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A adoção de novos produtos eleva qualidade da obra

Introduzir aditivos em argamassas e selantes reduz riscos de patologias em fachadas

POSTADO EM 05 DE DEZ DE 2016 POR EDIFICAR

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A construção civil está em constante evolução e busca por melhores soluções voltadas ao desempenho da edificação quando estiver em uso e, também, na redução de desperdícios na execução do projeto. Cada vez mais, tecnologias e novos materiais chegam ao mercado com propósito de elevar a qualidade da obra. Cresce o rigor na aplicação dos produtos, com realização de ensaios e mais acompanhamento na execução dos serviços.

Em João Pessoa, esse processo de modernização é vivenciado no residencial de alto padrão Alfredo Fernandes Grand Club, no bairro de Manaíra, pela Construtora Equilíbrio. Com as obras bem adiantadas, na fase de aplicação do revestimento da fachada, foi utilizado na argamassa colante ACI o aditivo Baucryl AC-Plus, da linha Baucrul Ecolastic, ideal para a impermeabilização dos frisos das fachadas. Outro produto adotado é o Baucryl Selante Híbrido B 700 Plus, um selante para as juntas de dilatação, próprio para a convivência com as intempéries do clima, com as oscilações de frio e calor.

A adoção de novos produtos e tecnologias é acompanhada de consultorias técnicas e, principalmente, de qualificação da mão de obra simultaneamente com a realização dos ensaios e a conferência da forma de aplicação. Esse rigor decorre da preocupação de garantir ao empreendimento e ao futuro morador de que o desempenho da edificação está dentro dos melhores parâmetros de qualidade. Na verdade, a construtora paraibana está aplicando itens e técnicas adotadas por grandes empresas nacionais do setor.

Segundo José Chagas, da Quimicryl, as propriedades da emulsão acrílica aplicada na argamassa colante garantem flexibilização, resistência mecânica, estanqueidade, plasticidade e aderência. Como a empresa vende soluções construtivas, ela se compromete com o desempenho da obra. A primeira fase é a qualificação da mão de obra para a aplicação do produto, fornecendo um certificado de que o profissional está habilidade para usar aquele item da empresa.

Outro cuidado é a realização de ensaios, com testes de ciclos de choque térmico, seguindo a norma europeia de arrancamento. A finalidade é prevenir e evitar o desplacamento dos materiais de resistentes ao sol e à chuva nas fachadas dos edifícios. Ele explicou que a cada 100m², uma cerâmica é desprendida, dentro do processo de controle de qualidade, para aferir a aderência da emulsão acrílica. Há, ainda, o teste de percussão, efetuado antes da aplicação do rejunte. Nesse procedimento, os fachadeiros descem no balancim batendo em cada peça e naquela que tiver o som cavo (oco), ele remove a cerâmica. Neste caso, o objetivo é corrigir uma falha da mão de obra no momento da colocação do revestimento.

Foto: Bárbara Wanderley

O especialista informou ainda que a empresa mantém no canteiro de obra uma central de produção da argamassa colante, fornecendo ao fachadeiro o balde do produto que deve ser usado num período de uma hora, para garantir a flexibilidade da argamassa, conforme a norma europeia EM 12.002.

A experiência no Alfredo Fernandes

A engenheira civil Cláudia Chagas, responsável pela obra do Alfredo Fernandes Grand Club, explicou que pelo fato de os produtos nunca terem sido usados antes em João Pessoa, a equipe quis submetê-los a testes. Para isto, a própria Quimicryl pagou o laboratório, e ainda se comprometeu com a construtora a dar 10 anos de garantia. Ela afirmou que o resultado obtido com os produtos vem sendo excelente, uma vez que ultrapassa o exigido pela norma.

Os produtos foram escolhidos pelo projetista de fachada do edifício, Sávio Wanderley do Ó. O profissional contou que o produto utilizado nas juntas de dilatação reúne poliuretano e silicone. “Ele junta as vantagens dos dois materiais, e com isso conseguimos aplicar em locais onde a temperatura é maior do que 35°C, 40°C e mesmo que o local esteja um pouco úmido. Isso dá um maior controle e uma maior segurança sobre a aplicação, que sabemos que vai funcionar mesmo que a temperatura esteja alta”, comentou.

Para obter um máximo controle de qualidade, foi montada uma central de produção de massa no canteiro de obras, e criado um sistema onde tudo é registrado. “Temos controle absoluto de como a massa está sendo feita e de que aquele profissional que está fazendo a mistura foi treinado para aquela função. Além disso, temos como rastrear a data em que a massa foi feita, o horário, onde ela foi aplicada e por qual funcionário. Dessa forma, se houver algum problema temos como saber se a causa foi a mistura, o lote, ou a mão de obra”, explicou Cláudia.

Por Naná Garcez e Bárbara Wanderley

“A indústria da construção recebe com preocupação o anúncio de que será liberada as totalidades dos saldos das contas inativas do FGTS. Entendemos o momento econômico e a necessidade de estimulá-lo, mas somos contrários à liberação indiscriminada dos saldos. Hoje, 4,5% das contas – as de maior valor – representam 45% do saldo, enquanto 80% – as de menor valor – representam somente 8%. Ou seja, poucas contas concentram o grande volume de recursos. Entendemos que se houvesse um limite na liberação dos saldos, poderíamos com o mesmo volume de recursos atender mais pessoas”. (José Carlos Martins, Presidente da CBIC)

Position Paper CBIC: FGTS – Poupança e segurança para o trabalhador, investimento para o Basil

O governo federal vem discutindo medidas para reverter a crise e reanimar a economia. Uma parte das propostas foi anunciada recentemente, com vistas a favorecer a produtividade das empresas. Fonte qualificada e confiável de recursos, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) mais uma vez entrou no rol de mecanismos apropriados para aliviar o impacto da deterioração econômica. O governo anunciou mudanças na distribuição dos seus ganhos e na cobrança da multa rescisória; e estuda a liberação do saldo para que o trabalhador possa quitar eventuais dívidas com bancos. A construção civil vinha defendendo a distribuição dos lucros do FGTS, mas rejeita vigorosamente o uso do saldo para pagamento de dívidas. Essa posição sustenta a defesa dos objetivos maiores do FGTS e dos interesses do trabalhador brasileiro.

O FGTS foi criado para substituir o antigo regime de estabilidade. Naquele sistema, a empresa que dispensasse o funcionário deveria pagar indenização equivalente ao acúmulo referente a 1 mês por ano trabalhado. Se a iniciativa de sair fosse do trabalhador, não haveria indenização. Com a criação do FGTS, o trabalhador passou a ter direito à indenização independente de ter sido demitido ou ter pedido demissão, com uma peculiaridade: quem foi demitido tem direito ao saque imediato dos recursos e se beneficia de uma multa de 40% sobre os depósitos feitos durante o tempo de seu último emprego.

Este modelo criou um fundo que não apenas representa uma poupança importante para o trabalhador, bem como viabiliza investimentos que melhoram a vida de toda a sociedade, nas áreas de habitação e infraestrutura urbana. Ao garantir investimentos, o FGTS induz a geração de novos empregos, alimentando a atividade econômica e o próprio fundo.

Desde sua criação, o FGTS atravessou momentos difíceis. No início da década de 90, alvo de má gestão e da distorção de seus objetivos, traduzidas em compromissos impossíveis de serem atendidos; o fundo beirou a insolvência.

A partir daí, passou a ser administrado com muita competência e responsabilidade, apresentando resultados operacionais e financeiros positivos mesmo para um fundo com objetivo social e não financeiro. Hoje, saneado e bem administrado, o FGTS tornou-se a única fonte de recursos para investimento em habitação e desenvolvimento urbano.

SOLUÇÃO PALIATIVA – A construção civil é contra o uso do FGTS para pagamento de dívidas, pois entende que, neste caso, deve ser atacada a causa do problema – o endividamento do trabalhador hoje decorre do baixo investimento, do aumento do desemprego e spread excessivamente alto. Embora a taxa Selic esteja caindo, os juros ao consumidor continuam aumentando. Grande parte das renegociações de dívidas tem aumentado os juros e exigido mais garantias.

Cabe destacar que os agentes financeiros justificam a manutenção do spread por causa do aumento da inadimplência, mas esta é consequência da conjuntura desfavorável, logo, atuar sobre a consequência só irá realimentar este ciclo vicioso de taxas elevadas. É preciso promover mais investimentos e não será permitindo o pagamento de dívidas de consumo (que já realizaram seu efeito econômico) com recursos que viabilizam os investimentos necessários para retomada da atividade econômica que o problema será resolvido, poderá inclusive agravá-lo.

O fundo desempenha, hoje, um papel essencial na geração de empregos. Na construção civil, o segmento de habitação, especialmente o Programa Minha Casa Minha Vida, é aquele que ainda mantém atividade relativamente normal. Os demais segmentos do setor estão em declínio, empurrados pelo declínio do financiamento com recursos da poupança, retração que alcançará quase 50% nos últimos dois anos. O programa Minha Casa Minha Vida gera hoje, cerca de 500 mil postos de trabalho diretos.

A construção civil não pode concordar que, ao invés de estimularmos o emprego e desestimularmos o custo do dinheiro, façamos o contrário. É preciso estimular emprego para que as famílias tenham recursos para custear suas necessidades básicas, o que inclui o pagamento de dívidas. Num quadro de desemprego, a liberação dos recursos aliviará o endividamento das famílias, mas criará insegurança futura, na medida em que não terão mais essa poupança disponível. Isso fica ainda mais claro quando consideramos que a maioria dos cotistas do FGTS tem remuneração de até 1 salário mínimo, o que dificulta a formação de poupança. Portanto, os juros tendem a ser maiores que o principal (dívidas de alto custo) representando uma transferência de recursos da “poupança da vida” deste trabalhador aos agentes financeiros sem que haja a garantia de que o problema da dívida, motivo da medida, será saneado.

Concordamos sim, e foi proposto pela CBIC em 2015, que se distribua parte do resultado do FGTS entre os seus participantes; assim como defendemos que obras informais, para serem regularizadas paguem seus débitos com a Previdência e também com o FGTS, que deve distribuir entre seus cotistas.

Fonte: CBIC, Notícias, 11/01/2017

A crise econômica prejudicou diversos segmentos nos últimos anos, entre eles o mercado imobiliário. Porém, a expectativa dos consumidores, dos corretores e também das imobiliárias é de números melhores para 2017. O ano é considerado bom para fazer negócios em função da redução da taxa de juros e da estabilização dos preços.

Segundo uma pesquisa realizada pelo portal imobiliário VivaReal, por meio da qual são avaliadas as tendências e as percepções do setor através da opinião dos públicos envolvidos, para quase 80% dos consumidores os preços dos imóveis permanecerão estáveis e, por isso, a flexibilidade na negociação tende a aumentar. Mais de 70% das pessoas estão otimistas com o mercado imobiliário, apesar de estarem com o pé atrás em relação à situação econômica do país.

Para os incertos ou pessimistas, os principais motivos de desconfiança em relação ao mercado imobiliário são a instabilidade, o desaquecimento e os juros altos. No que diz respeito à economia do país, as incertezas dos entrevistados esbarram na corrupção e nas crises política e econômica.

Desemprego preocupa. Segundo o consultor jurídico da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, é improvável que os preços dos imóveis subam. Eles devem permanecer estáveis ou ter uma pequena queda. “Não acredito que vá haver um aumento, pois a condição do país não favorece adquirir um imóvel por um preço mais elevado. Além disso, a taxa de juros baixou, mas ainda é consideravelmente alta e o mercado da construção civil já não disponibiliza mais tantos imóveis como antes”, afirma.

Por outro lado, segundo Costa, as medidas do governo para fomentar o mercado, como a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a redução da taxa de juros visando ajudar na aquisição da casa própria são benéficas. “A ideia de baixar os juros é interessante, pois dá uma condição melhor para adquirir imóveis em longo prazo. Como o financiamento depende do pagamento de várias prestações, às vezes em 360 meses, isso dá resultado prático em longo prazo”, explica.

Costa ressalta, porém, que não adianta somente o incentivo do governo. “Se há um desemprego muito grande, ter coragem para assumir um contrato tão longo é mais difícil, afinal é um contrato de vários anos. O que acho que vai influenciar mais em curto prazo será a questão global da economia, se o desemprego vai cair e se as pessoas terão renda. Vale lembrar que precisa de uma entrada para adquirir um imóvel. Então, tem muitos fatores além da taxa de juros”.

Já a presidente da Câmara do Mercado Imobiliário e Sindicato das Empresas do Mercado Imobiliário de Minas Gerais (CMI/Secovi-MG), Cássia Ximenes, lembra que a demanda por moradia é constante, independentemente da situação econômica do país. “Independentemente de crises ou de facilidades de crédito, a demanda continua. Então, as pessoas têm de se organizar para encontrar a sua moradia”, frisa.

Cássia também destaca a insegurança com a questão do desemprego e acredita que os preços em 2017 tendem a ficar estáveis. “Não acredito que teremos aumento nem queda mais. Teremos um patamar para as pessoas se reorganizarem e voltarem a realizar suas compras. Acredito que teremos um aumento no número de vendas e de negócios realizados em 2017. Creio que o mercado imobiliário vai ter essa grata surpresa”, diz.

Para isso, segundo ela, é fundamental promover formas de pagamentos atraentes aos consumidores. “O que a gente percebe é que mais condições e mais facilitadores de crédito devem ser apresentados aos consumidores para que eles tenham essa coragem de assumir o financiamento”. E completa que os feirões de imóveis são boas alternativas para quem deseja realizar o sonho da casa própria. “Os feirões possibilitam que em um mesmo espaço físico o cliente possa ter acesso a informações variadas até debater diretamente o outro lado. Esses eventos facilitam as oportunidades de negociação, é bom para o cliente e para as construtoras e incorporadoras”, explica.

“A ideia de baixar os juros é interessante, pois dá uma condição melhor para adquirir imóveis em longo prazo.” Vinícius Costa, consultor jurídico.

Cenário previsto flexibiliza negociação – De acordo com a pesquisa realizada pelo portal imobiliário VivaReal, a maioria dos corretores entrevistados afirmou crer que o preço dos imóveis permanecerão estáveis tanto para venda como para aluguel em 2017. Por consequência disso, 58% acreditam que a negociação estará mais flexível. O estudo também apontou que 67% desses profissionais estão otimistas com o mercado imobiliário e 60% deles acreditam no aumento das vendas.

Assim como os corretores, as imobiliárias também citaram que os preços permanecerão estáveis para venda e aluguel. Um ponto positivo para os consumidores interessados em adquirir a casa própria em 2017 é que a maior partes das imobiliárias sinalizou estar mais disposta a negociar. Outro ponto que beneficia o comprador é a previsão de que os descontos também serão maiores do que os praticados em 2016.
Comparando as expectativas entre os perfis dos entrevistados, os consumidores acreditam mais na diminuição dos preços enquanto os corretores e as imobiliárias apostam na estabilidade.

Amostra. A pesquisa foi realizada no período de 11 a 23 de novembro do ano passado. Foram entrevistados 1.545 consumidores, 482 corretores e 432 imobiliárias de 25 Estados e 326 cidades do Brasil. Entre os consumidores, 51% são mulheres e 49%, homens. A maioria são casados, vivem em união estável e possuem renda familiar superior a R$ 3.418 por mês. (RA).

Fonte: https://www.abecip.org.br/imprensa/noticias/pesquisa-aponta-otimismo-no-mercado-imobiliario

De acordo com o Informe Abicol, publicado em 5 de janeiro, depois de oito meses tendo o número de demissões superando as admissões, novembro de 2016 aparece com um saldo positivo: o número de contratados (542) superou o de demitidos (533) nas fábricas de colchões do País. Mesmo com um saldo pouco expressivo, ainda assim é uma boa notícia para o setor colchoeiro. Por outro lado, de acordo com o Ministério do Trabalho, houve uma redução de 15,9% no número de estabelecimentos com atividade principal “fabricação de colchões” em relação ao mesmo período de 2015.

A Comissão Permanente de Integração e Transparência da Abicol, capitaneada por Mateos Raduan Dias (Ortobom) pretende proporcionar o levantamento e a análise dos números do setor colchoeiro a partir de fontes oficiais e de pesquisas organizadas pela associação. “Um sistema de informação construído por indicadores confiáveis certamente contribui para uma gestão eficaz ”, conclui Dias.

Acompanhe os números:

Empresas certificadas pelo Inmetro:

Colchões e Colchonetes de Espuma Flexível de Poliuretano: 320 empresas – Fonte Inmetro
Colchões de Molas: 07 empresas – Fonte Inmetro

FONTE: <http://moveisdevalor.com.br/portal/setor-colchoeiro-contratou-mais-em-novembro>

Em um tempo de guerras, massacres, eventos climáticos extremos e crises econômicas e políticas nacionais e globais, a retomada da centralidade da sustentabilidade é uma trilha mais segura para a humanidade

Dal Marcondes, da Envolverde

Ao começar um novo ano entrega-se ao destino muitas esperanças, de que seja um período de paz, de felicidade e de muitos bons fluídos. O olhar mais cético faz retornar à crua realidade, onde a paz é apenas uma abstração e a felicidade está entregue à individualidade. No entanto, o início deste ano em especial inaugura os mandatos de uma nova leva de prefeitos no Brasil. Muitos deles chegando em cidades com graves problemas econômicos e sociais e alguns sem nenhuma experiência administrativa.

Há o risco de que se implantar políticas públicas aleatórias e desconexas se não houver um eixo de ação. Qual seria esse eixo? Para muitos a palavra-chave para a gestão pública segue sendo “sustentabilidade”. Há muita coisa a ser feita nessa área, desde os básicos gestão de resíduos e saneamento, até inovações importantes em áreas como mobilidade, saúde, habitação, educação e moradia, entre outras obrigações dos alcaides.

Basicamente sustentabilidade na gestão pública pode ser definida através da racionalidade da aplicação dos recursos de forma a economizar materiais, reduzir desperdícios, acabar com resíduos e criar condições para o bem estar, a boa saúde e para a educação. Uma gestão que tenha como eixo a sustentabilidade tende a ser uma administração com bons resultados.

A ideia não é nova, vem sendo debatida ao longo de décadas. A redução de riscos ambientais e sociais aponta para bons impactos na economia das cidades, que gastarão menos para equacionar problemas causados pela imprevidência. Na primeira semana deste ano o jornalista André Trigueiro também defendeu na Folha de S. Paulo (https://goo.gl/muIXoK) a sustentabilidade como linha mestra na gestão pública, e não apenas nas cidades, mas no país como um todo.

Pode parecer diletante retomar o tema da sustentabilidade em um momento em que o país e o mundo estão convulsionados por guerras, correntes migratórias descontroladas, massacres e crises de todos os gêneros. No entanto, esse é um guideline que pode dar sustentação a uma retomada da economia com base em muita racionalidade e inovação, isso em um momento em que não há nenhuma alternativa de planejamento público que esteja, de fato, oferecendo resultados.

Para as empresas em geral a sustentabilidade, tão apregoada em marketing e relatórios, representa basicamente economia de materiais, água e energia, redução de riscos patrimoniais, redução de resíduos e significativos ganhos de imagem. Essas são condições que podem dar excelentes resultados se aplicadas a serviços públicos em geral, seja no atendimento direto da sociedade como na gestão das obras públicas.

Durante os últimos anos os debates sobre sustentabilidade recuaram para nichos onde os temas principais foram mudanças climáticas, água e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A confluência das crises política e econômica, com seus fortes impactos sociais, que criou uma forte rispidez nas relações da cidadania, nas ruas e nas redes sociais, deixou outros temas fora da pauta e uma das pautas abandonadas foi a da sustentabilidade. É como se houvesse uma hierarquia dos problemas e as questões socioambientais cavalgassem ladeira abaixo nas prioridades.

Pontualmente alguns temas emergem na mídia, uma nova absurda lei, um novo escândalo de gestão em organismos ambientais e um novo desastre. Mesmo nas empresas consideradas líderes no tema apenas alguns soluços de comunicação mantiveram a pauta viva.

É preciso relembrar que sustentabilidade não é um nicho, um item na pauta da humanidade, uma decisão pontual. É uma transversalidade fundamental para a gestão pública, das empresas, das organizações sociais e das pessoas.

A implantação de políticas públicas que estabeleçam a centralidade da sustentabilidade pode oferecer caminhos mais seguros para a superação das crises de curto prazo e mais segurança para as metas de longo prazo. Há sempre que se lembrar que os principais diagnósticos já estão realizados e disponíveis para qualquer pessoa e na maior parte dos idiomas. (#Envolverde)

Dal Marcondes é jornalista, diretor da Agência Envolverde, com especialização em Economia, em Ciências Ambientais (Procam/USP) e mestrando em Modelos de Negócios do Jornalismo Digital e Pós-Industrial (ESPM/SP).

FONTE (http://www.envolverde.com.br/opiniao/na-trilha-da-sustentabilidade/)

Aplicativo ‘We App Heroes’ conecta pessoas que moram na mesma cidade e buscam soluções sustentáveis para problemas urbanos. Objetivo é criar rede onde pessoas possam tirar dúvidas e também se unir para implementar projetos. Brasileiros podem participar dos testes do software, que estão sendo conduzidos por especialista da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Fundação Getúlio Vargas.

Aplicativo põe em contato voluntários da mesma cidade que buscam soluções sustentáveis para problemas dos centros urbanos. Imagem: Centro RIO+

Anunciado em setembro pelo Centro Mundial para o Desenvolvimento Sustentável — Centro RIO + —, o aplicativo We App Heroes — ainda em fase de testes — oferece espaços de interação online para conectar pessoas que estão próximas umas das outras e querem encontrar soluções conscientes para problemas dos centros urbanos.

O objetivo é alinhar ações locais de voluntariado à Agenda 2030 das Nações Unidas. Brasileiros poderão participar das primeiras avaliações dosoftware, que será lançado oficialmente em outubro.

Na plataforma é possível buscar apoio de outros usuários para projetos como hortas comunitárias, mutirões de limpeza, aulas para crianças e adolescentes, compartilhamento de veículos individuais em sistemas de carona solidária.

O portal permite aos indivíduos tirar dúvidas uns com os outros e também solicitar ajuda concreta para a implementação das iniciativas.

De acordo com o Centro RIO+, o software é a base para uma nova economia colaborativa orientada para redução dos custos ambientais, sociais e econômicos das atividades comuns.

A proposta é criar também uma rede de confiança capaz de fortalecer os vínculos comunitários nas cidades.

Por meio de um sistema de recomendações, o histórico de atividades — online e offline — dos usuários é registrado e avaliado por outras pessoas que utilizam o programa. Com isso, o Centro RIO+ espera estimular o envolvimento positivo dos indivíduos nas iniciativas.

Fonte: ONU BR