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O valor das construções registradas para receber certificação sustentável alcançou 8,3% do total do PIB (Produto Interno Bruto) de edificações em 2012, segundo pesquisa realizada pela auditoria Ernst Young a pedido da GCB Brasil (Green Building Council).

Segundo o levantamento, o valor total dos imóveis registrados atingiu R$ 13,6 bilhões no ano passado. O PIB das edificações –uma subdivisão do PIB da construção civil que exclui obras de infraestrutura– foi de R$ 163 bilhões no mesmo período.

Nos últimos dois anos, o valor dos empreendimentos registrados para receber o selo quase quadruplicou. A participação no PIB das edificações pulou de 2,6% para os 8,3% do ano passado.

O número de novos pedidos também deu um salto de 2010 para 2011, passando de 72 para 198. Em 2012, houve uma elevação para 216 novos pedidos.

Com a desaceleração da economia neste ano, a expectativa da GCB Brasil é que esse número seja similar ao do ano passado.

A pesquisa levou em conta construções registradas para o selo Leed, concedido pela organização americana Green Building Council.

No Brasil, além do Leed, existe o Aqua, selo da Fundação Vanzolini (que tem 133 empreendimentos certificados no país). Mais dois selos, o britânico Breeam e o alemão DGNB, desembarcaram recentemente no país.

ALTO PADRÃO

Além do aumento dos pedidos de certificação, o alto padrão dos empreendimentos que buscam a certificação ambiental é outro motivo para o crescimento da participação no PIB de edificações, diz a Ernst Young.

“A certificação dá ganhos econômicos”, afirma o diretor-gerente do GBC Brasil, Felipe Faria, que promove o Greenbuilding Brasil, a partir de terça-feira (27), no Expo Center Norte, em São Paulo.

“Há valorização do metro quadrado, aumento da velocidade de ocupação e retenção de usuários. Para o investidor faz todo sentido porque reduz o risco.”

Enquanto ganha espaço em prédios comerciais, a certificação sustentável ainda patina entre os imóveis residenciais.

“Nosso desafio é fazer com que o consumidor residencial seja tão crítico quanto está sendo o de prédios comerciais”, diz Faria.

Por Daniel Tremel

Fonte: Folha de São Paulo

O Superior Tribunal de Justiça julgará nesta semana o processo referente à TAC (Tarifa de Abertura de Crédito) e à TEC (Tarifa de Emissão de Carnês) que são cobradas dos consumidores quando eles fazem um financiamento e pagam por meio de boleto bancário.

Desde maio, a ministra do STJ Isabel Gallotti determinou a suspensão do trâmite de todos as ações relacionadas ao assunto em qualquer instância, fase e juízo, até que ocorresse o julgamento, que está agendado para quarta-feira (28).

A Fundação Procon-SP (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) participará do julgamento para que a decisão seja favorável ao consumidor. Segundo o órgão, mais de 285 mil ações em todo o País, que envolvem um valor estimado de cerca de R$ 533 milhões, aguardam a definição sobre a legalidade da cobrança dessas tarifas.

Manifestações
O Idec e o Procon-SP pedem para que os consumidores enviem suas manifestações ao STJ para que decida pela ilegalidade destas tarifas. “Esta é a última chance para nos mobilizarmos contra a abusividade dessa cobrança, já que o próprio Banco Central se posicionou no processo contrário a cobrança da TAC e da TEC, que são consideradas ilegais desde abril de 2008”, afirma a advogada do Idec Mariana Alves Tornero.

Levantamentos realizados pelo Procon-SP, a partir das reclamações apresentadas pelos consumidores e informações disponíveis nos sites das financeiras, revelam que a TAC varia entre R$ 700 e 5 mil, para as transações que envolvem a aquisição de bens, especialmente veículos.

O Procon explica que a tarifa de cadastro ou de abertura de crédito, está incorporada ao modelo de negócio dos bancos, sendo hoje obrigatória para viabilizar os financiamentos. No entanto, a cobrança não é referente a um serviço prestado ao consumidor, mas à instituição bancária, para que ela tenha assegurada decisão do empréstimo.

“Esse é um custo inerente à concessão do crédito. O consumidor já arca com altos juros e não pode estar em desvantagem excessiva, finaliza Tornero.

Fonte: InfoMoney, 26/08/2013

Fonte: CTE

Em janeiro deste ano, previa-se uma expansão de 4% para o setor. CBIC também diminui sua expectativa

A coordenadora de Projetos da Construção da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ana Maria Castelo, anunciou nesta semana a redução do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da construção para 2% em 2013. A estimativa vem caindo desde janeiro, quando se acreditava em uma expansão de 4% para o setor.

Entretanto, para a economista, o cenário econômico do país é menos pessimista que o apontado pela deterioração das expectativas dos empresários do setor. Em junho, a renda continuava registrando aumento de 2,5%, o mesmo percentual de junho de 2012. O emprego segue crescendo, embora em ritmo menor, e a taxa de desocupação na economia mantém-se em 6% desde 2011.

Em comparação a 2012, Ana mostrou a desaceleração do desempenho de diversos indicadores da construção no primeiro semestre deste ano, no entanto. Segundo índices da FGV, o emprego cresceu 1,35%, contra 8,4% em 2012; o pessoal ocupado caiu 2,33% em 2013, contra elevação de 4,8% no ano passado; já o consumo de cimento estável foi de apenas 0,22%, já em 2012, o índice apresentou um aumento de 8,5%; o consumo de vergalhão, por sua vez, apresentou queda de 2,42%, contra elevação de 14,2% em 2012; por fim, a produção de materiais de construção aumentou 1,81%, contra 2,2% no ano passado.

Outra a reduzir a previsão do crescimento do PIB da construção foi a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A entidade também divulgou nesta semana que a sua projeção para este ano caiu de 4% para 3%. Segundo a CBIC, o motivo para esta redução é a lentidão das obras públicas de infraestrutura, somada ao menor volume de lançamentos imobiliários entre 2012 e 2013.

Em entrevista à Agência Estado, o presidente da CBIC, Paulo Simão, disse que apesar da aceleração das obras voltadas para a Copa do Mundo, há muitos atrasos nos projetos de concessões e leilões de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias. “Ano passado, muitos leilões foram revistos e atrasaram. Então não vão dar resultados para o PIB neste ano”, acredita.

Para 2014, o executivo se diz otimista. A perspectiva da CBIC para o setor de infraestrutura é que ocorra um aumento gradual dos investimentos, tendo em vista que o Ministério da Fazenda prevê a movimentação de R$ 470 bilhões com projetos de logística, energia elétrica e petróleo e gás em 2014. “Se todos esses leilões forem atendidos, acredito que vamos contratar um volume grande de obras, com efeitos (no PIB da construção) em 2014”, avaliou.

Fonte: PINI

Fonte: Ministério do Meio Ambiente

Cinco linhas de ação deverão compor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que passarão a valer a partir de 2015, em substituição aos Objetivos do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU). O tema foi discutido pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixiera, em conferência realizada na tarde desta segunda-feira (12/08), no Rio de Janeiro.

O documento que contém a primeira versão dos ODS será apresentado no próximo mês em assembleia da ONU. Segundo a ministra, que integra o Painel de Alto Nível sobre a Agenda de Desenvolvimento pós-2015 das Nações Unidas, os objetivos definem uma mudança na sociedade. “Os ODS sinalizam um novo caminho para não perder o que foi alcançado com os objetivos do milênio”, explicou. “É preciso repaginar essa visão.”

INCLUSÃO

Organizado pela presidência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a conferência enfatizou a importância da participação social no processo. Segundo Izabella, questões como inclusão social, erradicação da pobreza e promoção de uma economia verde estão entre os aspectos contemplados pelos ODS. “A inclusão social tem de estar cada vez mais presente no debate”, afirmou.

As metas propostas também deverão levar em consideração as particularidades de cada nação. “Serão trabalhadas soluções para os países em guerra e para aqueles que não vivem em regime de democracia”, exemplificou a ministra. “Os objetivos tocam em uma série de situações e buscam uma ruptura com a polarização que existe atualmente.”

Por Lucas Tolentino

Fonte: MMA

Quatro anos depois de ter comprado um dos terrenos mais cobiçados – e enroscados – de São Paulo, a CCP, braço do grupo Cyrela que desenvolve prédios corporativos e galpões logísticos, lança hoje o shopping Cidade São Paulo, no coração da Avenida Paulista.

O empreendimento, que começou a ser construído há cerca de um ano em um terreno que pertenceu à família Matarazzo, tem inauguração prevista para novembro do ano que vem. Hoje, a companhia começa uma campanha publicitária em emissoras de TV aberta e em veículos impressos para apresentar o projeto aos paulistanos e, principalmente, aos lojistas. A empresária Viviane Senna e o maestro João Carlos Martins vão estrelar os comerciais.

Na semana passada, a CCP comprou a fatia de 50% que a CCDI, da Camargo Corrêa, detinha no empreendimento. As empresas não divulgaram valores, mas estimativas de mercado apontam que a CCP teria desembolsado cerca de R$ 250 milhões pela participação.

O lançamento do shopping coincide com um momento de incerteza no setor de consumo. No primeiro semestre do ano, as vendas dos shopping centers no Brasil cresceram 8% – ritmo inferior ao registrado nos dois anos anteriores, segundo levantamento da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Apesar disso, no mercado, a expectativa é de que os lojistas recebam bem o projeto da CCP por causa de sua localização privilegiada. “Não tem como dar errado”, diz José Roberto Voso, diretor de shopping centers da empresa. “Só pela calçada do shopping passam mais de 900 mil pessoas por dia.”

O empreendimento é o mais emblemático entre os shoppings da empresa – que tem quatro em operação e outros quatro em construção. O Cidade São Paulo levou quatro anos para ser aprovado na Prefeitura de São Paulo – o dobro do tempo para um empreendimento do tipo. No meio do caminho, o terreno virou alvo de uma disputa jurídica com a família Matarazzo, que reclamava de atraso no pagamento. O imbróglio foi resolvido no início deste ano.

O Cidade São Paulo exigiu investimentos de R$ 400 milhões. Por ter apenas 18 mil metros quadrados de área (um shopping médio tem cerca de 40 mil), a CCP decidiu não trabalhar com lojas âncoras, para priorizar a variedade. O shopping tem espaço para 170 lojas. Até agora, só o contrato com o Cinemark foi assinado. A expectativa é de que o Cidade São Paulo tenha uma receita de R$ 45 milhões em três anos. “Vai ser o mais rentável por metro quadrado”, diz Voso.

Por NAIANA OSCAR

Fonte: Estadão

Mesmo que diante de uma oportunidade bem mais acessível do que a média, o consumidor não pode se descuidar no momento da aquisição de um imóvel. De acordo com especialistas, é preciso um minucioso planejamento orçamentário antes de assumir a dívida. Esse cálculo deve considerar a duração do financiamento, que pode se estender por mais de duas décadas, e os possíveis imprevistos que o comprador pode encontrar neste período – gastos extras com saúde, perda de emprego, etc.

Para o professor de finanças pessoais da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Fabio Gallo, devem ser observados antes da compra itens como a localização e a infraestrutura da região, a capacidade financeira da incorporadora e a idoneidade das empresas envolvidas no empreendimento (incorporadora, construtora e vendedora). Além disso, é essencial ler o memorial descritivo do produto, disponível no estande de vendas, para conhecer diretos e deveres das partes envolvidas.

“Quem não se organiza para fazer um financiamento de longo prazo fatalmente terá problemas no futuro. Por isso, é importante se preocupar com outros gastos permanentes, como carro e escola dos filhos, e ter uma reserva financeira”, aconselha.

Outra dica de Gallo é simular o financiamento em diferentes instituições de crédito – em geral, as empresas permitem que os interessados façam simulações online, mas, pessoalmente, a análise é mais precisa, adequada à situação de cada potencial cliente. Segundo o Banco Central, quem deseja comprar um imóvel acima de R$ 500 mil deve se deparar com taxas variando entre 10% e 11,7%.

Para apartamentos na planta, cerca de 30% do valor do imóvel costumam ser pagos durante as obras, e os outros 70% são financiados após a entrega das chaves para o comprador.

Por THAISE CONSTANCIO

Fonte: Estadão