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Como o índice vai de zero a 100 e a marca de 50 pontos delimita a divisão entre crescimento e queda, a atividade na construção entrou no mês passado na zona da estabilidade.

São Paulo – O Indicador do Nível de Atividade da Construção Paulista registrou expansão de 5,8 pontos de agosto para setembro, passando de 44,2 para 50 pontos. Como o índice vai de zero a 100 e a marca de 50 pontos delimita a divisão entre crescimento e queda, a atividade na construção entrou no mês passado na zona da estabilidade.

Analisando, entretanto, pela trajetória de queda que o setor vinha apresentando desde meados de 2011, o que se observa é uma retomada. Os dados são do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon), da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e resultam da abertura do Indicador do Nível de Atividade (INA).

Conforme o levantamento, a maior expansão da construção paulista ocorreu entre as pequenas empresas, que viram a atividade pular 15 pontos, de 35 em agosto para 50 pontos em setembro. Nas empresas de médio porte, a atividade ficou estável no período. Nas grandes empresas, houve uma ampliação de 5,6 pontos, de 44,4 pontos para 50 pontos.

Ainda segundo a Fiesp, o número de empregados do setor em setembro, quando comparado o levantamento do mês anterior, recuou de 51,6 pontos em agosto para 47,4 pontos em setembro. Entre as pequenas empresas o movimento foi ainda pior e a redução no quesito empregos da sondagem foi de 8,3 pontos, levando o índice de 58,3 pontos para 50 pontos entre agosto e setembro. No segmento das médias empresas, houve um recuo de 54,5 pontos para 48,3 pontos. Nas grandes empresas, a piora foi mais sutil, de 47,2 pontos em agosto para 45,8 pontos em setembro.

Francisco Carlos de Assis

Fonte:

Governo quer renovar desconto de imposto porque as vendas de carros estão em queda e para garantir o melhor resultado do PIB no fim do ano
Renata Veríssimo e Adriana Fernandes, de O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA – As quedas nas vendas de carros novos em setembro – de 31,4% em relação a agosto – e de 10,2% na primeira quinzena de outubro ante igual período do mês passado podem levar o governo a renovar mais uma vez a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A decisão do ministro da Fazenda, Guido Mantega, só será tomada nos últimos dias do mês, mas a tendência é de que o benefício, que acaba no dia 31, seja estendido até dezembro para dar fôlego extra à atividade econômica na reta final de 2012.

Segundo apurou a Agência Estado, a prorrogação da redução do IPI também pode servir de ponte para a entrada em vigor do novo regime automotivo em 1.º de janeiro. O modelo prevê redução do imposto para carros mais econômicos e fabricados com maior uso de peças nacionais.

Na avaliação de fontes do governo, não faria sentido o fim do incentivo a apenas dois meses do início do regime automotivo, concluído há duas semanas depois de duras negociações entre o governo e dirigentes do setor automobilístico.

Uma fonte do governo ressalta que Mantega sempre deixa para o último momento a decisão sobre a prorrogação depois de analisar dados de estoque, vendas, preços ao consumidor e emprego. Já houve casos, este ano, em que o ministro estava decidido a não fazer a prorrogação, mas voltou atrás no último instante em função da necessidade de estimular a produção industrial e a atividade econômica.

Fôlego. O ministro ainda não conversou com as montadoras, o que deve ocorrer nos últimos dias do mês. Dentro do setor já há uma expectativa de que haverá a extensão do benefício. Os empresários avaliam que o governo não deixará o segmento perder fôlego e a queda nas vendas será um bom argumento a ser levado às negociações.

A preocupação do ministro e das empresas é evitar declarações antecipadas sobre o assunto para não prejudicar o esforço de vendas nos últimos dias de validade do incentivo fiscal. Uma notícia sobre a prorrogação da queda do IPI pode levar o consumidor a adiar a compra. Muitas concessionárias usam a data de término do IPI reduzido como estratégia de marketing para atrair o consumidor.

A queda do IPI entrou em vigor no dia 22 de maio com validade até 30 de agosto, mas foi renovada por mais dois meses para estimular as vendas. A medida representou renúncia de arrecadação no período de R$ 800 milhões, segundo cálculos do governo. Como contrapartida, Mantega exigiu a manutenção dos níveis de emprego e a redução de preços ao consumidor.

A queda do tributo tem sido adotada como política de curto prazo para socorrer a economia em momentos de fraco crescimento por conta dos efeitos de crises internacionais. Além de automóveis, estão com IPI reduzido produtos da linha branca, móveis e luminárias, bens de capital e materiais de construção.

No caso dos automóveis nacionais, o IPI foi zerado para modelos 1.0 e reduzido à metade para aqueles com motor até 2.0. Somado a um bônus oferecido pelas montadoras, os preços dos automóveis novos caíram em média 5% a 10%.

Em agosto, quando supostamente o benefício seria suspenso, houve corrida às lojas e as montadoras registraram venda recorde de 420 mil veículos.

Fonte: Estadão

Informação é do governo de Santa Catarina; investimento será de cerca de R$ 1 bilhão
Suzana Inhesta e Nalu Fernandes, da Agência Estado

SÃO PAULO – O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, disse, em nota disponível no site do governo do Estado, que a alemã BMW escolheu Santa Catarina para suas novas instalações no País. O município escolhido seria Araquari, no norte do Estado, com investimentos de cerca R$ 1 bilhão. Colombo, no comunicado, diz que vai apresentar o projeto de instalação da nova unidade da montadora alemã à presidente Dilma Rousseff, na próxima segunda-feira, 22, às 15 horas.

Nesta sexta-feira, a BMW, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que seu presidente no Brasil, Henning Dornbusch, também vai se encontrar com Dilma na própria segunda-feira para formalizar a instalação da fábrica no País e anunciar o local. A BMW pretendia fabricar veículos no Brasil há um bom tempo – intenção que foi reforçada após a regulamentação do novo regime automotivo (Inovar-Auto), que passará a valer a partir de 2013. A empresa ainda não confirmou o local da instalação de sua sede, se em Santa Catarina ou em São Paulo. Procurados pela Agência Estado para confirmar a escolha do Sul, porta-vozes da BMW não foram encontrados.

“É uma grande conquista para Santa Catarina. Toda vez que uma indústria desse porte se instala, outras nascem ao entorno dela, gerando emprego e renda. Assim, a economia como um todo se desenvolve muito e com competitividade”, diz Colombo, na nota, ressaltando que o lançamento oficial do projeto de instalação será na quarta-feira (24), em Florianópolis. Apenas com a primeira etapa, deverão ser gerados 1,5 mil empregos diretos.

No mesmo dia do encontro com Dilma, Colombo também terá uma reunião com o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin.

Fonte: Estadão

Ricardo Leopoldo, da Agência Estado

SÃO PAULO – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta terça-feira, 27, que em menos de quatro anos o Brasil será a quinta maior economia do mundo, em termos de Produto Interno Bruto (PIB), superando a França. “O FMI prevê que o Brasil será a quinta economia em 2015, mas acredito que isso ocorrerá antes”, disse.
Mantega ressaltou que a velocidade de crescimento do Brasil é o dobro da registrada pelos países europeus. “Portanto, é inexorável que nós passemos a França e no futuro, quem sabe, a Alemanha, se ela não tiver um desempenho melhor”, disse. O ministro reafirmou que de 2003 a 2010, o crescimento do País ficou ao redor de 4% e que, em 2012, esse patamar será retomado, pois estima que o PIB deve avançar de 4% a 5%.

Ontem, o jornal britânico The Guardian, citando um estudo do Centro de Pesquisa para Economia e Negócios (CEBR, em inglês), indicou que o País já é a sexta economia global, à frente do Reino Unido.

O ministro ressaltou que o Brasil está no caminho certo, pois tem um alto nível de geração de emprego, inflação sob controle, “está na vanguarda do crescimento” e deve apresentar condições econômicas melhores em 2012 do que neste ano. “O importante é que estaremos crescendo mais em 2012 do que em 2011”, comentou. “O câmbio estará melhor e o crédito estará mais barato”.

Questionado pela Agência Estado se os juros também estarão menores, Mantega afirmou que haverá redução do custo financeiro das operações relacionadas aos consumidores, mas não se manifestou sobre a Selic, atualmente em 11% ao ano. Na última quinta-feira, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Carlos Hamilton Vasconcelos, afirmou que “se for necessário, vai haver aumento da taxa de juro. Não sei quando”, referindo-se à eventualidade de o nível de atividade ficar muito aquecido e, em algum momento do futuro, aumentar bastante as pressões sobre a inflação.

O ministro da Fazenda, contudo, foi realista e manifestou que a renda per capita do Brasil precisa avançar para que o padrão de vida da população melhore e fique perto do que é registrado pelos países mais ricos do mundo. “Mas já estamos melhorando bem”, comentou.

Fonte: Estadão

Ele já devolveu um carro que ganhou de presente de uma doutoranda, que achava que ele não andava de automóvel por falta de dinheiro. Ele também já foi atropelado ao andar de bicicleta, no Jardim Europa, em São Paulo, quando uma mulher quis aproveitar o farol fechado para entrar na contramão. Ah! E uma professora certa feita lhe falou: “por favor, não venha mais assim, isso pega mal, você não pode, olha o seu prestígio…”

Mas nada disso abalou a militância do médico patologista Paulo Saldiva, professor de patologia pulmonar na Faculdade de Medicina da USP e coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica da universidade. Em entrevista ao EcoD, ele defende a sustentabilidade no transporte, observa que a poluição deixa de ser tratada como problema de saúde pública e critica o que chama de “racismo ambiental”.

Em novembro de 2012, Saldiva, que é um dos cientistas brasileiros mais respeitados na Organização Mundial da Saúde (OMS), será um dos 16 palestrantes do TEDx FMUSP – Cidades Saudáveis. Três anos atrás, ele já havia ministrado palestra de destaque no TEDx São Paulo, cujo vídeo está disponível na EcoD TV.

EcoD: Por que a poluição atmosférica não é tratada como problema de saúde pública aqui no Brasil?

Paulo Saldiva: A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) fez uma projeção sobre alguns problemas que afetam o mundo atualmente em relação as próximas décadas. Ela diz que os casos de malária e diarreia, por exemplo, vão cair, mas os índices de poluição irão subir. E em quais lugares do mundo o problema será maior? Na África, no Oriente Médio, na Ásia e na América Latina. Como o material particulado é proveniente da queima inadequada de combustível (você vê isso quando o bico do gás está desregulado e as partículas ficam no fundo da panela), nós podemos observar que as tecnologias menos desenvolvidas estão justamente nessas regiões. Os países ricos conseguem controlar a poluição.

Concorda que as leis são muito frouxas no que diz respeito a eficiência do transporte?

Somente agora, com essa nova lei de regulação automotiva, haverá isenção de imposto para quem tiver motor mais eficiente. Porque até a última redução de IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] não havia qualquer discriminação sobre quem fazia o certo e quem não fazia. Faltava um prêmio para quem fosse além do que estabelece a lei, que no Brasil tem um histórico permissivo.

Nós temos as soluções, temos a sensação de desconforto, pois ninguém está feliz com a falta de mobilidade urbana em sua cidade, mas falta tomar a iniciativa. Botarmos na prática temas impopulares como o pedágio urbano, corredores exclusivos para ônibus nas ruas.

O estímulo a compra de veículos de passeio e a hegemonia do petróleo também dificultam. O que o senhor pensa sobre isso?

Veja que paradoxo. Para instalar uma indústria na região metropolitana de São Paulo, o empresário precisa comprar um abatimento de emissões. Por isso que o ABC tem muitos corredores de ônibus elétricos – porque é a forma mais em conta de se reduzir emissões. E para vender carros, não deveria ter certo tipo de controle? Só porque é fonte de individual não é passível de regulação? Quando você compra algum derivado de petróleo, a qualquer hora do dia, ele não varia o preço, pois é regulado e subsidiado. Com transporte elétrico, você paga a tarifa de pico às 18h, é que nem chuveiro elétrico. Com ônibus a etanol, vai haver a variação de acordo com a safra, não tem estoque regulador. Há um conflito de mercado. E a Petrobras é do governo. O governo defende esse mercado. Isso ocorre em todo o mundo, praticamente.

Resolver o problema da poluição também soluciona o da mobilidade?

Não, necessariamente. Se tivermos 100% da frota de veículos elétricos, resolvemos bastante a questão da poluição, mas não a da mobilidade. Não cabem tantos carros na cidade, que tem uma dinâmica de uso e ocupação do solo, cuja porção central é cada vez mais cara, o que faz com que as pessoas de menor posse se desloquem para a periferia. Em São Paulo, o produto passageiro x quilômetro percorrido para ir ao trabalho é o maior do mundo. A capital está extremamente povoada na porção central, onde tem os empregos, e extremamente povoada na periferia, na qual há um caos viário. Isso não vai resolvido com transporte individual.

O senhor comparou São Paulo, recentemente, a um paciente obeso, com artérias entupidas, insuficiência renal e bronquite crônica. Diagnóstico pessimista, hein (risos)?

Não. Eu sou otimista em relação a doenças, porque ninguém muda para melhor ou repensa seus hábitos se não tiver algum tipo de problema antes. Já vi gente que passou a comer menos depois que ficou obeso ou diabético, por exemplo. As doenças costumam fazer as pessoas sair da zona de conforto. Como estamos insatisfeitos, talvez estejamos criando as bases para melhorar a cidade. Eu sinto isso. Vi que existe uma explosão imobiliária nas regiões da linha do metrô e observei que as pessoas gostariam de morar ali, desde que o transporte coletivo tenha qualidade.
Mas não há o risco de a quantidade de pessoas extrapolar os limites do meio de transporte?

Sim. Este é um problema que pode acontecer. Bons corredores de ônibus, como os de Bogotá (COL) e Xangai (CHI), levam 45.000 passageiros por hora (metade da capacidade do metrô), mas você faz isso em um décimo do tempo. Poderíamos ter ônibus articulados, movidos a combustíveis mais limpos, estações modernas, com pequenos comércios, plantio de árvores nos corredores (porque ninguém gosta de estética feia). Enfim, estímulos para que as pessoas se perguntem: “Por que eu vou sair com meu carro e ficar preso no trânsito?”. Mas é preciso coragem para fazer isso e suportar a pressão inicial da opinião pública.

Como o senhor define o que chama de “racismo ambiental”?

É o que vemos no mundo hoje. Quem é forte economicamente precisa fazer com que seus negócios ampliem ainda mais. E para isso não consideram nenhum aspecto moral e ético.

Grandes economias exploram o planeta e produzem sem parar, enviando os artigos mais poluidores e de menor qualidade para as sociedades mais pobres. O ônibus velho que não pode rodar no corredor 9 de Julho desaparece no ar? Não, ele vai para a periferia ou para cidade de menor porte.Isso é segregar. É racismo ambiental. Temos que repensar o modelo em que vivemos. Ter noção dos limites.

De volta às bikes, que são uma paixão sua, o senhor há de convir que falta espaço nas cidades para elas. Embora o Código Nacional de Trânsito assegure o direito das bicicletas transitarem nas vias, boa parte das pessoas tem a ideia de que só os carros podem…

É verdade. O nosso conceito de ciclovia é para lazer de domingo… Mas isso está melhorando. Quando uma pessoa morre atropelada na periferia, não aparece na foto. Mas na Av. Paulista nós tivemos dois casos envolvendo mortes de jovens que serviram para melhorar o respeito ao ciclista. É preciso regrar a convivência entre motoristas e ciclistas, que haja respeito entre eles. Também é necessário que sejam criados espaços para as bicicletas, como fizeram em plena avenida central da Cidade do México. Sorocaba, em uma administração, construiu diversas ciclovias e ciclofaixas, fazendo com que 10% a 15% dos deslocamentos do município fossem feitos de bicicleta. Melhora a qualidade do ar para todos e a saúde dos ciclistas.

Caetano definiu São Paulo como o “avesso, do avesso, do avesso”. Criolo vem agora é diz que “não existe amor em SP”. Qual é o seu diagnóstico para a cidade?

Eu gosto muito de São Paulo. Sou patologista, não faço diagnóstico (risos). Acho que um diagnóstico constataria um tumor maligno, mas há a questão terapêutica. Tumor maligno a gente pode tratar e curar. Temos condições.
Murilo Gitel

Fonte: Eco Desenvolvimento

Terrenos caros na capital paulista transferem oferta de salas comerciais e apartamentos para cidades vizinhas.

Na esteira de grandes lançamentos residenciais e do fortalecimento empresarial, as cidades vizinhas à capital paulista têm puxado também o desempenho das salas comerciais na região metropolitana de São Paulo.

Barueri é o destaque tanto em lançamentos residenciais como comerciais, segmento que vive expansão também no cinturão formado por Diadema, Osasco, Cotia e o ABC.

Esses municípios tornaram-se polos de atração de pequenas empresas, consultórios e escritórios, que buscam endereços com boa infraestrutura e custo menor, mas próximos à capital.

Este caderno retrata o desempenho do mercado imobiliário nesses municípios e mostra como eles se transformaram em uma alternativa também para o setor empresarial.

Traz informações sobre o segmento de escritórios de alto padrão e relata os novos serviços em prédios de salas comerciais, como o compartilhamento de recepção.

Mariana Sallwicz

Fonte: Folha de São Paulo