Em SP, Ford e Volkswagen deram férias coletivas aos funcionários. Na GM, metalúrgicos estão em greve por causa de demissões.
O fraco desempenho da indústria automobilística está mexendo com a rotina das montadoras. A Ford e a Volkswagen deram férias coletivas aos funcionários e na GM, os metalúrgicos decidiram manter uma greve, que começou por causa de demissões.
Os 2,2 mil funcionários do segundo turno da GM entraram para trabalhar e participaram de uma assembleia dentro da fábrica nesta segunda-feira (23). Eles decidiram manter a greve que começou na semana passada.
No início da manhã, os trabalhadores do primeiro turno também aprovaram a continuação da greve.
A paralisação, segundo o Sindicato, é porque a GM apresentou uma nova proposta de lay-off para 798 funcionários por um período de dois meses, mas a empresa não teria dado garantias de estabilidade no emprego.
A GM de São José dos Campos tem 5,2 mil funcionários. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Antônio Ferreira de Barros, diz que a preocupação é com possíveis demissões, quando acabar o período de licença remunerada.
A insegurança também ronda os 5 mil funcionários da fábrica da Volks, em Taubaté. Na segunda (23), 220 metalúrgicos entraram em férias coletivas por 20 dias. Segundo a Volks, houve uma queda de 26% na produção de veículos e a medida é para ajustar a produção à demanda de mercado.
A montadora alega também que há um excedente de 400 funcionários na planta de Taubaté.
A GM informa que não foi notificada oficialmente sobre a greve dos funcionários, como determina a lei, e que aguarda o resultado da audiência de conciliação, marcada para esta terça-feira (24) à tarde, noTribunal Regional doTrabalho, em Campinas.
No caso da Volks, empresa e sindicato também tem um encontro nesta terça (24).
Fonte: G1
Em assembleia, Sindicato da Construção Civil de São Paulo expõe sua pauta de reivindicações para os patrões
Em assembleia realizada em (20/2) em sua sede, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de São Paulo, liderado por seu presidente Ramalho da Construção, deu o pontapé inicial nas negociações da próxima Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, com data-base em 1º de maio.
As reivindicações, aprovadas por unanimidade, foram essas:
01. PLRConsiderando as disposições contidas na Lei n° 10.101/2000, que regulamenta a participação dos trabalhadores nos lucros ou resultados das empresas, pleiteia-se PLR para todos os trabalhadores, inclusive os das contratadas e subcontratadas;
02. Acesso de representante sindical nos locais de trabalho
I) As empresas admitirão o acesso do representante sindical no canteiro de obras ou frente de trabalho para verificação do cumprimento das normas regulamentadoras sobre segurança e saúde do trabalho, como também o acompanhamento nas visitas realizadas pelo sindicato;
II) A empresa providenciará uma sala a disposição do sindicato nos locais de obra ou frente de trabalho para os representantes desta entidade executarem suas atividades sindicais;
03. Comissão no canteiro de obra/administraçãoComissão para solucionar conflitos nos canteiros de obra com mais de 70 trabalhadores eleitos com orientação do sindicato, da seguinte forma:
a) A comissão de 70 a 120 trabalhadores 3 representantes;
b) De 121 a 200 trabalhadores, 4 representantes;
c) De 201 a 500, 5 representantes;
d) Acima de 501 trabalhadores, 7 representantes;e) Será garantida estabilidade ao representante enquanto perdurar as negociações até 60 dias após o encerramento do cumprido.
04. Lavanderia de VestimentasDe dois em dois dias, a vestimenta do trabalhador deverá ser lavada, passada e entregue no local de trabalho.
5. Kit de HigieneFornecimento de Kit Higiene Pessoal nas obras, Toalha, escova de dente, creme dental, papel higienico, sabonete.
6. Primeiros socorros
a) As empresas manterão em local apropriado e de fácil acesso, serviço de primeiros socorros, o qual conterá os medicamentos básicos;
b) Tratando-se de empresa com mais de 100 empregados, a mesma manterá enfermaria para atendimento de seus empregados, com pessoal habilitado;
c) Nas empresas com mais de 200 empregados haverá ambulância de plantão, e 1 (um) aparelho desfibrilador, bem como uma pessoa devidamente habilitada ao seu manuseio;
d) Os serviços de primeiros socorros deverão atender todos os turnos de trabalho.
07. Assistência aos acidentados
a) Ocorrendo acidente do trabalho, as empresas custearão as despesas do empregado com tratamento médico laboratorial, inclusive fisioterapia, medicamentos, bem assim de locomoção e retorno a sua residência, para atendimento clinico e hospitalar;
b) Nos casos de gravidade, arcarão, também com as despesas hospitalares. Ainda, obriga-se o empregador a transportar o empregado, com urgência, para local apropriado, em caso de acidente, mal súbito ou parto.
08. Capacitação para assuntos relacionados com a segurança do trabalho
Será assegurado aos trabalhadores, tempo livre e remunerado, de no mínimo quatro horas semanais a cada dois meses, para participação em assembleias, reuniões, cursos, seminários e eventos sobre segurança do trabalho.
09. Respeito à mulher
a) reserva de vagas a mulher.
b) é vedada a prática discriminatória contra a mulher, desde admissão, e também do assédio sexual, violação de sua intimidade;
c) colocação a disposição das empregadas, periodicamente, da oportunidade de exames médicos para prevenção do câncer e colo do útero;
d) manutenção de local adequado para a higiene feminina;
e) proibição de revista vexatória;
f) Quando tiver mulheres na área de produção deverá ter vestiário e banheiros femininos separados.
10. Discriminação Racial, Religiosa e PartidáriaAs empresas deverão implantar políticas de orientação contra a discriminação racial, religiosa e partidária, em sintonia com as diretrizes do Governo Federal, e legislação aplicável.
§ 1° – As empresas deverão apurar os casos de discriminação racial, religiosa e partidária, ocorridos em seu âmbito e também os praticados contra os seus empregados no cumprimento das suas atividades, sempre que a elas forem denunciados.
§ 2° – A denúncia aqui referida deverá ser dirigida pelo próprio empregado, por escrito, a área de gestão das empresas, para análise e encaminhamento, a qual deverá encaminhar cópia ao Sindicato.
10. Quadros de avisos do sindicatoAs empresas colocarão a disposição do sindicato, um quadro para afixação de comunicados e informações de interesse dos trabalhadores.
Ramalho da Construção
“Sabemos que este ano não será fácil para nenhum setor e, com o da Construção Civil não será diferente. Certamente o setor sofrerá perdas graças à situação atual do País. Porém não podemos abrir mão dos direitos já adquiridos, como: o café da manhã, lanche da tarde, vale refeição”, atestou Ramalho da Construção em sua fala durante a assembleia.
Fonte: Mundo Sindical
São Paulo desbanca RJ em ranking global de sustentabilidade
São Paulo – Quando as demandas e políticas ambientais, sociais e econômicas locais estão em pauta, o Rio de Janeiro (RJ) tem uma das piores performances entre as 50 principais cidades do mundo. É o que mostra estudo da consultoriaArcadis divulgado recentemente.
A capital fluminense aparece em 40º no ranking geral de sustentabilidade 2015 da Arcadis e em último na lista das cinco principais cidades da América Latina e Central que foram analisadas no estudo.
São Paulo (SP), por sua vez, aparece em 31º no ranking global e é a segunda melhor colocada entre as metrópoles latinas, mas ficou atrás de Kuala Lumpur, na Malásia, por exemplo.
O estudo afirma que os desafios das cidades brasileiras são evidentes. “As brasileiras Rio de Janeiro e São Paulo tiveram uma nota alta na subcategoria ‘Planeta’, mas foram impactadas pelas notas baixas em ‘Pessoas’ [que mede a qualidade de vida] e ‘Rendimentos” [que mede a economia e o ambiente de negócios]”, afirma o texto.
A categoria “Planeta” avalia o consumo de energia de cada cidade e a proporção de energia renovável usada, além de taxas de reciclagem de lixo, emissões de gases estufa, risco de catástrofes naturais e poluição do ar e sanitária.
Neste quesito, São Paulo ficou em 16º e Rio de Janeiro, em 17º. Com isso, as cidades brasileiras desbancaram até Nova York, nos Estados Unidos, neste aspecto. A metrópole americana ficou em 20º no ranking. A explicação para isso reside na qualidade da matriz energética brasileira, que é predominantemente renovável.
Mas os aspectos sociais, de infraestrutura e econômicos seguem como os principais entraves para o desenvolvimento das cidades brasileiras. “São Paulo ainda está perdendo algumas soluções importantes”, afirma o texto. Segundo o estudo que deu destaque para a capital paulista, o “Custo Brasil” impede a principal metrópole do país de se posicionar “como um alvo dos negócios internacionais”.
A cidade também falha em atrair investimentos privados e “no desenvolvimento de uma força de trabalho mais qualificada, bem como na busca por adotar novas tecnologias para melhorar a eficiência do design, controle e avaliação da infraestrutura urbana”, diz o estudo.
Veja como ficou o desempenho das duas cidades brasileiras nos três índices:
Ranking | São Paulo | Rio de Janeiro | Critérios |
---|---|---|---|
Ranking Geral | 31 | 40 | Combina os três pilares abaixo. |
Ranking Pessoas | 39 | 46 | Infraestrutura de transportes, saúde, educação, desigualdade, qualidade de vida, proporção de espaços verdes na cidade |
Ranking- Planeta | 16 | 17 | Consumo de energia de cada cidade e a proporção de energia renovável usada, além de taxas de reciclagem de lixo, emissões de gases estufa, risco de catástrofes naturais e poluição do ar e sanitária |
Ranking Rendimento | 39 | 46 | Infraestutura de transportes (qualidade do transporte público e tempo médio para chegar ao trabalho), facilidade para fazer negócios, a importância da cidade em redes de negócios globais, PIB, custo de vida e eficiência energética. |
“Nestas cidades, as áreas de desenvolvimento potencial são claras, mas isso também sugere que a sustentabilidade pode ser mais sensível à evolução das circunstâncias econômicas ou mudanças nas políticas ambientais”, afirma o texto sobre o desempenho das cidades dos países em desenvolvimento.
A Europa, por outro lado, domina as primeiras posições do ranking. Veja:
Posição no Ranking Geral | Cidade | País |
---|---|---|
1 | Frankfurt | Alemanha |
2 | Londres | Inglaterra |
3 | Copenhage | Dinamarca |
4 | Amsterdã | Holanda |
5 | Rotterdam | Holanda |
6 | Berlin | Alemanha |
7 | Seul | Holanda |
8 | Hong Kong | China |
9 | Madri | Espanha |
10 | Singapura | Singapura |
Fonte: EXAME
Pela 18ª vez consecutiva, voltou a subir o nível do principal manancial de abastecimento da região metropolitana de São Paulo, o Cantareira. O nível passou hoje (23) de 10,4% para 10,6% e leva em consideração o uso da segunda cota do volume morto ou reserva técnica (retirada da água que fica abaixo das comportas).
A elevação ocorreu mesmo sem chuvas, de ontem (22) para hoje, na região do sistema. Com a alta a condição do Cantareira, praticamente, equivale à do período em que começou a utilização da segunda cota, em 15 de novembro do ano passado, quando o reservatório atingiu o nível de 10,7%. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), se a elevação do nível dos seis reservatórios prosseguir, nos próximos dias, as retiradas de água serão feitas da primeira cota.
A primeira cota do volume morto começou a ser bombeada em maio de 2014, quando o armazenamento era 182,5 bilhões de litros de água no sistema. Quando entrou em operação a retirada da segunda cota, o volume era de 105 bilhões de litros de água. A capacidade total do Sistema Cantareira é 1 trilhão de litros.
Além das chuvas mais frequentes neste mês, com um acumulado de 266,5 milímetros (mm), bem acima da média histórica para todo o mês de fevereiro (199 mm), o que tem contribuído para essa evolução é a campanha de redução no consumo com a distribuição de bônus para quem gasta menos água e de multa em caso de desperdícios.
Em fevereiro, também houve diminuição mais drástica no limite máximo de retirada de água desse sistema. A quantidade estabelecida pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (Daee) passou de 22,9 milhões de metros cúbicos (m³), em janeiro, para 7,2 milhões de m³, em fevereiro. A vazão média para a região metropolitana foi fixada em 13,5m³/s e para a bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), de 2 m³/s.
Em nenhum dos demais sistemas de abastecimento administrados pela Sabesp foi registrada a ocorrência de chuvas, mas ainda assim dois mananciais elevaram os níveis de água armazenada: o Alto Tietê (de 18,2% para 18,3%) e o Rio Claro (de 35,3% para 35,4%). Na represa do Guarapiranga, o nível ficou estável em 57,5% e no Alto Cotia houve queda (de 83,6% para 83,4%). O mesmo ocorreu em relação ao Rio Grande (de 83,6% para 83,4%).
Fonte: EBC