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O acordo foi assinado com o Instituto Nacional de Resíduos (Inre), que desenvolve processos para gestão de resíduos e implementa pontos de coleta.

Por Jorge Abrahão*

Com o dinâmico desenvolvimento na tecnologia dos eletroeletrônicos, o brasileiro vem consumindo mais. Todos os anos, chegam às prateleiras das lojas produtos munidos de milhares de novos recursos. São televisões que se conectam a computadores e celulares, relógios que monitoram a saúde de seu usuário, fogões e geladeiras inteligentes. O que hoje nos é vendido como “de última geração” vai tornar-se obsoleto muito em breve.

Isso traz um grande problema: o descarte do que não é mais útil depois de adquirirmos as novidades tecnológicas. Em 2011, foram geradas, no Brasil, 917 mil toneladas de resíduos eletroeletrônicos (REE). A estimativa para 2015 é de que esse número chegue a 1,2 milhão de toneladas. O crescimento é substancial.

Diante desse cenário, destaca-se a atuação do Instituto Nacional de Resíduos (Inre), organização cuja missão é promover a defesa, preservação e conservação do meio ambiente por meio da promoção de soluções com certificação ambiental para gerenciamento de resíduos. O Inre vem desenvolvendo processos para a gestão dos REE e implementando pontos de coleta – ainda em fase de teste – em todo o país. Os 112 projetos-piloto já implantados estão presentes em 39 cidades de 10 Estados brasileiros.

Parceria Ethos-Inre

Em 27 de janeiro, durante a reunião do seu Grupo de Trabalho de Resíduos Sólidos, o Instituto Ethos assinou uma parceria com o Inre, a qual visa somar esforços em favor da sustentabilidade na implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) em todo o país, buscando minimizar custos para as empresas e para a sociedade.

A reunião, que ocorreu na sede do Ethos, em São Paulo, contou com a participação de várias organizações de diferentes setores, que vêm atuando ativamente nas políticas públicas relacionadas ao tema de resíduos sólidos.

Além do Ethos e do Inre, estiveram presentes a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), a Fecomercio, o Grupo Promon, a ONG Consciência Limpa, o Walmart, a Totus, a Embraco, a RR Ambiental, a Pernambucanas, a Amazonsat, a Natura, a Associação Brasileira do Mobiliário Corporativo (Abramco), a RedeResíduo, a Reciclapac, a Felsberg Advogados, a Report Sustentabilidade, a GPA, a Associação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro (Abividro) e a Novelis.

Marcos Haftel, Cristiano Vallejo e George Hochheimer, representantes do Inre na reunião, trouxeram aos participantes uma ampla visão sobre o trabalho que a organização vem desenvolvendo em torno da logística reversa e do tratamento pós-consumo de eletroeletrônicos.

O Inre vem acompanhando de perto o processo de construção do acordo setorial de eletroeletrônicos, que faz parte das exigências da Lei 12.305/2010, que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). De acordo com essa política, os acordos setoriais consistem em contratos firmados entre o poder público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto.

Edital

Em 2013, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) abriu um edital de chamamento para a elaboração de acordo setorial destinado à implantação do sistema de logística reversa de produtos eletroeletrônicos e seus componentes. Segundo o edital, caberá aos responsáveis pela logística reversa desses produtos destinar adequadamente os resíduos, por meio de reutilização, reciclagem, recuperação ou outras formas de disposição.

Além disso, o ministério criou o Grupo Técnico de Assessoramento (GTA) ao Comitê Orientador para a Implantação de Sistemas de Logística Reversa (Cori), que poderá promover iniciativas visando estimular a participação do setor empresarial nas negociações do acordo.

O edital define os requisitos mínimos da proposta, que deve, entre vários outros aspectos, incluir recomendações técnicas a serem observadas durante o processo de logística reversa. Dentre os requisitos da proposta, devem ser definidas, por exemplo, metas de implantação do sistema de logística reversa e metas quantitativas de destinação final dos resíduos.

Atualmente, o acordo ainda está em negociação. O MMA recebeu dez propostas de acordo setorial, das quais quatro, incluindo a do Inre, foram escolhidas como as mais adequadas para a negociação do texto final.

Participam do processo de negociação do texto final do acordo setorial os comerciantes, distribuidores, fornecedores e também o Cori, que é presidido pelo MMA e desempenha o papel de secretaria executiva do comitê. Além do MMA, participam do Cori outros quatro ministérios: o de Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC), o da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o da Fazenda (MF) e o da Saúde (MS).

Os principais pontos que têm sido negociados no processo de conclusão do acordo são: a criação de entidade de controle e governança dos sistemas de logística reversa implantados; o reconhecimento da periculosidade dos resíduos eletroeletrônicos (REE) descartados enquanto não tenha alteração das suas características físico-químicas; a criação de norma legal que discipline a renúncia da titularidade dos REE descartados; o envolvimento vinculante de todos os atores do ciclo de vida dos produtos eletroeletrônicos não signatários do acordo setorial; o documento autodeclaratório de transporte dos REE com validade em todo o território nacional, documentando a natureza de origem da carga; e a participação pecuniária do consumidor para custeio da logística reversa, destacada do preço e isenta de tributação.

A expectativa é de que em alguns meses a negociação seja concluída e finalmente se chegue à versão final do acordo. Como plano de ação, o GT de Resíduos Sólidos do Instituto Ethos planeja participar do processo de consulta pública do acordo setorial de eletroeletrônicos, com o apoio das empresas e organizações parceiras, bem como do Inre.

Jorge Abrahão é diretor-presidente do Instituto Ethos.

Fonte: Instituto Ethos

Reunião do Copom sobre a taxa de juros termina na noite desta quarta-feira. Tarifas públicas e dólar em alto seguem pressionando inflação neste ano.


A possibilidade de o país entrar em recessão neste ano não deve impedir o Banco Central de continuar subindo os juros. A decisão sobre a taxa básica da economia brasileira será anunciada pela instituição na noite desta quarta-feira (4), após o término da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).

A aposta da maior parte do mercado financeiro é de um novo aumento de 0,5 ponto percentual, o que elevaria a taxa Selic de 12,25% para 12,75% ao ano – o maior patamar desde janeiro de 2009, quando estava em 13,75% ao ano, ou seja, em seis anos.

Se confirmado, será o quarto aumento consecutivo nos juros básicos da economia, que estão avançando ininterruptamente desde outubro do ano passado. Com taxas mais altas, o Banco Central tenta controlar o crédito e o consumo e, assim, segurar a inflação. Por outro lado, ao tornar o crédito e o investimento mais caros, os juros elevados prejudicam o crescimento da economia.

Possível recessão
Os economistas do mercado financeiro têm intensificado a aposta de que a economia brasileira poderá entrar novamente em recessão neste ano, a exemplo do ocorrido em 2014, quando a economia “encolheu” no 1º e 2º trimestres. A chamada recessão técnica se caracteriza por dois trimestres seguidos de contração do Produto Interno Bruto (PIB).

A expectativa da maior parte do mercado financeiro, realizada na semana passada pelo BC com mais de 100 analistas de bancos, é de que a economia brasileira tenha registrado crescimento zero em 2014 e que tenha retração de 0,58% em 2015 – o que seria a maior queda em 25 anos.

Os analistas avaliam que, embora as medidas econômicas anunciadas recentemente pelo governo sejam importantes para reequilibrar as contas públicas (após déficit inédito em 2014) e possibilitar um cenário de controle da inflação no futuro, com taxas de juros mais baixas, elas terão impacto de reduzir ainda mais o nível de atividade neste ano.

Entre as medidas anunciadas, estão aumento dos tributos sobre a gasolina e o diesel, sobreoperações de crédito, cosméticos, automóveis sobre a folha de pagamentos, além de limitação de benefícios sociais, como seguro-desemprego e abono salarial, e redução de gastos de custeio e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e com a Conta de Desenvolvimento Energético – o que resultará em um alta maior da energia elétrica.

O economista da NGO Corretora, Sidnei Moura Nehme, avaliou que o quadro econômico é “extremamente complexo”. Em sua visão, não é possível concluir, até o momento, que as medidas possam “efetivamente ser contributivas à recuperação do país, já que os efeitos colaterais podem causar mais inflação, desemprego, perda de renda e consumo, conduzindo o país à recessão”.

Ministro da Fazenda
Questionado, na semana passada, se as medidas não poderiam contribuir para jogar a economia brasileira na recessão, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que a economia não vinha “desempenhando bem” com as medidas anteriores – de estímulo.

“Boa parte do que está sendo feito é voltar à uma normalidade. Voltar aos gastos de 2013, diminuir as desonerações que foram crescendo, crescendo não se sabe muito bem porque. Estamos voltando à condições normais para retomar o crescimento em bases sustentáveis”, disse ele na ocasião.

Inflação não dá trégua
Ao mesmo tempo em que o país flerta com a recessão, o comportamento dos preços não dá trégua para os consumidores. Segundo analistas, a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressionam fortemente os preços em 2015.

Em janeiro, a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), somou ficou em 1,24%. Essa foi a taxa mensal mais alta desde fevereiro de 2003, quando ficou em 1,57%. Em 12 meses até janeiro, o indicador acumula alta de 7,14% – a maior desde setembro de 2011, quando o índice atingiu 7,31%.

Para todo este ano, a expectativa dos economistas do mercado financeiro para o IPCA está 7,47%. Se confirmada, a taxa será a maior desde 2004, quando ficou em 7,6% – ou seja, em 11 anos.

Com isso, a estimativa do mercado segue acima do teto do sistema de metas do governo. A meta central de inflação para este ano e para 2016 é de 4,5%, com tolerância de dois pontos para mais ou para menos. O teto do sistema de metas, portanto, é de 6,5%. Em 2014, a inflação ficou em 6,41%, o maior valor desde 2011.

De acordo com o professor de economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Pedro Raffy Vartanian, o cenário atual é um dos mais desafiadores para a política econômica, pois combina ausência de crescimento com inflação em alta, que os economistas chamam de “estagflação”.

Segundo o professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV/EESP), Clemens Nunes, a alta do dólar, que chegou a atingir R$ 2,90 nesta terça-feira (3), e dos preços administrados preocupa.

“A depreciação do real acelerou-se desde a última reunião [do Copom em janeiro]. Além disso, o Banco Central pode reduzir sua intervenção no mercado de câmbio acelerando este processo. Outra razão para o aumento da Selic é que o BC deve combater os efeitos secundários dos choques de preços de hortifrutigranjeiros, bem como do aumento de combustíveis e energia elétrica. Uma vez que estes não foram dissipados”, avaliou Nunes.

Fonte: G1

campanha para redução do consumo de energia, promovida pelo governo,começa nesta semana em cadeia nacional de rádio e TV em todo o país. As peças publicitárias serão estreladas pela atriz Taís Araújo, que vai sugerir ações para que o consumidor economize energia. Termos como racionamento e crise não serão mencionados.

A primeira ação será um merchandising que vai ocorrer nesta terça-feira (3/03) no programa Mais Você, apresentado por Ana Maria Braga, da TV Globo. O lema da campanha será “Consumo Consciente: Levante essa Bandeira”.

Nas peças, Taís Araújo explica o sistema de bandeiras tarifárias e sugere ao consumidor que adote medidas como banhos mais curtos, com o chuveiro elétrico na posição verão, o uso consciente do ar condicionado e o uso do ferro de passar roupa apenas uma vez por semana, entre outras medidas. Haverá dois filmes para TV e três spots para rádio.

A ideia da campanha é que essas ações devem fazer parte da vida de todos os consumidores, e não apenas agora, que a conta de luz subirá em todo o país. “O esforço tem que ser coletivo. É importante que todos tenham consciência de que o custo das bandeiras tarifárias só vai cair se houver um esforço coletivo”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite.

Produzida pela agência Propeg, a campanha custará R$ 20 milhões e será financiada com recursos das distribuidoras de energia, que são obrigadas a recolher 0,5% de sua receita operacional líquida para um fundo e aplicar os recursos em projetos de eficiência energética. As propagandas serão veiculadas até o fim de março.

Não há meta de redução do consumo, embora haja uma expectativa de que os consumidores residenciais poupem 10%. Apesar do aumento das chuvas, os reservatórios das hidrelétricas estão se recuperando muito lentamente. Assinam a campanha a Abradee e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Fonte: Época Negócios

Apesar da seca, Sabesp seguiu firmando contratos com empresas (demanda firme) com tarifas menores por consumos maiores. Com os 42 acordos firmados em 2014, já são 526


São Paulo – A Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) firmou 42 novos contratos de demanda firme com grandes empresas na capital paulista em 2014. Juntas, essas companhias consumiram 1,8 milhão de metros cúbicos (m³) de água no ano passado, pagando uma tarifa muito menor do que a utilizada com o comércio e os consumidores residenciais em geral. Cada metro cúbico equivale a uma caixa de água de mil litros. Com os contratos firmados no ano passado, a Sabesp chegou a 526 contratos firmados em dez anos.

A empresa havia informado em fevereiro que suspendera novas contratações em 2014, mantendo somente os contratos já firmados. Os dados foram divulgados hoje (3) pela Agência Pública, que os obteve por meio de um pedido feito pela Lei de Acesso à Informação em dezembro do ano passado, cujo cumprimento foi determinado pelo corregedor-geral da Administração de São Paulo, Gustavo Ungaro.

No entanto, a Sabesp não divulgou a íntegra dos contratos – os quais trata como confidenciais –, mas apenas os dados de consumo anual, o valor e a duração dos contratos e os picos máximo e mínimo de consumo. Nenhum nome de empresa foi divulgado nem o valor médio pago pelas empresas por metro cúbico de água consumida. Esses itens também deveriam ter sido divulgados, conforme decisão do corregedor.

O valor total dos contratos de demanda firme de 2014 é de R$ 88,3 milhões. O formato é utilizado pela Sabesp na relação com grandes empresas, que devem consumir, pelo menos, 500 metros cúbicos de água por mês. Porém, esses representam aproximadamente 8% do total de contratos dessa modalidade. Os 526 totalizam R$ 472,5 milhões por um consumo de 111,3 milhões de metros cúbicos desde 2007.

Somente no ano passado foram consumidos 24,5 milhões de metros cúbicos de água pelos grandes consumidores. O valor supera o consumo anual de água – residências, indústrias, comércio – da cidade de São Caetano do Sul, na região metropolitana de São Paulo: 14 milhões de m³, para 156 mil habitantes (dados referentes a 2013). O consumo aumentou 92 vezes entre 2005 e 2014.

Mesmo com a seca, cuja severidade foi admitida em janeiro de 2014 pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), todos os contratos com vencimento em 2014 foram renovados.

O volume de água consumido equivale a 11,3% do total de água no Sistema Cantareira, que abastece 6,6 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo, onde cabem 990 milhões de m³ de água, no volume operacional. O sistema está operando no volume morto – onde cabem mais 400 milhões de m³ – desde maio de 2014 e hoje (3) está em -17,5% da capacidade, segundo cálculo feito com base no volume útil descontando-se a água consumida no volume morto. De acordo com a Sabesp, a capacidade total está em 11,7%.

Segundo cálculo da Agência Pública, considerando o valor dos contratos dos dez maiores consumidores, dividido pela quantidade de água contratada por mês, as tarifas ficam entre R$ 3,43 e R$ 10,35. Cada contrato tem cláusulas próprias, o que pode interferir no valor final da tarifa. Desde março de 2014, a Sabesp suspendeu a determinação de consumo mínimo de 500 m³ mensais.

Em 12 de fevereiro, o portal El País divulgou uma lista com 294 empresas que mantêm contratos de grande demanda com a Sabesp. Dentre eles, a tarifa média mais cara é paga pela Ibep Gráfica, que consome 1,5 mil metros cúbicos por mês: R$ 11,91 por metro cúbico. Já a Viscofan, que fabrica tripas de celulose para embutidos e consome 60 mil m³ mensais em média, paga R$ 3,41 por m³. Os clientes comerciais comuns pagam R$ 13,97 por metro cúbico.

Os contratos também definem que as empresas contratantes do serviço não podem utilizar água de chuva, reúso ou poços artesianos como complemento ao abastecimento. Sua fonte deve ser, exclusivamente, a água tratada fornecida pela Sabesp. “Os imóveis que são abastecidos por fontes alternativas não se beneficiarão das condições desse contrato”, diz um documento padrão enviado pela Sabesp à Agência Pública.

O serviço de demanda firme foi criado em 2005. Naquela época, a exigência era de 5 mil metros cúbicos mensais, o que atraiu poucas empresas. Apenas 23 até 2007. O volume mínimo de 500 m³ foi autorizado em 2010, pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp). Com isso, o número de contratantes foi de 106 em 2011, 129 em 2012 e 69 em 2013.

Fonte: Rede Brasil Atual

Você tem mania de pingar descongestionante no nariz? Descongestionantes e bombinhas podem mascarar outras doenças.

Você tem mania de pingar descongestionante no nariz? E sabia que alguns deles podem acelerar o ritmo do coração? O Bem Estar desta segunda-feira (2) falou também sobre as bombinhas de asma. Mostramos que os descongestionantes e as bombinhas podem mascarar outras doenças e até provocar doenças do coração. Participaram do programa o consultor e cardiologista Roberto Kalil, o farmacêutico Pedro Menegasso e o pneumologista Roberto Stirbulov.

Medicamentos contra asma (broncodilatadores de ação rápida, conhecidos como bombinhas) e descongestionantes nasais, que só deveriam ser usados mediante receita e em situações específicas, com acompanhamento, são usados sem prescrição. Tem gente que tem um em cada canto da casa.

Mas isso pode ser perigoso. Os descongestionantes contêm vasoconstritores para reduzir os cornetos inflamados. Entretanto, também podem afetar outros vasos, inclusive os do coração. “Ele promove a diminuição do calibre dos vasos sanguíneos em todo o organismo. O coração é repleto de vasos sanguíneos, a rede vascular nobre do coração é as coronárias. Então o apertamento das coronárias pode propiciar o infarto, surgimento de arritmias”, explica Alfredo Lara Gaillard, otorrinolaringologista.

Após a aplicação do remédio, os vasos do nariz contraem e sobra mais espaço para a passagem do ar. O problema é que os vasos logo voltam a inchar e o nariz fica novamente entupido. Com o tempo, é preciso ter mais remédio para surtir o efeito. Quanto mais remédio, maior o efeito rebote. Isso acaba viciando, descompensando o nariz. Quando o nariz entope, o ideal é aplicar soro fisiológico ou uma solução fisiológica.

Os broncodilatadores contêm vasodilatadores, que alargam os brônquios, mas também atingem os vasos do coração. Este efeito sistêmico pode desregular o ritmo do coração, causando arritmia.

“Quando a pessoa usa o corticoide inalatório adequadamente, como prescrito pelo médico, ela não vai usar os medicamentos de alívio. Esses medicamentos de alívio, quando usados exclusivamente, sem os remédios de manutenção, e usados abusivamente, esses sim podem dar efeitos colaterais, como tremor, batedeira no coração, arritmia. O paciente tem que usar adequadamente os medicamentos profiláticos para não precisar usar medicamentos de alívio”, explica o pneumologista.

Fonte: G1

São Paulo – Balanço parcial divulgado na quarta-feira, 25, pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) mostra que 12% dos clientes na região metropolitana foram multados porque aumentaram o consumo de água neste mês.

Segundo a empresa, 19% dos consumidores da Grande São Paulo continuam consumindo água acima da média antes da crise (de fevereiro de 2013 a janeiro de 2014), dos quais 12% gastaram mais de 10 mil litros no mês e são alvo da sobretaxa implementada no mês passado.

Pela regra, quem consome até 20% acima da média pré-crise pagará uma tarifa 20% maior. Quem elevar o consumo acima desse limite pagará sobretaxa de 50% sobre o valor total da conta. Em janeiro, quando a multa entrou em vigor, 22% dos clientes haviam aumentado o consumo.

Neste mês, segundo o balanço parcial, 81% reduziram o consumo. De acordo com a Sabesp, a economia com o bônus chegou a 6,3 mil litros por segundo, 16% a mais do que em janeiro, quando a redução foi de 5,4 mil litros por segundo.

Na comparação com mês de dezembro, antes da adoção da sobretaxa, a economia obtida agora é 1,5 mil litros por segundo maior, abaixo da meta estipulada pelo governo, de 2,5 mil litros.

Segundo a Sabesp, 60% das altas de consumo de água foram provocadas por vazamentos internos nos imóveis e 38% foram altas isoladas ou alteração de perfil do cliente, como um comércio que se expandiu ou uma família que cresceu.

Nesses casos, o consumidor pode contestar a multa em uma agência da Sabesp e a empresa promete corrigir a conta.

Conta

O presidente da Sabesp, Jerson Kelman, também admitiu na CPI na Câmara Municipal que a empresa pode pedir reajuste da tarifa de água acima da inflação para equilibrar as finanças da companhia, abaladas pela crise hídrica e por causa do aumento de custos operacionais, como de energia, e da alta do dólar.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: EXAME