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Previsão é que sejam construídas 20 mil unidades habitacionais em todo o país, sendo o Sudeste a região mais beneficiada
Rodrigo Louzas, do Portal PINIweb

O Conselho Curador do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS) anunciou na última sexta-feira (10) que o Governo Federal destinará R$ 1,168 bilhão do órgão ao Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) em 2014. O recurso, já publicado no Diário Oficial da União (DOU), será aplicado na construção de 20 mil unidades habitacionais para famílias com renda de até R$ 1,6 mil.

Pelo plano, as regiões Sudeste e Nordeste ficarão com as maiores partes da verba, com 41,51% e 30,08%, respectivamente. As regiões Sul (10,44%), Norte (9,57%) e Centro-Oeste (8,40%) ficaram bem atrás. Quanto a quantidade de casas, devem ser construídas 8.302 na Região Sudeste, 6.016 (Nordeste), 2.088 (Sul), 1.914 (Norte) e 1.680 (Centro-Oeste).

O investimento faz parte de uma resolução que define o Plano de Metas e Diretrizes do FDS para o ano de 2014. Vale ressaltar que estes números não são definitivos. A entidade enfatizou que o plano de investimentos poderá ser revisto pelo Conselho Curador do Fundo no decorrer de 2014.

Fonte: Pini Web

Ele já foi chamado de “O Poderoso Chefão Verde” pela revista de tecnologia americana Wired. Claro que não estamos falando de Al Pacino. O “Godfather” em questão é Jerry Yudelson, um dos principais consultores do mundo em construção sustentável, autor de mais de 13 livros sobre o tema.

O especialista divulgou as principais tendências para o mercado em 2014. Para ele, “edifício verde é o tsunami do futuro que irá inundar todo o setor imobiliário”. Confira sete delas.

1 – Mercado em alta

No topo da lista de Yudelson está a previsão de que o mercado de construção sustentável vai continuar seu forte crescimento em 2014, com a edificação de novos imóveis comerciais em conjunto com o governo, universidades e instituições sem fins lucrativos. “Edifício verde é o tsunami do futuro que irá inundar todo o setor imobiliário”, diz.

No Brasil, o mercado da construção sustentável tem passado ileso pelo desempenho errático da economia nos últimos anos. De acordo com um estudo realizado pela EY (antiga Ernst & Young), em 2012, os prédios verdes movimentaram R$ 13,6 bilhões no país. O valor dos imóveis que reivindicam a certificação alcançou 8,3% do total do PIB de edificações naquele ano, que foi de R$ 163 bilhões.

2 – Eficiência energética é palavra de ordem

A segunda megatendência na lista do especialista é o crescente foco em eficiência energética em todos os tipos de edifícios, comerciais e residenciais, incluindo o papel crescente da automação predial utilizando sistemas baseados em nuvem.

Tamanho e dimensão das janelas e os tipos de vidro escolhidos, iluminação, que avalia, por exemplo, a intensidade de luz natural no prédio e o desligamento automático do sistema estão entre soluções que ajudam a evitar o desperdício de energia.

3 – Prédios de Energia Zero

Outra megatendência são os Edifícios de Energia Zero (zero energy buildings ou ZEBs, na sigla em inglês), que produzem mais energia do que consomem ao longo de um ano. Longe de um exercício de futurologia, os ZEBs já estão sendo incorporados na estratégia energética de diversos países no mundo, como Alemanha e Noruega e também nos Estados Unidos.

Os métodos de produção podem ser os mais diversos. Nos Estados Unidos, o mais comum é o fotovoltaico, que usa a energia do sol para gerar energia. Tudo depende das características de cada região.

4 – Retrofit ecológico em prédios antigos

O foco da indústria de construção verde continuará a mudar dos novos projetos para a adaptação de edifícios existentes aos padrões sustentáveis. Esta tendência, chamada de retrofit verde, cresce desde 2010 e é um caminho mais rápido para que edifícios antigos e clássicos atinjam um padrão sustentável em comparação à construção de um novo projeto.

Nos Estados Unidos, o mercado da construção sustentável saiu dos míseros U$ 10 bilhões em 2005 para atingir U$ 236 bilhões atualmente. O exemplo de maior destaque é o Empire State Building. (Leia também: Retrofit verde ajuda no bolso e revoluciona seu prédio).

5 – Novas certificações na disputa

A principal certificação de construção sustentável, o LEED (sigla em inglês de “Leadership in Energy and Environmental Design”) vai atrair competidores como nunca. Yudelson prevê que o custo e a complexidade da certificação abrirá o mercado para outros concorrentes.

Nos EUA, por exemplo, um dos recém-chegados é o sistema de classificação Green Globes, que conta com ajuda de ações recentes do governo Obama para ficar em pé de igualdade com o LEED nos projetos federais. No Brasil, um dos selos mais procurados, além do Leed, é o selo Aqua.

6 – Energia solar, um bom negócio

O uso de energia solar em edifícios vai continuar a crescer, segundo Yudelson. As oportunidades de financiamento para projetos dessa natureza ajudarão a fornecer capital para instalação de sistemas de cobertura de edifícios comerciais, estacionamentos, armazéns e lojas de varejo, além de residências. Atualmente, gerar energia solar em casa, no Brasil, por exemplo, já permite que não se tenha que pagar nada na conta de luz no fim do mês e até ficar com crédito com a distribuidora de energia. (Leia também: Por que gerar energia solar em casa pode ser um bom negócio)

7 – Abaixo o desperdício de água

A consciência de que a água é um recurso escasso vai aumentar globalmente, alimentada pelo risco de uma crise de abastecimento de água potável. Para Yudelson, os edifícios verdes pode ser um aliado no combate ao problema, por meio da incorporações de sistemas que otimizam o uso de água. Exemplos que vão da instalação de descargas que usam menos água nos banheiros à incorporação de telhados verdes, que coletam água da chuva para reuso no prédio.

Fonte: INFO abril

RIO – A cada ano, as construções se tornam mais verdes no país. De acordo com balanço divulgado esta semana pelo Green Building Council (GBC), o país fechou 2013 com 829 pedidos de registro ao selo internacional sustentável Leed (sigla em inglês para Liderança em Energia e Design Ambiental). E teve 126 certificações concedidas.

No primeiro caso, o aumento em relação a 2012 é de 27%. Quando à concessão de selos, o crescimento chegou a 51%. Já na comparação com os últimos dois anos, o número de registros praticamente dobrou e o de certificados triplicou. No fim de 2011, eram 432 pedidos e 41 selos. E, segundo a organização, o GBC Brasil registrou dois novos projetos no processo de certificação a cada três dias úteis do mês.

No ranking mundial de pedidos de certificação, atualmente o país ocupa a quarta posição, atrás de Estados Unidos, China e Emirados Árabes e à frente do Canadá. Mas, segundo o diretor-gerente da instituição no Brasil, Felipe Faria, a expectativa é de alcançar a terceira colocação ainda no primeiro semestre de 2014.

Em outros países, a participação verde com base em critérios do Green Building chega a 20% do PIB da construção, em termos de valor de mercado destas edificações. Um estudo recente da empresa de consultoria EY, a antiga Ernest Young, mostra que a construção sustentável, tendo como base o valor de mercado das edificações registradas ou certificadas Leed, representa 9% no Brasil.

Fonte: O Globo

Quando construído, na década de 1950, o elevado ajudou difundir no Rio uma mentalidade típica dos anos 1960 e 1970, e que se estende até os dias de hoje: a das cidades fluidas e aceleradas, planejadas principalmente em função dos carros. Parte da zona central carioca deixou de ser um lugar de interação social e bem-estar e se tornou uma simples via de passagem de veículos. Espaços caminháveis encolheram em diversas áreas da cidade, e deram lugar a ambientes hostis a pedestres.
Taxado como “old mobility” (velha mobilidade) pelos defensores das novas tendências urbanísticas, o conceito perde força pelo mundo.

As razões são muitas: altas do preço do petróleo, aumento das horas perdidas dentro de carros (uma recente pesquisa mostrou que a Cidade Maravilhosa tem o terceiro pior trânsito do mundo) e de doenças causadas pela Poluição do ar. Diante disso, não seria absurdo dizer que o fim da Perimetral, junto com a abertura de praças, boulevards e vias mais amigáveis aos pedestres, pode sinalizar o rompimento com uma maneira ultrapassada de planejar espaços urbanos. Entre os urbanistas, há um consenso de que atualizar a visão de mobilidade, contemplando a desaceleração e priorizando a qualidade de vida, é um dos maiores desafios para o futuro do Rio e das cidades brasileiras.

– O Brasil se urbanizou muito mais depressa do que outras partes do mundo, gerando distorções que existem até hoje – diz Valter Caldana, arquiteto e urbanista, diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie. – O mais grave é não enfrentarmos este problema com olhos no futuro. O mundo está percebendo que a qualidade de vida passa pela cidade de baixa velocidade, com projetos que priorizem o pedestre e promovam uma nova relação entre o cidadão e a cidade. A demolição da Perimetral é um excelente indicador de mudança, que tem que ser seguido por outras cidades brasileiras, como São Paulo em relação ao Minhocão, por exemplo.

Já no final dos anos 60, quando o Brasil começava a multiplicar seus viadutos, um jovem economista americano chamado Eric Britton passou a defender novas formas de deslocamento, condenando o simplismo da “velha mobilidade”. Ele foi um dos primeiros a perceber que a complexidade de uma cidade não passava apenas por seus sistemas de transportes, mas também pelas experiências humanas e suas interações sociais. Cabia ao design urbano criar um ambiente propício para elas. Hoje, Britton é diretor da EcoPlan International, uma rede independente que fornece conselhos estratégicos para governos e empresas sobre questões técnico-sociais e Desenvolvimento Sustentável, e também é professor do Institut Supérieur de Gestion, de Paris.

Procurado pela Revista Amanhã, Britton mostrou certa frustração ao ser perguntado sobre soluções para desacelerar as cidades e criar maneiras mais amigáveis de se deslocar pelos espaços. A própria pergunta, segundo ele, demonstra que ainda há muito que ser feito, não apenas no Brasil.

– Sabíamos quase tudo que precisávamos para construir lindas cidades nos anos 1970. Alguns as fizeram. Mas toda uma geração passou e eu ainda estou tentando fazer isso acontecer – lamenta.
Britton conhece o contexto brasileiro. Esteve algumas vezes no país e, no fim dos anos 1970, até lançou um livro dedicado às estratégias de transporte para o Brasil, intitulado “Preparando-se para os anos 80”. Acostumado a usar analogias, ele compara as cidades atuais a uma pessoa doente. Para tirá-las da UTI, é preciso que a sociedade discuta, com diversos grupos procurando juntos por soluções. –
Sabemos que o futuro da cidade é ter menos carros, mas ainda assim muitos carros, e se movendo em lugares diferentes, e de maneiras diferentes – prevê.

– Se as cidades não derem atenção à nova mobilidade, elas terão perdas econômicas. No século XXI, as cidades competem entre si. E se um lugar com um trânsito caótico como São Paulo não resolver seus problemas, os jovens brasileiros irão para outros com melhor qualidade de vida. As indústrias internacionais não irão estabelecer serviços e fábricas, porque sabem que não terão lá seus melhores funcionários. Valter Caldana cita quatro questões urgentes para tornar as cidades mais agradáveis para a circulação: enterrar a fiação, priorizar a chamada pedestrianização através de calçamento, aumentar a arborização e criar leis que fiscalizem anúncios.
Já a mobilidade do futuro é frequentemente associada a um retorno das cidades vagarosas e, consequentemente, mais sustentáveis. Mas este novo ritmo depende de muitos fatores. A diversidade dos transportes coletivos é um deles. Meios alternativos e livres de combustível deverão ligar alguns pontos.

No Rio, as novidades passam pelo futuro Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que até 2016 tem a promessa de circular no Centro e na Região Portuária do Rio; e um possível aproveitamento do transporte hidroviário, hoje muito abaixo do que a geografia carioca oferece.
Com suas lagoas, a Barra poderia se beneficiar de um projeto da Grove Boats SA, que prevê a criação de um barco eletro-solar integrado ao novo metrô e outros meios de transporte, como bicicletas e vans. Outro fator importante é um maior adensamento, com mais pessoas mudando-se para as zonas centrais, perto dos seus locais de trabalhos – o que reduziria a necessidade de deslocamentos.

No futuro, é possível sonhar com mudanças radicais. Assim como Copenhague transformou com sucesso uma de suas mais movimentadas ruas centrais num agradável calçadão, o Rio poderia fazer o mesmo com parte da Avenida Rio Branco, por exemplo. A revolução urbana, contudo, não depende apenas de grandes obras e projetos superdimensionados. Iniciativas simples podem promover mudanças significativas. Presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, Washington Fajardo lembra que pequenas intervenções transformaram alguns pontos da cidade.

Ao acabar com um retorno para carros na Lapa, toda uma pequena área do bairro se revitalizou: prédios abandonados foram recuperados e o comércio floresceu. Num lugar antes quase deserto, hoje é possível tomar um chopp e observar o movimento.
– A cidade é cheia destes retorninhos desnecessários, que tiram o espaço para o pedestre e sugam a vida social – lembra.

Ele cita também a ampliação da Praça Tiradentes após a retirada de um estacionamento. Segundo o secretário, o espaço “reconquistou sua significância”. Há ainda a própria derrubada da Perimetral, que permitirá a criação de um passeio público arborizado entre o Armazém 7 e a Praça Mauá, com 44 mil metros quadrados para os pedestres.

– São duas escalas: conquistar melhorias com maior interação e o aumento do comércio local nestes pontos caminháveis, mas também pensar nas pessoas que moram longe – diz Fajardo. – Quem mora em Campo Grande precisa chegar no Centro com facilidade. Este retorno à cidade mais caminhável não pode estimular uma agenda conservadora, com uma cidade que se fecha em feudos. O espaço público é um lugar de contatos, e para isso os grandes deslocamentos precisam funcionar bem.

Nos primórdios da chamada “car culture” (cultura do carro), o automóvel virou símbolo de liberdade. Era visto com romantismo pela geração Beat e seu livro-manifesto “On the road”. Hoje, tudo mudou. Para Britton, “velha mobilidade” é ficar horas preso dentro do seu carro, procurando por vagas; já a nova mobilidade, como bicicletas e transportantes alternativos, é a “liberdade destilada”. Na metade dos anos 2000, a cidade de Bogotá se tornou referência ao perceber que as pessoas não precisavam ser ricas para se sentirem ricas.

Ao reduzir o domínio dos carros e oferecer mais espaços públicos à população, ela lhes devolveu alguns prazeres simples, como a convivências nas ruas e a possibilidade de sentar, respirar e olhar à sua volta com calma.
Pauta de protestos

Com a nova política, Bogotá se tornou uma cidade agradável para pessoas de 8 a 80 anos. E melhorou sua segurança. A razão é simples: lugares com mais pedestres parecem mais seguros. E, como diversos estudos comprovam, lugares que parecem mais seguros também costumam ser, de fato, mais seguros. Para Valter Caldana, a velha mobilidade inibe a sensação de pertencimento e, consequentemente, o cuidado com o patrimônio público. Neste sentido, ajudaria a explicar as recentes manifestações pelo país. Entre outras exigências, a população anseia recuperar um espaço que lhe foi tomado.
– As jornadas de junho e julho foram um marco do urbanístico porque resultaram numa marcha pelos direitos urbanos. Uma das pautas era: “queremos outro modelo de cidade, porque este se esgotou”.

Fonte: O Globo

RIO – O porcentual de famílias brasileiras que disseram ter dívidas chegou a 63,2% no mês de novembro de 2013, contra 62,1% em outubro e 59% em novembro do ano passado. As dívidas incluem cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), nesta terça-feira, 26.

O aumento, contudo, não se deu em todos os níveis de endividamento. A proporção das famílias que se declararam muito endividadas, por exemplo, caiu entre os meses de outubro e novembro de 2013 – de 12,6% para 12,1% do total de famílias. Em relação a igual mês de 2012, houve estabilidade nesse indicador.

Já a parcela dos que se declaram ”mais ou menos” endividadas passou para 22,9%, de 23,3% em outubro de 2013 e 19,6% em novembro do ano passado. Enquanto isso, as famílias pouco endividadas aumentaram para 28,1% do total neste mês, contra 26,2% em outubro e 27,4% em novembro de 2012.

Atraso. Apesar do aumento na parcela das famílias endividadas, o porcentual daquelas que têm dívidas ou contas em atraso recuou para 21,2% em novembro, ante 21,6% no mês passado. A fatia, contudo, ainda é maior do que os 21% observados em novembro do ano passado.

Entre as famílias com contas ou dívidas em atraso, o tempo médio de atraso foi de 57,6 dias em novembro de 2013 – abaixo dos 61,1 dias de novembro de 2012. O tempo médio de comprometimento com dívidas entre as famílias endividadas foi de 6,7 meses, sendo que 27,6% estão comprometidas com dívidas até três meses, e 29,6%, por mais de um ano. Ainda entre as famílias endividadas, a parcela média da renda comprometida com dívidas diminuiu para 29,1%, contra 30,2% em novembro do ano passado.

O porcentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, e que, portanto, permaneceriam inadimplentes, apresentou redução nas duas comparações. Em novembro de 2013, essa parcela respondeu por 6,6% das famílias, ante 7,3% em outubro e 6,8% em novembro de 2012.

De acordo com a CNC, os ganhos com o décimo terceiro salário podem ter influenciado o resultado, que também demonstrou melhora na projeção das famílias em relação a sua capacidade de pagar débitos em atraso.

Fonte Estadão