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Analistas dos bancos passam a prever maior alta da inflação em 12 anos. Estimativa do mercado para o PIB de 2015 caiu de -0,58% para -0,66%.

O mercado financeiro estima um encolhimento maior do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano e um crescimento mais intenso da inflação, segundo o relatório de mercado do Banco Central, fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras. Os números do levantamento foram coletados na semana passada e divulgados nesta segunda-feira (9) pelo BC.

Para o PIB, a previsão de retração passou de 0,58% para 0,66% – o que, se confirmada, será a maior contração da economia brasileira desde 1990, quando se retraiu 4,35%, ou seja, em 25 anos. A piora na projeção do mercado, na última semana, foi a décima seguida.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira. Para 2016, o mercado baixou sua expectativa de uma alta de 1,5% para um crescimento um pouco menor, de 1,40%.

Recessão
As previsões do mercado financeiro mostram que um cenário de recessão no fim de 2014 e início de 2015 não pode ser descartado. A recessão técnica se caracteriza por dois trimestres consecutivos de contração do PIB.

A prévia do PIB divulgada recentemente pelo Banco Central indicou uma retração de 0,15% no PIB em 2014. Nos três últimos meses do ano passado, contra o trimestre anterior, o PIB teria registrado uma contração também de 0,15%, segundo a prévia divulgada pelo BC.

Os dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o PIB do quarto tirmestre do ano passado, e também de todo ano de 2014, serão divulgados somente em 27 de março. No fim de outubro, o IBGE informou que a economia brasileira saiu por pouco da recessão técnica no terceiro trimestre de 2014 – quando o PIB cresceu 0,1% na comparação com o trimestre anterior.

Inflação
A expectativa dos analistas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, que estava em 7,47% na semana retrasada, subiu para 7,77% na última semana. Foi a décima alta seguida na estimativa para a inflação de 2015. Se confirmada, a taxa de 7,77% será a maior desde 2003, quando ficou em 9,3% – ou seja, em 12 anos. Para 2016, a previsão do mercado subiu de 5,50% para 5,51%.

Com isso, a estimativa do mercado para o IPCA de 2015 segue acima do teto do sistema de metas do governo. A meta central de inflação para este ano e para 2016 é de 4,5%, com tolerância de dois pontos para mais ou para menos. O teto do sistema de metas, portanto, é de 6,5%. Em 2014, a inflação ficou em 6,41%, o maior valor desde 2011.

Na semana passada, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a inflação oficial do país, medida pelo IPCA, ficou em 1,22% em fevereiro, depois de avançar 1,24% em janeiro. No acumulado de 12 meses, o indicador acumula alta de 7,7%, a mais elevada desde maio de 2005, quando atingiu 8,05%.

Segundo analistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressionam os preços em 2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.

Taxa de juros
Após o Banco Central ter subido os juros para 12,75% ao ano na semana passada, o maior patamar em seis anos, o mercado manteve a expectativa de que a taxa termine 2015 em 13% ao ano – o que pressupõe mais uma alta até o fim deste ano. Para o fechamento de 2016, a estimativa dos analistas permaneceu em 11,50% ao ano.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para tentar conter pressões inflacionárias. Pelo sistema de metas de inflação brasileiro, o BC tem de calibrar os juros para atingir objetivos pré-determinados. Em 2015 e 2016, a meta central é de 4,5% e o teto é de 6,5%.

Câmbio, balança comercial e investimentos estrangeiros
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2015 subiu de R$ 2,91 para R$ 2,95 por dólar. Para o término de 2016, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 3 por dólar.

A projeção para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2015 baixou de US$ 5 bilhões para US$ 4 bilhões. Para 2016, a previsão de superávit comercial recuou de US$ 11,24 bilhões para US$ 10,40 bilhões.

Para este ano, a projeção de entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil ficou estável em US$ 60 bilhões. Para 2016, a estimativa dos analistas para o aporte recuou de US$ 58,5 bilhões para US$ 58 bilhões.

Fonte: G1

Obras que estão mudando a paisagem carioca, como a Transolímpica, já contam com a força de 865 funcionárias

Rio – Por trás das maiores obras para as Olímpiadas do Rio há grandes mulheres. Perfumadas, de unhas feitas, maquiadas e com cabelos hidratados, elas deram um novo colorido ao reduto cinzento e masculino dos canteiros da construção civil. Atualmente 865 operárias ajudam a tocar, com muita competência, as frentes de trabalho da Linha 4 do Metrô, do BRT Transolímpica, do Parque Olímpico e do Novo Joá.

Para muitas delas, sobra pouco tempo para os afazeres domésticos. Na expansão do Metrô, oito mulheres só querem saber de pilotar máquinas betoneiras. Elas fazem parte das equipes formadas por 575 funcionárias, entre pedreiras, operadoras de ponte rolante, eletricistas, carpinteiras e sinaleiras.

De acordo com levantamento da Secretaria municipal de Obras, os canteiros da Transolímpica e da duplicação do Elevado do Joá empregam 2.342 operários e 153 funcionárias. Suzana dos Santos, 37 anos, armadora de ferragens, é uma delas. Há quatro anos, ao passar em frente à obra do PAC do Complexo do Alemão, criou coragem e pediu um emprego. Ficou com a vaga. Abandonou a função de doméstica para carregar aço, marcar ferragem e dobrar ferro. “O serviço em casa de família era mais pesado. Aqui é menos porque faço com amor”, revela a moradora de Nova Iguaçu. Em sua quinta obra Suzana se sente valorizada ao participar do projeto Olímpico. “Vou dizer a todos que participei da construção do elevado”, diz ela, que não vê distinção entre sexos. “Eles nos respeitam muito”, conta. Há três meses no Novo Joá, Márcia Valéria, 37, exerce a mesma função de Suzana. “É tranquilo. Os homens sempre ajudam”, diz.

Vaidosa, ela não descuida da aparência, mesmo que na maior parte do tempo as unhas grandes e pintadas fiquem embaixo de grossas luvas. Mãe de três filhos, Márcia buscou a área atraída pelos bons salários e a possibilidade de crescer na profissão. Se para ela a atividade é como outra qualquer, os amigos ainda se assustam. “Eles ficam de queixo caído. Tenho que mostrar o crachá”, diz ela, sorridente.

Orgulho de fazer parte da história do Rio

As duas filhas adolescentes de Verônica Santos, 32 anos, já avisaram à mãe: querem ser soldadoras como ela. “Não é mole. Mas é gratificante saber que estou fazendo parte da história do Rio”, orgulha-se a moradora de Duque de Caxias, que entrou no canteiro de obras da Linha 4 do Metrô pela cozinha, cuidando da limpeza e ajudando a servir as refeições. Parte do salário, guardou para o curso de solda. Com o diploma, conquistou uma das vagas.

O engenheiro David Penna, responsável pela frente do Leblon, diz que as mulheres soldam melhor em chapas de aço e tubulações do que os homens. “É uma atividade muito delicada e de precisão. A área tem que estar limpa, livre de poeira e as peças, guardadas no lugar certo. E isso elas fazem muito bem”, elogia. Mãe de três filhas e avó, Fátima Silva, 51 anos, é uma das operadora de pá carregadeira na obra do metrô. Também é admirada pela família. “Só minha caçula não gosta do uniforme”, diverte-se ela, sem abrir mão do batom e dos brincos.

Elas são mais cautelosas

Sempre de batom, unhas feitas e cabelo arrumado, Luciene da Conceição Cruz, de 26 anos, dirige o volante de um caminhão betoneira que transporta concreto para as frentes de serviço da Linha 4 do Metrô, na Zona Sul da cidade, a maior obra de infraestrutura urbana da América Latina. Apesar da pouca idade, a habilitação na categoria D vem do tempo em que dirigia coletivos. “Uma amiga era caminhoneira da obra e me disse que precisavam de motorista. O mestre preferia trabalhar com mulheres por causa do zelo, do cuidado com o equipamento e a cautela ao dirigir”, diz ela.

Luciene já ouviu algumas piadas, mas conta com o apoio do namorado, que tirou carteira depois dela, e tem o respeito dos colegas. “Pode parecer diferente, mas na obra é natural. Além do mais, não tenho pretensão de dirigir melhor do que os homens. Apenas faço meu trabalho e acho que dirijo bem. Eles brincam, mas me respeitam”, afirma ela, sobre o ambiente de trabalho.

Fonte: O Dia

Algumas reivindicações das feministas do século passado não se concretizaram até hoje, entre as quais a paridade de gêneros nas empresas.

Por Jorge Abrahão*

Em 8 de março de 1917, em meio ao turbulento cenário político e social no qual a Rússia estava inserida – a fome assolava comunidades camponesas, greves eclodiam por todo o país e a insatisfação com o governo do czar Nicolau II era generalizada –, um grupo de aproximadamente 90 mil operárias saiu às ruas para reivindicar melhores condições trabalhistas. As industriárias eram submetidas a jornadas de 14 horas de trabalho e seu salário chegava a ser três vezes menor do que o dos homens, apesar de exercerem funções semelhantes nas indústrias. O protesto ficou conhecido como “Pão e Paz” e o 8 de Março foi eternizado anos mais tarde como o Dia Internacional da Mulher.

No Brasil, a principal frente de luta pelos direitos da mulher, nas décadas de 1920 e 1930, foi o Partido Republicano Feminino, cuja pauta central era o direito ao voto. As sufragistas tiveram parte de suas reivindicações atendidas com a promulgação do Código Eleitoral Provisório, em 24 de fevereiro de 1932, que estabeleceu os novos requisitos para ser eleitor no Brasil: cidadãos maiores de 21 anos, sem distinção de sexo.

Foi apenas em 1945 que a Organização das Nações Unidas (ONU) assinou o primeiro acordo internacional que promovia princípios de igualdade entre homens e mulheres.

Com o passar dos anos, as condições de trabalho melhoraram para muitas mulheres. Contudo, algumas reivindicações das feministas do século 20 não se concretizaram até hoje, entre as quais a paridade de gêneros nas empresas.

Em setembro de 2014, um discurso de Emma Watson, atriz da saga infanto-juvenil Harry Potter e embaixadora da ONU Mulheres, foi massivamente compartilhado nas redes sociais. Ela tratou da desigualdade entre os sexos e lançou a campanha HeForShe, que tem como objetivo conscientizar os homens sobre os problemas decorrentes dessa questão. Mais recentemente, na edição do Oscar de 2015, Patricia Arquette, vencedora do prêmio na categoria de melhor atriz coadjuvante pelo filme Boyhood, convocou todas as mulheres americanas a lutar pela igualdade de direitos e equiparação salarial.

O contraste dos rendimentos de homens e mulheres

A 2010 da pesquisa Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil e Suas Ações Afirmativas, realizada pelo Instituto Ethos com funcionários e dirigentes das 500 maiores empresas do país em faturamento, evidenciou a disparidade entre homens e mulheres na composição do quadro de funcionários das organizações entrevistadas: a maioria esmagadora era do sexo masculino. No nível executivo e sênior, dos 1.506 funcionários, 86,3% eram homens e apenas 13,7% eram mulheres. No nível de gerência, dos 13.892 empregados, 77,9% eram homens e 22,1%, mulheres. No nível de supervisão, 73,2% dos 26.034 cargos eram preenchidos por homens e 26,8%, por mulheres. O abismo é grande e pode-se concluir que, nos postos mais altos, a desproporção é ainda maior.

A disparidade também pode ser facilmente observada no contexto empresarial pelos contrastes salariais. Em outubro de 2014, o IBGE divulgou o estudo Estatísticas de Gênero: Uma Análise dos Resultados do Censo Demográfico 2010, realizado em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e a Diretoria de Políticas para Mulheres Rurais e Quilombolas do Ministério do Desenvolvimento Agrário. De acordo com os dados, o rendimento das mulheres constitui 74% do que os homens recebem mensalmente.

A desigualdade é ainda maior ao levar em consideração a raça delas: a mulher negra ganha, em média, apenas 41% do salário do homem branco. Além disso, o percentual de indivíduos do sexo feminino e maiores de 16 anos sem rendimentos chega à casa dos 30%, sendo que a maior parte reside na região Norte e a menor, no Sul. Apesar de o número de mulheres economicamente ativas ter crescido – em comparação com a taxa de atividade dos homens, a diferença diminuiu cerca de 21 pontos percentuais em 2010 –, o contraste de renda continua grande.

As empresas e os programas de inclusão

Diante desse cenário, muitas empresas vêm implantando medidas para tornar mais efetiva a inserção da mulher no mercado formal de trabalho. A Coca-Cola é uma delas. Muhtar Kent, CEO da companhia, afirma que um dos motivos da criação do programa de recrutamento de mulheres para cargos seniores é que elas têm o poder de decisão em 70% das compras dos produtos da marca. Os resultados são substanciais. Na Coca-Cola Brasil, a participação de mulheres em cargos de gerência, por exemplo, cresceu com a implantação do programa e equiparou-se com a dos homens. Ou seja, elas representam hoje aproximadamente 50% dos gerentes da companhia.

A Alcoa é outro exemplo. A falta de profissionais mulheres na indústria de alumínio fez com que a companhia implantasse a iniciativa chamada Building Opportunities for Women in a Hard Hat Company. Entre 2008 e 2012, a taxa de representação feminina cresceu de 15,8% para 18,8%, em cargos executivos, e de 22,6% para 25,1%, em cargos de gerência.

Na Unilever, foram estabelecidas metas para o preenchimento de postos de liderança visando a igualdade de gêneros. O CEO Paul Polman preside o conselho de diversidade global da empresa e investe esforços para aumentar a participação das executivas no quadro de funcionários, como a implementação de um programa de mentoring. De 2009 a 2012, a taxa de mulheres nos cargos de vice-presidente executivo e vice-presidente aumentou de 16% para 21%. O número de diretoras também subiu, de 27% para 32%. E elas também estão mais presentes na gerência – o índice era de 40% e foi para 43%.

Jorge Abrahão é diretor-presidente do Instituto Ethos.

Fonte: Instituto Ethos

Fantástico testou, junto com engenheiro, os hidrômetros de alguns consumidores. Sabesp admite o problema, mas diz que são poucos casos.

Como se não bastasse a situação crítica nos reservatórios de São Paulo, os moradores convivem agora com outra dor de cabeça: a cobrança por ar, isso mesmo, ar. Não sai uma gota sequer das torneiras, mas o hidrômetro – aquele aparelho que registra o consumo de água, continua girando e marcando um gasto que não existe. Parece até que nos canos corre uma espécie de “água fantasma”.

Consumidores fizeram vídeos mostrando o hidrômetro das casas em funcionamento mesmo sem correr água nas torneiras. E todos chegaram à conclusão que estavam pagando pelo ar que passa por dentro do encanamento.

O Fantástico foi testar. Na Zona Leste de São Paulo, fomos a casa do Abdias, que gravou um dos vídeos. Ele está pagando muito mais na conta de água e vive passando apuro.

“Amanhece sem água. Por volta de 10h30, 11h, chega. E de 17h até 19h acaba novamente. A gente tinha uma média de R$ 62,80. Neste mês de janeiro, ela deu um salto para R$ 158”, conta Abdias Almeida Alcântara, comerciante.

Na conta de fevereiro, veio um aviso: Abdias foi multado porque excedeu a sua média de consumo.

O Abdias disse que antes da água voltar, começa a passar muito ar pela tubulação. O Fantástico colocou uma pequena bexiga no local para ver se passa muito ar mesmo. O engenheiro hidráulico Antônio Giansante acompanhou a experiência. A bexiga encheu e estourou.

“Isso indiscutivelmente está mostrando que não tem água, está passando ar e que o hidrômetro está marcando essa passagem de ar”, afirmou o engenheiro hidráulico.

Hidrômetro registra diferença de 3 mil litros antes da água chegar

E após o Fantástico fechar a torneira, o relógio continuou a girar.

“Quando a torneira está fechada, por onde que o ar vai sair? Pela boia da caixa d’água, em cima da casa”, explica Antônio.

Quando o Fantástico começou a gravar, o hidrômetro registrava 141816. E quando a água chegou, quase uma hora e meia depois, o relógio marcava 142112. A quanto isso equivale? Cerca de 3 mil litros – de uma água fantasma.

Segundo a Sabesp, a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo, o Abdias não necessariamente vai pagar tudo isso. A empresa diz que o ar que passa pelo hidrômetro também pode voltar e fazer o aparelho girar ao contrário.

“Pode sim entrar ar e sair ar da rede”, diz Samanta Souza, gerente de relacionamento com clientes da Sabesp.

Para o engenheiro hidráulico, o retorno do ar pode contaminar a água: “Existe risco se a instalação predial estiver com algum problema”, ele explica.

“Nós não identificamos isso até o momento, nossos números de reclamações de qualidade de água continuam os mesmos”, afirma Samanta.

Na rua do Abdias, o Fantástico encontrou quatro moradores que também pagam mais na conta d’água.

“Em agosto, o meu consumo médio era de R$ 59,04. A conta de outubro foi R$ 1.199. E, daí por diante, todos os meses, esse valor exorbitante”, conta uma moradora.

“A minha subiu desde agosto, de R$ 33 a R$ 50 reais, para R$ 133, R$ 186”, conta a auxiliar de escritório Cintia Daniela dos Santos Ferreira.

O segundo teste foi na Zona Sul, na casa do Jurandir.  Às 5h45, a água já começava a voltar na casa dele. Ao fazermos o teste da bexiga, sai ar suficiente para enchê-la.

“Em síntese então, eu estou pagando pelo ar?”, questiona Jurandir.

“Sim. Uma parte você está pagando pelo ar”, explica o engenheiro hidráulico.

Consumidores utilizam luva para fechar a passagem de ar dos registros

O Clodomir, de São Bernardo do Campo, Região Metropolitana de São Paulo, que enviou um vídeo mostrando o funcionamento da torneira de casa para o Fantástico, também fez o teste da bexiga.

Outra moradora da Zona Oeste de São Paulo fez uma experiência parecida.

“Deixar fechado né, porque pagar vento não dá”, disse Vanessa.

É o que muita gente está fazendo: fechando o registro. Mas para o engenheiro hidráulico, não está certo.

“Não é o morador que precisa tomar uma providência. É a própria operadora do serviço de água, que tem meios, tem técnicas, colocando válvulas tipo ventosas na rede para evitar esse tipo de problema que efetivamente estamos vendo que está acontecendo”, destaca Antônio.

A Sabesp diz que tem cinco mil válvulas instaladas na Região Metropolitana de São Paulo.

O Ministério Público de São Paulo pediu esclarecimentos à Sabesp sobre a possível cobrança de ar nos hidrômetros. E abriu um inquérito.

Sabesp admite que o problema existe

O presidente de Defesa do Consumidor da OAB Marco Antônio Araújo diz que as pessoas prejudicadas devem filmar o problema, para ter provas e acionar a companhia de água.

“Além disso, nós aconselhamos que ele registre uma reclamação no Procon e também na Agência Nacional de Águas, que é a agência reguladora”, completa Marco Antônio Araújo.

A Sabesp admite que o problema existe, mas diz que são poucos os casos.

“Os hidrômetros são fabricados para trabalhar em uma pressão de estabilidade, em um momento de normalidade, momento pelo qual a Sabesp não está passando hoje. De 25 mil reclamações no mês de janeiro, 20 clientes tinham sido impactados, em um universo de 4,8 milhões de ligações da Região Metropolitana de São Paulo. É mais fácil você ganhar na Quina do que você ser impactado na conta – fazendo uma proporção estatística”, a gerente da Sabesp.

A companhia afirma que revisou as contas do Abdias e do Jurandir. E que está analisando os casos.

“Eu quero que a Sabesp resolva esse problema. Não vou pagar por uma água que eu não utilizei e não estou utilizando”, reclama Abdias.

Fonte: G1

O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil no estado de São Paulo atingiu R$ 1.174,59 por metro quadrado, alta de 0,1% em fevereiro, na comparação com janeiro. O CUB, índice oficial de custos das construtoras para uso nos reajustes dos contratos de obras, divulgado hoje (3), é calculado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Os custos com mão de obra subiram 0,45% em fevereiro, na comparação com o mês anterior, os custos com materiais de construção aumentaram 0,27% e os salários dos engenheiros apresentaram estabilidade. Em 12 meses, o CUB registrou alta de 6,52%, com aumento de 8,58% nos custos com a mão de obra, de 3,12% nos materiais e de 11,78% nos salários dos engenheiros.

Em fevereiro, sete dos 27 insumos da construção pesquisados pelo SindusCon-SP tiveram elevação superior à inflação do mês (0,27%). Entre os materiais que tiveram os maiores reajustes no mês estão bloco cerâmico (1,61%), emulsão asfáltica (1,59%) e tinta látex (0,69%).

Fonte: EBC

Projeto de lei do Senado, que torna feminicídio crime hediondo, segue para sanção da presidente Dilma Rousseff

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei do Senado que inclui o feminicídio (assassinato de mulher por razões de gênero) como homicídio qualificado e o classifica como crime hediondo — isso aumenta a pena para o autor. Agora, o projeto irá para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

De acordo com a proposta, há razões de gênero quando o crime envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação contra a condição de mulher. A pena prevista para homicídio qualificado é de reclusão de 12 a 30 anos.

Projeto de Lei 8305/14 também prevê aumento de pena em um terço se o crime ocorrer durante a gestação ou nos três meses posteriores ao parto; contra menor de 14 anos, maior de 60 ou pessoa com deficiência; e na presença de descendente ou ascendente da vítima.

Fonte: Diário Gaúcho