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Falta de chuvas encareceu tarifas de energia em torno de 8% em 2015. Na inflação, crise hídrica já responde por impacto de 0,25 ponto percentual.

A falta de chuvas não só deixou a conta de luz mais cara em 2015, como também ganhou mais peso no cálculo da inflação. Sozinha, a crise da água já encareceu a energia elétrica nas residências em torno de 8% entre janeiro e fevereiro, estima o professor de economia da USP, Heron do Carmo.

O cálculo leva em conta as tarifas da bandeira vermelha, que elevaram as contas de luz em R$ 3 por quilowatt-hora (kwh) até fevereiro. O sistema foi adotado em janeiro para cobrir o alto custo das termelétricas, acionadas para evitar o risco de um apagão, devido ao baixo nível dos reservatórios.

“Sem a estiagem, não seria necessário operar com a tarifa extra. A conta de luz teria subido menos”, explica Carmo. O cálculo considerou a tarifa residencial da Eletropaulo em vigor atualmente, de R$ 37,18 por 100 kwh.

Em março, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reajustou o aumento na bandeira vermelha de R$ 3 para R$ 5,50 a cada 100 kwh. Esse novo aumento deve deixar a alta na conta ainda mais evidente.

Para o presidente do instituto Acende Brasil, Cláudio Sales, esse novo reajuste vai encarecer as contas de luz em cerca de R$ 8,80 por mês, considerando-se um consumo médio de energia por brasileiro de 160 kwh.

“Apenas isso deve elevar as contas de luz na ordem de 15%”, estima Salles. “E todos os indicadores apontam para a necessidade de o consumidor conviver com essa nova tarifa até o fim do ano”, acredita.

Apesar da alta significativa, pode parte do aumento nos preços da energia deve-se a “imperfeições no modelo utilizado no planejamento e operação do sistema elétrico”, acredita Salles.

Segundo o Banco Central, os preços da energia elétrica devem subir 38,3% em 2015. Já em março, a revisão extraordinária das tarifas aprovada pela Aneel fez as contas subirem, em média, 23,4%.

Tarifas de luz (Foto: Arte/G1)

Crise hídrica eleva o IPCA
Os custos da seca na energia elétrica também aparecem no cálculo da inflação em 2015. De acordo com Carmo, da USP, a falta de chuvas já eleva o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 0,25 ponto percentual desde o começo do ano.

“Se a inflação subir 8% em 2015, pode-se dizer que ela teria sido de 7,75% se a crise da água não existisse”, explica o professor. “Este impacto sobre o IPCA não é desprezível”, considera.

Inflação da água em São Paulo
Apesar da escassez de chuva, as tarifas da água encanada na capital paulista caíram 15% em 2014, segundo o indicador IPC-Fipe. Para Carmo, da USP, essa redução pode ser atribuída aos descontos de 30% pela economia na conta de luz, concedidos pela Sabesp desde o ano passado.

Em contrapartida, os preços da água nas residências subiram 5,49% entre janeiro e fevereiro. No último mês, a Sabesp começou cobrar multas de entre 40% e 100% ao consumidor  que excedeu a média do consumo, no comparativo entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014.

Já a água engarrafada, vendida no varejo paulistano, ficou 14,6% mais cara em 2014, e acumula alta de 2,88% somente no primeiro bimestre de 2015, ainda segundo o IPC-Fipe. A água mineral em São Paulo subiu mais que o IPCA, que acumula alta de 2,86% nos dois primeiros meses do ano.

Custo energético da falta de água
Devido à falta de chuvas e à queda no nível dos reservatórios, as usinas termelétricas passaram a ser acionadas desde o fim de 2012 para evitar a falta de fornecimento de energia no país. “O alto custo dessas usinas é repassado ao consumidor pelas tarifas”, explica Salles, do Acende Brasil.

As termelétricas usam o calor gerado pela queima de combustíveis para gerar energia, o que encarece os custos e também demanda alto consumo de água. Nos EUA, por exemplo, essas usinas são responsáveis por cerca de metade do consumo de água no país.

De acordo com um relatório da ONU de 2014 sobre a relação entre água e energia, cerca de 90% da geração de eletricidade no planeta depende de água. A disponibilidade deste recurso deve ser crucial até 2035, período em que a demanda por energia deve aumentar em 70%, segundo o documento.

Estiagens podem ameaçar a capacidade de gerar energia hidrelétrica em muitos países, podendo restringir a expansão do setor de energia em muitas economias emergentes”, como é o caso do Brasil, diz o relatório.

Fonte: G1

Um terço das 645 cidades paulistas registrou em apenas dois meses de 2015 mais casos de dengue do que em todo o ano passado, revela levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com base em dados da Secretaria Estadual da Saúde. A lista dos 218 municípios nessa condição é composta principalmente por cidades do noroeste do Estado e do entorno de Campinas e de Sorocaba, áreas mais afetadas pela doença.

As estatísticas mostram ainda que 118 cidades paulistas já vivem uma epidemia, com taxa de incidência superior a 300 casos por 100 mil habitantes. E em dezenas desses municípios o índice de crescimento do número de casos e da taxa de incidência entre o ano passado e o primeiro bimestre deste ano é maior que 1.000%.

Desde janeiro, o Estado de São Paulo confirmou a contaminação de 56.959 pessoas. Contando os casos que ainda estão em investigação, o número chega a 123.738 registros, 692% a mais do que o número notificado no mesmo período de 2014. Com a alta, São Paulo já responde por 55% dos casos suspeitos de dengue registrados no País.

O maior aumento porcentual tanto no número de casos quanto na taxa de incidência é observado no município de Salto de Pirapora, na região de Sorocaba. Em todo o ano passado, a cidade teve apenas dois casos de dengue. Entre janeiro e fevereiro deste ano, os registros já chegam a 559. A taxa de incidência passou de 4,8 para 1.322 casos por 100 mil habitantes, alta equivalente a 27.555%.

Morador da cidade, o empresário Romeu Cardoso Resende, de 55 anos, contou que a dengue o derrubou. “Já faz duas semanas que estou com essa praga e não consigo me aprumar. Perdi peso, estou fraco, sem ânimo.”

O publicitário Hélio Ortega Júnior, que trabalha na prefeitura, relatou que servidores tiveram de se afastar depois de contrair dengue. A administração municipal ampliou o horário de atendimento dos postos de saúde para dar conta da demanda.

Caos

Considerando as cidades mais populosas, a pior situação é a de Sorocaba, onde a taxa de incidência cresceu 1.703%. Em unidades de saúde públicas do município, a demanda é tanta que pacientes estão esperando atendimento deitados no chão. “Estou com fraqueza, tenho vontade de ficar só deitado, mas não tem lugar nem para sentar”, disse o auxiliar administrativo Marcelo Borges, que procurou ontem a Unidade Pré-Hospitalar (UPH) da zona leste.

O ajudante Getúlio Gabriel da Silva também resolveu esperar deitado. “Estou na fila há quatro horas e só consegui passar pela triagem.” Em sua casa, na Vila Hortência, a dengue pegou a mulher e os dois filhos.

Entre as mais de 200 pessoas que esperavam pela triagem na unidade, na tarde de terça-feira, 17, muitas passavam mal. A fila avançava para o lado de fora da unidade. O pedreiro Sandro Lopes, com a mulher Edna chorando de dor, desistiu de esperar. “Tem gente esperando há cinco horas. Nessa situação, melhor ficar em casa.” Morador da Vila Nova Esperança, ele ainda teria de passar em outra unidade para buscar a filha, também com dengue. “O bairro todo está infestado”, disse.

Em todo o Estado, já são pelo menos 35 mortes por dengue confirmadas. Anteontem, a Secretaria da Saúde de Campinas confirmou o primeiro óbito pela doença no ano.

Para o infectologista Jean Gorinchtey, do Instituto Emílio Ribas, o longo período de estiagem vivido pelo Estado desde o ano passado colabora para o quadro epidêmico. “Os ovos do mosquito Aedes aegypti sobrevivem em ambiente seco por mais de um ano. Eles foram sendo colocados pela fêmea durante o ano passado e, quando a chuva finalmente chegou, começou a aparecer uma quantidade enorme de mosquitos.”

A Secretaria Estadual da Saúde disse que tem 500 técnicos atuando em parceria com os municípios no combate ao Aedes. A pasta afirma estar dando prioridade a cidades com alta incidência de casos com o envio de equipes e máquinas para combater o vetor da dengue.

Fonte: Diário do Grande ABC

Todas as aplicações financeiras, inclusive isentas, devem ser informadas. Ganhos na bolsa acima de R$ 20 mil são tributados em 15%.

Todas as aplicações financeiras e contas bancárias em posse do contribuinte devem ser informadas na declaração do Imposto de Renda Pessoa Física 2015 (ano base 2014), inclusive as isentas – aquelas que não são tributadas pela Receita.

Os investimentos devem ser declarados a partir dos informes de rendimentos financeiros fornecidos pelas instituições, explica o advogado tributarista do escritório Choaib Paiva e Justo Advogados Associados, Samir Chaiob.

“É importante não confundir o extrato bancário de dezembro com o informe de rendimentos financeiros, que é o documento próprio para fins de Imposto de Renda. Os saldos apresentados nos informes de rendimentos devem ser transcritos para a declaração”, orienta.

Aplicações que retêm o Imposto de Renda na fonte – como Tesouro Direto, fundos de renda fixa e CDBs (Certificados de Depósito Interbancário) – precisam ser informadas na ficha Rendimentos Sujeitos a Tributação Exclusiva/Definitiva.

O ícone ao lado da linha 6 (Rendimentos de Aplicações Financeiras) permite acrescentar diferentes tipos de investimentos, com seus valores correspondentes, pelo botão “Novo”.

Quem investe em ações deve informar o lucro obtido no demonstrativo Renda Variável, caso os ganhos tenham ultrapassado R$ 20 mil, preenchendo a diferença entre o custo de compra e venda dos papéis. A alíquota cobrada em renda variável é de 15%.

Gastos com taxas e corretagem podem ser somados ao custo de aquisição, reduzindo o valor do ganho de capital. Operações day trade (compra e venda feitas no mesmo dia) também devem ser informadas na mesma ficha.

Se o contribuinte teve perda de capital (prejuízo) com ações, a quantia também deve ser informada como resultado negativo no demonstrativo de Renda Variável, acrescentando um sinal de menos antes do valor. Se a perda de um mês foi compensada com ganhos líquidos no mês seguinte, deve-se descontar o valor perdido e considerar o resultado consolidado ao longo de todo o ano.

Para investimentos não financeiros, como a aquisição de um imóvel ou obra de arte, por exemplo, o contribuinte deverá declará-los a partir dos instrumentos de aquisição, pelos respectivos valores de aquisição; não deve ser declarado o valor de mercado do bem em 31.12.2014, acrescenta Chaiob.

INVESTIMENTOONDE INFORMAR
Ações (ganho acima de R$ 20 mil)Demonstrativo de Renda Variável
Tesouro DiretoRendimentos Sujeitos a Tributação Exclusiva/Definitiva
Fundos de investimentoRendimentos Sujeitos a Tributação Exclusiva/Definitiva
CDBsRendimentos Sujeitos a Tributação Exclusiva/Definitiva
Previdência privada (PGBL)Pagamentos Efetuados, código36 (Previdência Complementar)
Previdência privada (VGBL)Bens e Direitos, código 97
LCI e LCARendimntos Isentos e Não Tributáveis
PoupançaRendimentosIsentos e Não Tributáveis
Ações (ganhos at[e R$ 20 mil)RendimentosIsentos e Não Tributáveis

Fonte: G1

Percepção é positiva em relação a finanças pessoais e pessimista com país. 93% acreditam que crise hídrica tem gerado despesas adicionais.

Na avaliação de consumidores, os “vilões” da alta dos preços nos primeiros meses do ano foram combustíveis, com 24% das opiniões, alimentação (23%) e energia elétrica (18%), segundo pesquisa divulgada pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).

Outros reajustes que pesaram no orçamento foram impostos (11%), moradia, aluguel e condomínio (7%), transportes e conduções (5%), educação (4%), água (3%), telefonia (2%).

Apesar desses aumentos, a maioria dos pesquisados (57%) acredita que a situação de suas finanças pessoais está igual ou melhor que no ano passado, enquanto 43% acham que o quadro de suas finanças piorou nos primeiros meses de 2015. Essa percepção é de todas as classes de renda: na A/B, 63% consideram que a sua situação financeira está igual ou melhor este ano, percentagem que foi de 56% tanto na classe C quanto na D/E.

Já em relação à economia brasileira, o sentimento do consumidor é bem mais pessimista: 83% do total considera que o cenário econômico piorou nos primeiros meses deste ano. A piora foi mais sentida nas classes C e D/E, ambas com 85% do total dos respondentes, em comparação aos 78% da classe A/B.

Crise hídrica
De acordo com o levantamento, 93% dos consumidores acreditam que a crise no abastecimento de água em alguns estados afeta a economia do país e tem gerado despesas adicionais no orçamento. A percepção é maior na região Sudeste, com 95% das menções, contra 88% no Nordeste. Na comparação entre as classes sociais, 96% dos consumidores das classes A e B acreditam que a crise de abastecimento interfere na economia.

Segundo a pesquisa, 83% dos consumidores tiveram despesas extras no orçamento doméstico para administrar a crise de água e energia elétrica.

O levantamento foi realizado com 1.477 consumidores entre os dias 6 e 23 de fevereiro.

Fonte: G1

A maior alíquota, de 54,73%, é encontrada nos vinhos. Imposto chega a 43,78% para bacalhau e a 38,68% para colomba pascal.

Os produtos mais consumidos pelas famílias na Páscoa chegam a ter mais de 50% de imposto, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). A maior alíquota, de 54,73%, é encontrada nos vinhos.

Os impostos também são pesados para o bacalhau, com 43,78%, e para a colomba pascal, com 38,68%. Nos ovos de Páscoa, os impostos alcançam 38,53%.

“Se a família optar por se reunir em um restaurante no próximo dia 5 de abril, 32,31% do valor total da conta paga será revertido em tributos sobre os serviços do estabelecimento”, aponta o IBPT.

Veja a carga tributária de alguns dos principais itens consumidos na Páscoa:

Vinho: 54,73%
Refrigerante (lata): 46,47%
Refrigerante garrafa: 44,55%
Bacalhau importado: 43,78%
Colomba pascal: 38,68%
Chocolate: 38,60%
Ovo de Páscoa: 38,53%
Bombons: 37,61%
Cartão de Páscoa: 37,48%
Peixes: 34,48%
Almoço em restaurante: 32,31%
Coelho de pelúcia: 29,92%

Fonte: G1

Seminário acontece dia 26 de março, no Rio Grande do Sul.

O prefeito de Itu, Antonio Tuíze, participa no dia 26 de março de um seminário sobre Alternativas para Gestão de Resíduos Sólidos, no município de Canela, no Rio Grande do Sul. O seminário reunirá representantes dos poderes públicos federal, estadual e municipal, acadêmicos e empresários.

O modelo de coleta, transporte e tratamento dos resíduos sólidos implantado em Itu será tema de uma mesa temática, onde serão expostos, entre outros assuntos, a frota de caminhões movidos por biodiesel e os equipamentos de limpeza urbana de última geração trazidos para o município, como as mini varredeiras mecânicas e a máquina capaz de limpar gomas de mascar grudadas no chão.

Reconhecimento

A política de resíduos sólidos desenvolvida em Itu vem obtendo constante destaque não só no Brasil, como também fora dele. Em 2011, o assunto foi destaque no México durante o Fórum Internacional, denominado “PPPAméricas”, evento coordenado e patrocinado pelo BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Além disso, a eficácia do sistema também foi tema de reportagem no Jornal Nacional em abril de 2012, na Revista Exame, em agosto de 2013 e no jornal O Estado de S. Paulo, em maio de 2014.

Fonte: ITU