 mil litros por domicílio, é a menor desde o início da crise hídrica. Mas houve uma desaceleração na curva neste início de ano. Em fevereiro, a média ficou em 10,4 mil litros.

G1 elaborou um mapa com os dados de consumo mensais por região desde janeiro de 2013, antes do início da crise. Ele será atualizado mensalmente. O mapa mostra um consumo maior na região central e menor nos bairros periféricos da capital.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências da Capital (CGE), São Paulo teve o verão mais chuvoso dos últimos 15 anos. Apenas em janeiro o índice de chuva ficou abaixo da média esperada para o período. Com mais chuva, muita gente pode ter se descuidado na economia de água.

Para a urbanista Marussia Whately, que atua no Instituto Socioambiental e coordena a Aliança pela Água, um projeto que reúne quase 50 entidades e busca enfrentar a atual situação, houve um “relaxamento” nos últimos meses. “Começou a chover e pareceu estar tudo bem. O assunto saiu da pauta”, afirma.

Ela ressalta que há também “um limite daquilo que é possível fazer em relação à economia d’água”. “Isso gera uma preocupação. Se não é possível economizar mais e será preciso uma quantidade maior que a proporcionada pela chuva até o fim do ano, como vai fechar essa equação?”

Já a gerente de Atendimento e Relações com o Consumidor da Sabesp, Samanta de Souza, diz que, com a chegada do inverno e com temperaturas mais baixas, a probabilidade é que a média de consumo de água caia mais nos próximos meses.

Dificuldade em economizar
As regiões com aumento no consumo em março são Butantã, Santo Amaro, Vila Mariana, Capela do Socorro, Pirajussara e Jardins. A divisão de regiões da Sabesp é diferente da feita pela prefeitura. A área de atendimento dos Jardins, por exemplo, abrange desde Barra Funda e Perdizes até Pinheiros e Vila Nova Conceição.

Gerente de uma lanchonete nos Jardins, Givanilson Dantas, de 42 anos, diz não ter conseguido diminuir o consumo por causa da higiene. O estabelecimento, que funciona das 7h às 23h, atende diariamente 90 pessoas e conta com oito funcionários. “A gente usa muita água. Tem que lavar a louça, o salão. E todo dia a gente lava a cozinha e o banheiro.”

Durante a crise hídrica, a lanchonete adotou algumas alternativas para economizar, como a instalação de válvulas novas, mais econômicas, no banheiro e na cozinha. “Também colocamos baldes no telhado para pegar água da chuva e usar na limpeza da calçada”, diz. Isso, porém, não foi suficiente para baixar a conta, que se manteve em torno de R$ 1 mil.

Funcionário de um prédio de alto padrão no bairro, Marcelo dos Santos, de 45 anos, conta que o grande problema são os gastos individuais. “Tem morador que usa mais [água] que outro.” Com 20 apartamentos, cada um ocupando um andar, o condomínio tem um gasto médio de R$ 2.400 por mês com água.

Santos diz que o edifício demanda muita água para manter as áreas comuns e suas duas piscinas limpas. “A gente já tem sistema de água de reúso para lavar a calçada. Agora a gente quer instalar um sistema para tratar essa água e poder usar nas piscinas.”

Redução no consumo
Os dados da Sabesp obtidos pelo G1 mostram que, em dois anos, a cidade teve uma redução de 28% no consumo d’água.

A região com o maior percentual de queda em dois anos é a do Ipiranga: 34,6%. A economia média é de 5.710 litros por mês em cada ligação. Hoje, são gastos 10,8 mil litros por local.

Para Samanta de Souza, a região do Ipiranga é muito residencial, o que faz com que a média de consumo seja mais baixa que regiões que oferecem muitos serviços – como a região dos Jardins, que concentra um grande número de hotéis, restaurantes e outros pontos comerciais.

Essa diferença de perfil urbano faz com que a diferença de consumo entre as regiões da cidade chegue a até 70% – Jardins está no topo, e Grajaú, na ponta de baixo. Segundo Souza, o fator econômico também pesa. “A pessoa que tem uma restrição orçamentária maior observa mais o consumo [e a conta de água]. Já uma família que tem poder aquisitivo superior muitas vezes preza pelo conforto e não pelo orçamento.”

A urbanista Marussia Whately acredita que o índice do Ipiranga também está relacionado à redução da pressão da água adotada pela Sabesp. O bairro é um dos mais afetados, com 18 horas de redução na pressão por dia (das 13h às 7h).

Segundo Samanta, porém, “o período de redução de pressão não impacta no consumo”. “Existe uma norma técnica brasileira que fala que todos os imóveis devem ter uma reserva adequada para 24 horas de abastecimento. Se o cliente não tem essa reserva, aí sim [a redução de pressão] pode impactar o consumo dele”, afirma a gerente da Sabesp.

Medidas urgentes
A coordenadora da Aliança pela Água diz que ainda há medidas urgentes para lidar com a situação atual que não foram tomadas. “No que diz respeito a fontes alternativas de água, por exemplo, até o momento não foi disponibilizada pelos órgãos públicos uma lista de caminhões-pipa que têm licença para trabalhar, se for preciso utilizar o serviço de forma emergencial. Também não foi apresentado até agora um plano de contingência. A gente está em maio, já passou o verão e era pra ele ter sido feito no ano passado. O próprio comitê de crise foi formado com uma série de problemas de representação e só se reuniu uma vez.”

Marussia Whately diz ainda que são necessárias campanhas mais efetivas, “para instigar a solidariedade das pessoas”.

Em nota, a Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo diz que o plano de contingência unificado para todos os municípios da região metropolitana será apresentado na próxima reunião do comitê, a ser agendada para os próximos dias. “O consenso da reunião foi que este plano será preventivo, já que todos se comprometeram a trabalhar em conjunto para evitar medidas mais drásticas, como o rodízio – hipótese hoje distante graças às obras emergenciais em curso e às medidas adotadas para diminuir a dependência do Cantareira e estimular a redução do consumo, tudo isso aliado ao esforço da população.”

Sobre as campanhas, a secretaria diz que “pesquisas feitas pelo Datafolha mostram que 99% da população do estado tem conhecimento da crise hídrica que atinge São Paulo (assim como outros estados do Sudeste e Nordeste)”. “Isso é resultado de campanhas publicitárias promovidas pela Sabesp e pelo governo em veículos de comunicação de diversas mídias e com grande alcance, desde o início de 2014, para informar a população da gravidade da seca que atinge o estado e salientar a importância da redução do consumo.”

A pasta informa ainda que a Sabesp distribuiu encartes informativos para os consumidores e disponibiliza informações relevantes em seu site, como os índices diários de todos os reservatórios. “Mais de 83% da população está economizando água, aderindo ao sistema de bônus instituído pela Sabesp para estimular a redução do consumo, dado que revela a união, o esforço e a ‘solidariedade’ dos paulistas.”

Fonte: G1

Segundo especialistas, crise é agravada pela alta dos juros e corte de gastos do governo.

Após um período de crescimento acelerado, motivado pela expansão do crédito e da renda e por programas de investimento do governo, o setor de construção civil enfrenta seu pior momento desde 2003. Segundo reportagem do jornal Folha de São Paulo, o quadro foi agravado nos últimos meses pela fuga de recursos da poupança, principal fonte de financiamento para moradia. Aliadas a isso, a alta dos juros e a retração dos gastos públicos abalaram a demanda por imóveis e empreendimentos de infraestrutura.

Segundo Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre, o PIB do setor de construção civil deve encolher 5,5% em 2015, o pior desempenho desde 2003. Se confirmada, a retração ocasionará uma queda de 0,3 ponto percentual no PIB nacional.

A crise no setor tem reflexos na taxa de desemprego. Há pouco mais de um ano, a construção civil sofria com a escassez de mão de obra especializada, e atualmente é um dos setores que lideram as estatísticas de demissões no Brasil.

Só nos primeiros três meses do ano, as construtoras cortaram 50 mil vagas formais de trabalho – em 12 meses, foram 250 mil postos fechados.

Fonte: ZH Economia

País teve 745,9 mil casos até 18 de abril; índice é de epidemia para OMS. Número é 234,2% maior em relação ao mesmo período do ano passado.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirmou na manhã desta quinta-feira (14) que o Brasil vive uma epidemia de dengue. “Claro, tecnicamente estamos vivendo uma epidemia”, afirmou ao apontar que a quantidade de casos no Brasil é avaliada como epidêmica segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Chioro disse que a epidemia é mais grave em São Paulo, Goiás e no Acre.

Chioro havia negado a epidemia no início de maio, dizendo que o país vivia uma situação de “elevação” no total de casos e que o maior número de ocorrências seria resultado da crise hídrica e do “desarmamento” de ações de combate à doença por parte da sociedade.

O Brasil registrou 745,9 mil casos de dengue entre 1º de janeiro e 18 de abril deste ano. O total é 234,2% maior em relação ao mesmo período do ano passado e 48,6% menor em comparação com 2013, quando na mesma época foram notificadas 1,4 milhão de ocorrências da doença.

A incidência de casos no Brasil para cada grupo de 100 mil habitantes é de 367,8, índice que, para a OMS, é situação de epidemia (a classificação mínima de epidemia é de 300/100 mil habitantes).

Levando-se em conta esta informação, sete estados estão em situação epidêmica: Acre (1064,8/100 mil), Tocantins (439,9/100 mil), Rio Grande do Norte (363,6/100 mil), São Paulo (911,9/100 mil), Paraná (362,8/100 mil), Mato Grosso do Sul (462,8/100 mil) e Goiás (968,9/100 mil).

É comum que o número de casos de dengue oscile ao longo dos anos. Em alguns há um número muito grande de notificações e, em outros, um número menor. Depende muito dos sorotipos que estão circulando, o que varia de região para região.

“Ela [epidemia] é diferente porque não se manifesta em todos os estados da mesma maneira. Nós temos sete estados neste momento que estão em situação epidêmica”, disse Chioro.

Óbitos
Nas 15 primeiras semanas de 2015, foram confirmadas 229 mortes causadas pela doença, um aumento de 44,9% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registradas 158. Em comparação com 2013, quando houve 379 óbitos, há uma queda de 39,6%.

Das mortes registradas em 2015, 169 foram no estado de São Paulo – é o maior número. Goiás vem em seguida, com 15, além de Paraná e Minas Gerais, com 8 cada.

“Estamos comparando os dados de 2015 com um ano de baixíssima incidência e pouquíssimos números de óbitos. Quando comparamos com 2013, nós não chegamos às mesmas proporções. A diferença é que neste ano, vamos ser claros e objetivos, [os óbitos] se expressam fortemente em São Paulo.”

Até 18 de abril houve 404 casos graves, elevação de 49,6% na comparação com 2014, quando foram registradas 270 notificações do tipo. Segundo o ministério, não é possível comparar ao total de 2013 porque houve mudanças no processo de classificação da dengue.

Reconheça os sintomas
Diagnosticar a dengue com rapidez é uma das chaves para combater a doença com maior eficácia. O primeiro passo para isso é conhecer como a infecção se manifesta. Os principais “sinais de alerta” são dor intensa na barriga, sinais de desmaio, náusea que impede a pessoa de se hidratar pela boca, falta de ar, tosse seca, fezes pretas e sangramento.

Se os sintomas forem reconhecidos, é fundamental procurar um médico o mais rápido possível. Em geral, a doença tem evolução rápida. Por isso, saber antes pode fazer a diferença entre a ocorrência de um mal menor e consequências mais graves, principalmente no caso de crianças.

Existem quatro tipos do vírus da dengue: o DEN-1, o DEN-2, o DEN-3 e o DEN-4. Eles causam os mesmos sintomas. A diferença é que, cada vez que você pega um tipo do vírus, não pode mais ser infectado por ele. Ou seja, na vida, uma pessoa só pode ter dengue quatro vezes.

Entre 70% e 90% das pessoas que pegam a dengue pela primeira vez não têm nenhum sintoma. Nos casos mais graves, a doença pode ser hemorrágica ou fulminante, levando à morte.

Diagnóstico precoce
É essencial fazer tanto um diagnóstico clínico – que avalia os sintomas – como o exame laboratorial de sorologia, que verifica a contagem de hematócritos e plaquetas no sangue. A contagem de hematócritos acima do normal e de plaquetas abaixo de 50 mil por milímetro cúbico de sangue pode ser um indício de dengue.

O exame de sangue, por si só, não determina se o paciente está com dengue ou não. É preciso diagnosticar também os sintomas. Esses dois fatores vão determinar as condições do paciente.

O período crítico da doença é quando a febre do paciente diminui. Se a febre passar e o paciente tiver muita dor na barriga, ele está num estado grave mesmo sem sangramento. Esse poder ser um problema no atendimento primário nos hospitais porque geralmente as pessoas com febre são atendidas prioritariamente.

Chikungunya
Em relação à febre chikungunya, o ministro da Saúde negou que o número de casos configure epidemia. Não há uma circulação importante”, afirmou.

O Brasil registrou entre janeiro e abril de 2015quase 2 mil casos confirmados de infecção pelo vírus chikungunya, que circula no país desde setembro de 2014 e é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue.

A infecção provoca sintomas parecidos com os da dengue, embora com mais dor e menos mortalidade.

Levantamento feito pelo G1 em todas as Secretarias Estaduais de Saúde aponta que de 1º de janeiro a 30 de abril foram confirmados 1.978 casos de chikungunya em 12 estados e no Distrito Federal. Desse total, 1.949 casos ocorreram na Bahia e no Amapá (98,5%) do total (veja mapa com os números por estado).

O total nacional deste ano pode ser ainda maior, pois há muitos exames clínicos que não foram concluídos. No período analisado, foram notificadas 9.691 suspeitas da doença.

Fonte: G1

No primeiro trimestre deste ano, foram 390 novos empreendimentos contra 1.062 em 2014

O ano começou mais devagar para a construção civil. No primeiro trimestre de 2014, foram lançados 1.062 apartamentos novos. Nos três primeiros meses de 2015, foram 390 unidades. A queda foi de 63% e indica que o setor está em ritmo de cautela diante das incertezas econômicas. “A construção funciona como termômetro da economia. Todo o empresariado brasileiro está receoso com o ambiente político e econômico. Para investir, é preciso pensar a longo prazo”, avalia o vice-presidente da Câmara do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi), Flávio Galizzi.

Segundo Galizzi, o cenário atual reflete erros do passado, com falta de recursos para financiamento e inflação maior. “A redução dos lançamentos hoje vai significar a falta de empregos neste domingo, pois a construção gera muitas vagas”, destaca o vice-presidente da área imobiliária do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-MG), Lucas Guerra Martins.

As construtoras estão mantendo os lançamentos previstos para a região metropolitana Belo Horizonte. No entanto, quando o assunto são novos empreendimentos, a cautela tem falado mais alto. A Horizontes, por exemplo, está mantendo dois lançamentos de imóveis no Coração Eucarístico, região Noroeste, e em Betim. “O que já estava previsto será mantido, mesmo porque, as novas regras da Caixa Econômica são positivas para nós, que temos um público de primeiro imóvel, que não precisará vender um usado para comprar um novo. Já os novos empreendimentos serão repensados cuidadosamente”, afirma o engenheiro da Horizontes, Leandro Brandão.

“Ainda não sabemos como será este ano e a incerteza nos faz estudar mais os projetos”, afirma Brandão.

O diretor técnico da Caparaó, Luiz Antônio Lima, afirma que, sempre que há retração, é natural que todo mundo fique mais receoso. Entretanto, ele afirma que deixar de fazer os lançamentos não é a melhor alternativa. “A empresa tem que operar, se não houver produção, o investimento não será revertido em ganhos. Temos que lembrar que crises vão e vêm e todos os dias tem mais gente casando, mais gente crescendo e saindo de casa. Com essa pressão demográfica, é preciso fazer ajustes”, avalia Lima.

Sobre os preços, Galizzi afirma que a tendência é ficarem no mesmo patamar, uma vez que, se de um lado as construtoras vão lançar menos, reduzindo o estoque e forçando um aumento, por outro lado, as restrições de crédito da Caixa vão dificultar as vendas e forçar uma queda de preços.

Novas regras

Imóveis usados. Desde o dia 2 de maio, a Caixa Econômica Federal (CEF) elevou o valor da entrada para quem quer financiamento de 20% para 50% do valor do imóvel.

Fonte: O tempo