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Após São Paulo passar por um surto de dengue nas últimas semanas, registrando 3.730 notificações, mais do que o dobro do ano passado inteiro, a epidemia diminuiu na 17.ª semana de 2014, conforme balanço da Secretaria Municipal de Saúde.

Na primeira semana de abril, foram registrados 804 casos, enquanto na última semana, de acordo com o balanço da pasta, 14 foram notificados. Durante o pico da doença, a Prefeitura chegou a responsabilizar o problema na capital ao surto vivido na região de Campinas.

O secretário municipal de Saúde, José de Filippi Junior, afirmou há algumas semanas durante uma coletiva que a dengue chegava à capital por rodovias que ligam São Paulo e Campinas. A epidemia das últimas semanas se concentrou em alguns bairros da região oeste da cidade.

No Jaguaré, foram registrados 642 casos em 2014, nível considerado alto.

No bairro da Lapa, houve 284 notificações e, no Rio Pequeno, a Prefeitura foi informada de 206. Outros bairros como Jaguara e Vila Leopoldina tiveram índices acima da média registrada no mesmo período de 2013.

O problema também atingiu bairros da zona norte da cidade. No Tremembé, por exemplo, foram 262 casos de dengue. Apenas uma morte por dengue foi registrada na capital. No dia 6 de abril, uma criança de 6 anos, que morava no Jaguaré, bairro com incidência alta, morreu após contrair a doença.

Anteontem, durante um coletiva de imprensa, o secretário Filippi Junior afirmou que a situação está controlada na capital. Ainda segundo o secretário, a Prefeitura intensificou a ação antidengue nas regiões com maior incidência e o combate deve permanecer para evitar o mesmo problema em 2015. Segundo o secretário, a Prefeitura tem dificuldades para entrar nos imóveis mais antigos da cidade que, segundo ele, costumam estar vazios quando as equipes da Saúde chegam para vistoriar a situação dos locais.

Força-tarefa de feriado

A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que o trabalho prossegue no feriado prolongado. A zona norte deve receber 28 ações com foco nos criadouros do mosquito. Os caminhões de fumaça também devem passar por sete vezes em bairros da região. A força-tarefa vai ter 525 agentes da Prefeitura.

A pasta também afirmou que 320 mil imóveis já foram vistoriados neste ano, e outros 15 mil foram nebulizados. Também foi realizada uma ação conjunta com a Prefeitura de Guarulhos, que enfrentou surto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Info abril

Óbitos podem ser prevenidos até 2025 com diminuição do tabagismo, pressão alta, obesidade, excesso de açúcar no sangue e consumo de álcool e de sal

Se a população mundial conseguir reduzir seis dos principais fatores de risco à saúde –  tabagismo, consumo de álcool, excesso de sódio na alimentação, pressão alta, níveis elevados de açúcar no sangue e obesidade —, será possível evitar 37 milhões de mortes até 2025. A conclusão faz parte de um estudo feito no Imperial College de Londres, na Grã-Bretanha, e publicado neste final de semana na revista médica The Lancet.

Esses fatores de risco são causas importantes para as principais doenças não transmissíveis, que são as cardiovasculares (como infarto e derrame), as respiratórias crônicas, o câncer e o diabetes. De acordo com a pesquisa, caso esses fatores não sejam restringidos, o número de mortes causadas por essas quatro moléstias será de 38,8 milhões em 2025 – 10,5 milhões a mais do que o registrado em 2010, que foi de 28,3 milhões.

Em 2010, a Organização das Nações Unidas (ONU) estipulou uma meta de reduzir o número de mortes causadas por essas doenças não transmissíveis em 25% até 2025.

Segundo o novo estudo, essas 37 milhões de mortes podem ser evitadas se o tabagismo no mundo diminuir em 30%; o abuso de bebida alcoólica em 10%; o consumo excessivo de sal em 30%; a pressão alta em 25%. Além disso, é necessário que a taxa global de obesidade e diabetes deixem de subir. Se isso acontecer, até 2025 o risco de uma pessoa morrer devido a alguma doença não transmissível cairá de 22% para 19%.

Um levantamento divulgado nesta semana pelo Ministério da Saúde mostrou que, no Brasil, a prevalência de pessoas com diabetes subiu de 5,5% para 6,9% em oito anos. Por outro lado, pela primeira vez durante esse período, a taxa de obesidade no país deixou de crescer e se manteve estável.

“Se essas metas forem atingidas, a maioria dos benefícios ocorrerá em países de renda baixa ou média, onde 31 milhões de mortes podem ser prevenidas”, diz Majid Ezzati, professor do Imperial College de Londres e coordenador do estudo. Em um artigo publicado junto à pesquisa, Rifat Atun, da Faculdade de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos, afirmou que as ações dos governos que visam reduzir esses fatores de risco, porém, ainda não são suficientes para que a meta da ONU seja atingida.

Fonte: Veja abril

Sozinho, reservatório tem a mesma capacidade de armazenamento de todo o Sistema Cantareira

Localizada na região metropolitana de São Paulo, a represa Billings já é apontada como a salvação para o colapso do sistema Cantareira, que pode levar até 15 anos para se recuperar caso a seca registrada em 2014 se repita nos próximos anos. Para a utilização de suas águas, no entanto, o governo estadual e a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) precisam cumprir o que já determina a Constituição paulista e iniciar o processo de despoluição da represa.

Com 106,6 km² de extensão e armazenamento de 995 milhões de m³ de água, a Billings tem capacidade equivalente a todo sistema Cantareira, alimentado por seis represas. Ela tem ainda a vantagem de estar parcialmente na capital, o que evitaria os desperdícios causados pela distribuição da água a partir do Cantareira, responsáveis por milhões de reais em prejuízos.

Idealizada nas décadas de 1930 e 1940 pelo engenheiro White Kenney Billings, a represa entrou em plena atividade na década de 1950, quando tinha como objetivo gerar energia para a usina hidrelétrica Henry Borden, em Cubatão. “Mas a Constituição Paulista de 1989 determinou a utilização prioritária da represa para abastecimento público, o que ainda não acontece”, esclarece Virgílio Alcides de Farias, advogado ambientalista e membro do Movimento de Defesa da Vida do ABC.

A poluição da represa começou nos anos 1970, década em que o rio Pinheiros começou a receber esgoto doméstico e resíduos industriais. É que, a partir de 1952, seu curso foi invertido e suas águas despejadas na Billings para aumentar a capacidade de armazenamento do reservatório. A mesma Constituição paulista proibiu essa prática, já que o Pinheiros se transformou em um esgoto ao longo dos anos.

Mas o governo do Estado conseguiu manter o despejo em dias de chuvas sob a justificativa de evitar o transbordamento do rio e as enchentes na zona sul. O restante da poluição se deve ao descarte do esgoto residencial de bairros irregulares assentados na beira da represa. Em São Paulo, as casas se concentram em Santo Amaro, enquanto o restante situa-se nos bairros de Eldorado, em Diadema, e Grande Alvarenga, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Presidente do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental e membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente, Carlos Bocuhy diz que a despoluição da Billings significa apenas evitar que os detritos cheguem a ela, uma vez que seu gigantismo seria suficiente para a regeneração. Ele lembra que a represa está no topo da Serra do Mar e que, por isso, os ventos que sopram do oceano para o continente garantem à Billings as chuvas que não chegam à Cantareira. “A superfície da represa recebe grande oxigenação e seu entorno ainda tem muito verde.”

De acordo com Bocuhy, é preciso parar de desviar o curso do Pinheiros no curto prazo. Antes de a chuva cair, a correnteza seria invertida em direção ao rio Tietê, deixando o volume de água baixo no Pinheiros, de forma a ter condições de receber as águas da chuva. “A barragem do Cebolão desviaria o curso da água em direção ao interior, mas para isso é preciso uma gestão atenta.”

No longo prazo, o governo precisaria investir na despoluição do rio, o que permitiria seu desvio para a Billings sem comprometer a qualidade da água. O próprio governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou em 2001 um plano para despoluir o rio, mas o projeto foi abandonado em 2011 depois de R$ 160 milhões gastos na técnica de flotação, quando produtos químicos juntam a sujeira que sobe à superfície em forma de lodo.

No mês passado, Alckmin recebeu os laudos de testes realizados por seis empresas para despoluir o rio. Todos foram considerados promissores. Sem divulgar valores, o governador prometeu escolher um dos projetos para levar adiante.

Outra medida urgente é a coleta do esgoto lançado pelos assentamentos. “É preciso preservar as margens do rio, desocupando onde for possível, enquanto a Sabesp deve fazer a parte dela coletando e tratando o esgoto”, afirma o advogado ambiental.

Interesses econômicos

Para os especialistas, nada foi feito para preservar a Billings porque a Sabesp, empresa de economia mista, privilegiaria seus acionistas em detrimento dos consumidores. Há dois anos, por exemplo, a empresa foi homenageada na Bolsa de Valores de Nova York por completar 10 anos de negociação de suas ações. No período, os papéis valorizaram 601%, índice bem acima do desempenho da própria Dow Jones: 29% de incremento.

A Sabesp teria se tornado a empresa paulista mais rentosa para o Estado e seus acionistas. “Ela gera esse lucro cobrando pelo tratamento do esgoto, mas não o trata adequadamente, enquanto o dinheiro vai para o bolso dos acionistas”, acusa o advogado e concorda o conselheiro.

Com lucro de R$ 1,9 bilhão em 2013, a Sabesp divulgou seu balanço financeiro em março último, quando previu investimentos de R$ 2,6 bilhões em 2014. Desse montante, R$ 411 milhões serão destinados ao tratamento de esgoto, ou 15% do total. O restante será investido em abastecimento (R$ 1,1 bilhão) e coleta de esgoto (R$ 1,1 bilhão).

O que diz a Sabesp?

Em resposta aos questionamentos feito pela reportagem, a Sabesp afirmou que repassou a seus acionistas R$ 534,2 milhões no ano passado, valores que se referem ao resultado de 2012. “Sendo que a Sabesp investiu R$ 2,5 bilhões em diversas obras. Em saneamento, por exemplo, foram investidos mais de R$ 1 bilhão (coleta e tratamento de esgotos) na Região Metropolitana de São Paulo.”

A companhia afirma que é justamente pelo fato de ter capital aberto que consegue garantir os investimentos que executa. “Estar listada nas Bolsas de Valores de São Paulo e Nova York é determinante para que a empresa consiga captar recursos junto a órgãos financiadores internacionais, como BID, Jica e Banco Mundial”.

De acordo com a Sabesp o valor de R$ 2,5 bilhões gasto anualmente em abastecimento de água seria “ainda maior” se o setor de saneamento também fosse isento de tributos como PIS/Pasep, Cofins e Imposto de Renda. “Celulares, películas para cinema e até o escritório da Fifa no Brasil têm essa isenção, enquanto a Sabesp é tributada para entregar água a quase 28 milhões de pessoas. Para ter uma ideia do quanto sobraria para ser investido, em 2012 a Sabesp pagou R$ 1,2 bilhão aos fiscos.”

Fonte: Último segundo

A prefeitura de São Paulo lançou em abril o novo Plano Municipal de Resíduos Sólidos.

De acordo com o material, a meta é conseguir reciclar 10% de todo o lixo produzido na cidade até 2016. O percentual não é alto, mas já é bastante superior ao atual, de apenas 1,6%.

A medida faz parte da obrigação das prefeituras com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que determina, entre outras coisas, a criação de medidas para reduzir a quantidade de resíduos destinada aos aterros sanitários e também em exterminar os lixões. O projeto pretende levar a coleta seletiva a todos os bairros da cidade e incentivar a transformação dos resíduos orgânicos em adubo.


Fonte: O progresso

Sem chuvas há nove dias, volume acumulado no Cantareira chega a 10,1%. Especialista diz que volume morto pode fornecer água até fevereiro de 2015

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, descartou neste domingo (4) a implantação do racionamento de água em 2014 apesar da crise no Sistema Cantareira. Alckmin respondeu a questionamento sobre o rodízio durante coletiva de abertura da 18ª edição da Parada do Orgulho LGBT.  Em fevereiro, Alckmin havia descartado o racionamento, mas dizia contar com chuvas.

Sem chover nada há nove dias, o volume acumulado no Sistema Cantareira caiu a 10,1% neste domingo (4). Também não há previsão de chuvas para os próximos dias.

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) realiza obras emergenciais desde o dia 17 de março para retirar água do fundo dos reservatórios do Sistema. Segundo a companhia, o “volume morto” poderá abastecer a Grande São Paulo por quatro meses e deve começar a ser usado entre julho e agosto.

A obra está orçada em R$ 80 milhões e vai tornar útil uma reserva de 300 bilhões de litros de água que fica abaixo do nível das comportas.

Segundo um cálculo feito pelo professor especialista em recursos hídricos da Universidade de São Paulo (USP) Rubem Porto, e publicado pelo G1 em 19 de março, a água do Cantareira deve durar até setembro. Com o uso do volume morto, o abastecimento na Região Metropolitana de São Paulo ganha um “respiro” até fevereiro de 2015.

Conta mais cara

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou em 22 de abril que os moradores da região metropolitana abastecidos pelo Sistema Cantareira terão acréscimo na conta caso aumentem o cosumo de água.

De acordo com Alckmin, o consumidor que gastar acima da média no próximo mês pagará conta 30% mais cara em junho. Já os consumidores de 31 cidades atendidas pela Sabesp que conseguirem economizar 20% receberão desconto de 30%

Quando questionado nesta terça-feira (29) sobre a previsão para a utilização do volume morto do Sistema Cantareira, o governador afirmou que haverá uma reunião de secretários de várias pastas para a avaliação da eficácia da extensão do bônus pela economia de água para 31 cidades atendidas pela Sabesp.

“Vai ter uma reunião de avaliação para ver o resultado. Acho que todas [as cidades] vão ajudar [a poupar água]”, afirmou.

Alckmin voltou a explicar que a economia de água em cidades abastecidas por outros sistemas podem contribuir para garantir o abastecimento de bairros originalmente abastecidos pelo Cantareira. De acordo com Alckmin, os sistemas Alto Tietê e Guarapiranga aliviaram a situação do Cantareira. A partir de setembro, o Riacho Grande também deverá atuar no mesmo sentido.

“Temos uma reserva técnica [volume morto] de 400 milhões de metros cúbicos. Nós pretendemos retirar, se necessário, 190 milhões. As obras estão praticamente concluídas”, afirmou. Ele não afirmou qual será a data em que começam a operar. “Provavelmente em maio”, afirmou.

Fonte: G1

Versão digital de “Tornando nosso ambiente construído mais sustentável – Custos, Benefícios e Estratégias”, do norte-americano Greg Kats, foi apresentado durante evento no dia 30/4. A publicação está disponível para download gratuito no site do Sindicato

Foi lançado nesta quarta-feira, 30/4, na sede do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), o livro “Tornando nosso ambiente construído mais sustentável – Custos, Benefícios e Estratégias”, do norte-americano Greg Kats, uma das maiores autoridades da atualidade no estudo dos aspectos econômicos relacionados ao ciclo de vida de empreendimentos imobiliários sustentáveis. A versão digital da obra em português foi viabilizada pelo Sindicato, cujo download gratuito pode ser feito no portal www.secovi.com.br/downloads.

“Uma das missões do Sindicato é democratizar a informação, tornando-a acessível a todos. Confiamos que é pela informação que as coisas se transformam. Esta é mais uma obra que produzimos e representa um importante degrau nesse processo”, disse Ciro Scopel, vice-presidente de Sustentabilidade do Secovi-SP, na abertura do evento, ocasião em que representou o presidente da entidade, Claudio Bernardes. O Secovi-SP tem em seu repertório de publicações nesta área o caderno Condutas de Sustentabilidade no Setor Imobiliário, feito em parceria com o CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável), e os Indicadores de sustentabilidade, com a Fundação Dom Cabral.

Por videoconferência, Kats demonstrou satisfação em ter o seu livro traduzido para o português e de a versão eletrônica ser distribuída para um mercado tão grande como o brasileiro. “Está se tornando arriscado não construir prédios sustentáveis. Nos EUA, 50% dos prédios públicos construídos são verdes. A edificação de edifícios sustentáveis, que são mais eficientes, saudáveis e que oferecem mais qualidade, pode transformar o Brasil”, disse.

O livro foi apresentado pelo diretor de Sustentabilidade da entidade, Hamilton de França Leite Junior. Um dos principais dados, resultante de uma pesquisa com mais de 170 edifícios certificados, é que, em média, a construção de um prédio sustentável custa apenas 2% a mais que um convencional. “A percepção das pessoas é que esse custo adicional é de 17% – uma percepção errada”, afirmou. E este custo adicional é superado em quatro vezes pelos benefícios diretos (economia de água e energia, saúde etc.) proporcionados aos ocupantes da edificação.

Nas escolas verdes pesquisadas, houve incremento de 3% na produtividade, aprendizado e performance e redução de 3% no turnover de professores, 15% em pessoas com resfriado e gripe e 25% em asma. Já nos edifícios comerciais, os ganhos foram na valorização dos imóveis: a taxa de ocupação é 5% maior, o ganho com aluguel cresce 35% e o valor do imóvel aumenta em 64%, em comparação com os convencionais.

“O livro mostra que todo mundo ganha ao construir prédios sustentáveis, desde o loteador até o morador. Mas por que mais prédios verdes não são construídos?”, questionou Hamilton, já emendando a resposta baseada em sua pesquisa de mestrado sobre o mesmo tema: “Conflitos de interesses entre incorporador e usuário; visão de curto prazo do incorporador, cujo papel vai só até a entrega das chaves, ficando para os usurários usufruir os benefícios proporcionados pelo tipo de construção, entre outros”.

Em seus comentários durante o evento, o professor Cláudio Alencar, da Poli-USP, lamentou a falta de uma base de dados consistente e rigorosa em construção sustentável no Brasil, que permita a realização de pesquisas e trabalhos acadêmicos. “É preciso organizar mecanismos de produção dessas informações de forma sistematizada, para que ocorra a sua disseminação. O Secovi-SP é um dos agentes, mas há outros que podem coletar e fornecer essas informações”, disse. Ele ainda destacou, do livro, dois importantes parâmetros: agregação de custo na fase de implementação, e economia de custo na ocupação.

José Moulin Netto, do Green Building Council Brasil, enfatizou a importância de não se olhar somente os custos da construção, mas todo o ciclo, que chega a durar 50 anos na ocupação de um edifício, período em que os benefícios serão usufruídos.

As vantagens para a saúde e qualidade de vida dos ocupantes dos edifícios sustentáveis apontados no livro foram destacados por Marcelo Takaoka, do CBCS, e por Luiz Ceotto, da Tishman Speyer. “Todo Governo deveria olhar atentamente para o ambiente mais saudável proporcionado por esses prédios. Isso impacta diretamente o sistema de saúde das cidades”, ressaltou Takaoka. “O impacto dessas construções na vida do ser humano é um ponto pouco explorado no Brasil, e sempre ganha cunho político, pouco científico”, lamentou Ceotto.

Qualidade da informação e metodologia adotada na pesquisa realizada pelo autor do livro foram destacadas por Rafael Tello, pesquisador da Fundação Dom Cabral. “Precisamos de informações para dar sentido à construção sustentável. O livro serve de parâmetro para Brasil”, afirmou. Ele elogiou a transparência com que as informações são mostradas na obra de Kats. “Se a construção sustentável traz benefícios, é necessário quebrar barreiras para ser mais adotada. É possível ter empreendimentos sem custo adicional. Basta escolher os requisitos”, disse. Em concordância com Tello, Greg Kats adicionou que “construções que não são sustentáveis estão ultrapassadas”.

Fonte: SECOVI SP