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Em 2012 o setor continuou entre os que mais enviaram recursos às matrizes no exterior

PEDRO KUTNEY, AB

Apesar de expressiva redução nos valores, no ano passado os fabricantes de veículos instalados no Brasil continuaram no grupo das empresas multinacionais que mais remeteram lucros e dividendos às matrizes no exterior, obtidos sobre suas operações brasileiras. Segundo dados divulgados pelo Banco Central esta semana, o total enviado somou US$ 2,44 bilhões em 2012, o que representa 11,3% de todos os dividendos pagos no período, colocando as montadoras em segundo lugar entre todos os setores pesquisados pelo BC, perdendo por pouco para o setor de bebidas, que mandou US$ 2,49 bilhões, 11,5% do total.

O total remetido em 2012 registra substancial queda de 56% sobre 2011, quando o setor atingiu o recorde histórico de US$ 5,6 bilhões remetidos e foi o que mais mandou lucros para fora. Com isso, as montadoras tiveram recuo maior do que a média de todos os setores, que foi 25,7% no ano passado. Na verdade, os fabricantes de veículos ficaram mais próximos dos valores remetidos usualmente por empresas de outras atividades, mas ainda assim continuam no topo da lista dos que mais mandam dinheiro ao exterior.

A queda na remessa de lucros observada no ano passado poderia ter sido bem menor se não fossem dois fatores combinados: a desvalorização de mais de 20% do real diante do dólar e recuo nos ganhos.

A taxa de câmbio em 2012 sozinha comeu boa parte dos ganhos, tornou-se desfavorável aos pagamentos externos, pois as empresas conseguiram comprar menos dólares com os reais que faturaram aqui. O outro vetor de baixa foi a necessidade de ficar com mais recursos no Brasil para investimentos em ampliações de fábricas e lançamento de novos produtos. Ao mesmo tempo, a economia brasileira reduziu seu ritmo de crescimento e o mercado de veículos andou retraído em 2012, o que obrigou as montadoras a oferecer descontos e lucrar menos.

Os fabricantes de caminhões, em especial, tiveram grandes dificuldades em enviar lucros às matrizes, pois o mercado foi duramente afetado pela mudança de legislação de emissões, agravada pelo ritmo lento da economia.

Em um ano difícil para o setor, os US$ 2,44 bilhões remetidos comprovam a competência das montadoras em continuar lucrando no País.

Fonte: Automotive Business

Empresa já havia reduzido meta de vendas para 6 entre 6 bilhões e 7 bilhões de reais em outubro.

Rio de Janeiro – As vendas contratadas daCyrela Brazil Realtyatingiram o ponto mínimo da meta da companhia para 2012, ao alcançarem 6 bilhões de reais, valor 7,6 por cento menor do que o resultado de 2011.

Em outubro, a construtura e incorporadora informou que adiamento de lançamentos previstos em 2012 levou à revisão de sua meta de vendas do fechado do ano para entre 6 bilhões e 7 bilhões de reais. A estimativa anterior era de que as vendas contratadas ficassem entre 6,9 bilhões e 8 bilhões de reais.

No trimestre, as vendas foram de 1,7 bilhão de reais, 29,1 por cento menor na comparação anual. O indicador de Vendas sobre Oferta (VSO) de 12 meses foi de 50 por cento e de 21 por cento para o trimestre.

Os lançamentos foram de 2,1 bilhão de reais no quarto trimestre, recuo de 36,4 por cento ante os 3,3 bilhões de reais lançados um ano antes.

Em 2012, a companhia lançou um volume de 5,6 bilhões de reais, 29 por cento abaixo 7,9 bilhões lançado em 2011.

Fonte: Exame

Do total desembolsado pelo banco, R$ 100 bilhões foram destinados aos setores da indústria e infraestrutura

Gustavo Jazra

No mês de dezembro, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desembolsou R$ 34,2 bilhões. Já as consultas, com montante de R$ 31,4 bilhões no período, apresentaram alta de R$ 143% na comparação mensal, enquanto as aprovações somaram R$ 51,6 bilhões no mês, quando foi registrado crescimento de 245%.

Com o resultado, o BNDES alcançou a marca histórica de R$ 156 bilhões em desembolsos no último ano, registrando aumento de 12% em relação a 2011. As consultas e aprovações também atingiram níveis recorde na história do banco. Os índices apresentaram crescimento de 60% e 58%, respectivamente, o que representa maior disposição do empresário em realizar investimentos.

Do valor total desembolsado pelo banco, R$ 100 bilhões foram destinados aos setores de Indústria e de Infraestrutura. Em infraestrutura, os segmentos líderes foram energia elétrica (com aplicação de R$ 18,9 bilhões) e transporte rodoviário (R$ 15,5 bilhões). Já os segmentos da indústria que contaram com maior aporte foram química e petroquímica (R$ 8,5 bilhões) e material de transporte (R$ 7 bilhões). O setor de Comércio e Serviços, por sua vez, finalizou o ano com R$ 44 bilhões em empréstimos, 28% do total.

De acordo com o BNDES, o resultado se deve principalmente ao conjunto de medidas adotadas pelo Governo Federal para estimular o crescimento de investimentos no País.

As altas de 60% nas consultas (R$ 312,3 bilhões) e de 58% nas aprovações (R$ 260,1 bilhões) em relação a 2011 indicam a tendência de aceleração de investimentos, ainda segundo a entidade. Todos os setores financiados pelo banco registraram aumento nas consultas e aprovações.

Na indústria, os destaques de consultas foram para o segmento extrativo (R$ 32,2 bilhões), química e petroquímica (R$ 23,3 bilhões), material de transporte (R$ 15,4 bilhões) e metalurgia (R$ 11 bilhões). Já em infraestrutura, os segmentos líderes foram energia elétrica, com consultas de R$ 29,5 bilhões e aprovações de R$ 38,6 bilhões, seguido por transporte rodoviário (R$ 19,6 bilhões em consultas), outros transportes (R$ 17,6 bilhões) e telecomunicações (R$ 9 bilhões).

Fonte: Pini Web

Em pesquisa realizada na Unicamp, material chegou ao quinto ciclo de reciclagem mantendo as mesmas propriedades físicas e mecânicas
Gustavo Jazra

Cerca de 400 kg de resíduos de gesso foram submetidos a ciclos de reciclagem consecutivos em uma unidade de reciclagem experimental, criada apenas para a pesquisa. As propriedades físicas e mecânicas do gesso recuperado foram avaliadas em laboratório. Segundo o estudo, o material apresentou características químicas e microestruturais similares ao longo de todo o processo, mesmo após o quinto ciclo.

De acordo com Sayonara, os ciclos provam que o gesso da construção civil pode ser sustentável. “Se não houver contaminação, o gesso pode ser 100% reciclado”, diz. Segundo ela, para destinar o resíduo de gesso à reciclagem, seria necessário estabelecer um programa de gestão nos canteiros de obra com regras como, por exemplo, condicioná-lo em recipientes específicos. “Dessa forma, você contribui diretamente com a sustentabilidade do setor da construção civil como um todo, seria uma logística reversa”, diz.

Utilizar o resíduo em diversos ciclos de reciclagem, além de reduzir a extração do minério gipsita, ainda contribui para a diminuição do descarte inadequado do material, bem como da contaminação do solo e lençol freático. “Por ser constituído de sulfato de cálcio di-hidratado, o resíduo de gesso pode se tornar tóxico em contato com o meio ambiente, já que a facilidade de solubilização do material promove a sulfurização do solo e a contaminação do lençol freático”, explica a pesquisadora. “Portanto, não é recomendada sua deposição inadequada ou em aterros sanitários comuns, onde a dissolução dos componentes pode torná-lo inflamável”, afirma.

Apesar de comprovada a viabilidade da reciclagem do gesso, ainda não foi desenvolvido um protótipo de usina de reciclagem para o material. A pesquisadora acredita, no entanto, que há possibilidade de tornar o processo rentável. Segundo ela, o volume de resíduos gerado pelo polo gesseiro de Araripe, no sertão pernambucano, por exemplo, representa massa significativa para proporcionar reciclagem em escala industrial. Sozinho, o polo é responsável pela extração de 95% da gipsita no país, sendo os principais consumidores os estados da região Sudeste. No total, o polo compreende 37 minas de exploração, aproximadamente 100 calcinadoras e 300 pequenas unidades produtoras de componentes, com processos artesanais.

A partir da tese de doutorado da pesquisadora, defendida em 2011 junto ao programa de pós-graduação da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC) da Unicamp, o gesso entrou para a categoria de “resíduos recicláveis”, com a publicação da resolução nº 431 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). “A redução da geração do resíduo, sua reutilização e reciclagem são as únicas possibilidades de minimizar o impacto ambiental causado pelo material”, finaliza a pesquisadora.

Fonte: Pini Web

O Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (Unic Rio) produziu um vídeo em lembrança da maior catástrofe natural já registrada nas Américas – o terremoto que atingiu o Haiti, no dia 12 de janeiro de 2010. A homenagem ressaltou os avanços na reconstrução do país.

Entre as melhorias apontadas, estão: centenas de quilômetros de ruas e estradas pavimentadas; 80% dos escombros do terremoto recolhidos; pessoas com deficiência já são atendidas em centros de reabilitação; mais de 470 mil empregos temporários gerados (40% para mulheres); o número de pessoas vivendo em acampamentos provisórios baixou de 1,5 milhão para 358 mil; mais de um milhão de crianças têm agora acesso à educação gratuita.

Segundo a ONU, a organização não tem poupado esforços para apoiar o governo e a população do Haiti na reconstrução do país. Cerca de 102 funcionários da instituição morreram no terremoto, a maioria deles integrantes da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), que atua no local desde 2004. Vinte das vítimas foram brasileiras – entre elas, o vice-representante especial do secretário-geral da ONU, Luiz Carlos da Costa.

Depois do terremoto, o Haiti também sofreu com outros desastres naturais e com uma epidemia de cólera que matou quase oito mil pessoas. Houve progressos, mas ainda há muito a ser feito para alcançar a paz e a estabilidade.

Assista ao vídeo da ONU, na íntegra:

Veja fotos da evolução do Haiti –

Fonte: Eco Desenvolvimento

Modalidadeperdeu a posição de principallinha de crédito para pessoas físicas em junho de 2001.

SÃO PAULO – Após 11 anos, o crédito habitacional deve voltar a ser a principal modalidade de empréstimo concedida às pessoas físicas no âmbito do Sistema Financeiro Nacional no primeiro semestre de 2013, aponta pesquisa da Serasa Experian. O estudo foi realizado com base na evolução mensal dos saldos das modalidades das carteiras de crédito do Banco Central. O empréstimo imobiliário perdeu a posição de principal modalidade de crédito para pessoas físicas em junho de 2001.
“Com a regulamentação total do cadastro positivo, em dezembro de 2012, o crédito imobiliário conta com uma importante infraestrutura para assumir a liderança e entrar em padrões internacionais. Apesar da grande expansão, o Brasil ainda possui baixa relação de crédito imobiliário sobre PIB, representando 6,2% dele. Em países desenvolvidos este porcentual ultrapassa 50%. Existe um grande potencial de crescimento do segmento imobiliário, em um mercado fundamentado em bases sólidas e com baixa inadimplência. O cadastro positivo vai proporcionar um ambiente de negócios mais sustentável, privilegiando o bom pagador”, afirmou o presidente da Serasa Experian, Ricardo Loureiro.

Em novembro de 2012, esses empréstimos atingiram a segunda colocação entre os saldos das carteiras de crédito às pessoas físicas, incluindo tanto as carteiras com recursos livres quanto direcionados. A modalidade representou 24,8% do total de crédito às pessoas físicas no País em novembro do ano passado, o que responde por um volume de R$ 270 bilhões.

Na evolução histórica, o crédito habitacional ocupava a quinta colocação no volume de crédito no País em dezembro de 2008, quando os R$ 63 bilhões empenhados representavam uma fatia de 11,9% do total. Em 2009, passou para a quarta colocação, com 14,4% (R$ 92 bi) do total. Já em 2010, era a terceira, com 17,8% (R$ 139 bi). Em 2011, a modalidade terminou o ano representando 21,3% (R$ 200 bi), praticamente empatada com veículos, que representava 21,4%.

De acordo com a pesquisa, a diferença entre o crédito habitacional – atual segundo lugar no ranking – para o crédito pessoal, que lidera o grupo, vem sendo reduzida. Estava em 8,5 pontos percentuais em dezembro de 2010, passando para 4,6 em dezembro de 2011. “Assim, mantida esta tendência, o crédito habitacional ultrapassará o crédito pessoal e se tornará a maior carteira de crédito para as pessoas físicas em 2013”, diz comunicado da Serasa distribuído à imprensa na manhã desta segunda-feira.

Pela pesquisa, alguns fatores contribuíram para o crescimento do crédito habitacional: a estabilidade econômica, a manutenção do emprego e da renda, a alienação fiduciária, que, de acordo com a pesquisa, trouxe maior celeridade na execução da garantia, reduzindo significativamente a inadimplência, e estimulou os bancos a aumentarem a oferta, os prazos e a reduzirem as taxas de juros.

Guilherme Waltenberg

Fonte:Estadão