News

SÃO PAULO – As incorporadoras precisarão segmentar seus empreendimentos para atender às necessidades de moradia dos diferentes perfis de consumidor brasileiro. A afirmação foi feita nessa quinta-feira, 13,pelo diretor geral da UBS Escola de Negócios e vice-presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (Ibevar), Eduardo Terra, em palestra na Convenção Secovi. O evento faz parte da programação da Semana Imobiliária, promovida pelo Sindicato da Habitação (Secovi-SP), em São Paulo, entre segunda e sexta-feira.

Os diferentes modelos de família exigirão que as incorporadoras desenvolvam projetos específicos para cada público. “Os solteiros e casais sem filhos já representam mais de um quarto da venda de imóveis novos em São Paulo”, disse Terra.

Para esse público, por exemplo, não faz sentido lançar condomínios que destacam diferenciais como playground ou piscina infantil. “Seria mais interessante apostar em academia e terraço gourmet”, conclui Terra.

O risco das construtoras é restringir demais seu público-alvo. “Há cidades em que a segmentação é feita apenas por número de dormitórios”, disse Terra. A vantagem do setor imobiliário é poder lançar produtos adequados para cada nicho, sem ter de posicionar a marca para atender exclusivamente a esse público.

Terceira idade

Um dos nichos com potencial crescente é a terceira idade. As projeções sinalizam para uma mudança na pirâmide demográfica brasileira e para um maior porcentual de idosos entre a população. Em 2010, o Brasil somava 19,3 milhões de pessoas acima de 60 anos, número que deve chegar a 28,3 milhões em 2020, um salto de cerca de 45%, segundo dados do IBGE.

A construtora Tecnisa começou a prestar mais atenção nesses consumidores em 2009. A empresa observou que 15% dos compradores de um empreendimento focado em casais jovens com poucos ou nenhum filho foi vendido para pessoas com mais de 55 anos. “A população da terceira idade está se posicionando como um público ativo, que viaja, trabalha, casa novamente e compra apartamentos novos”, disse a diretora de projetos da Tecnisa, Patricia Valladares.

A percepção levou a Tecnisa a contratar uma equipe especializada em gerontologia, formada por geriatras e arquitetos, para auxiliar no desenvolvimento de projetos para esse público. Hoje, quatro empreendimentos da companhia já incorporaram adaptações para os idosos. São funcionalidades como a construção de uma pista de caminhada mais larga para permitir que um idoso com andador utilize o espaço. E a piscina do condomínio recebe uma escada de alvenaria, em vez de uma de alumínio.

“Focamos na terceira idade, mas terminamos com projetos melhores para todos. O custo de adaptar um espaço para o uso de idosos é maior do que se projetá-lo para contemplar essas necessidades”, disse Patricia.

Internet

As mudanças de hábitos dos consumidores também influenciam nas estratégias de venda e marketing do mercado imobiliário. Mais de 80 milhões de pessoas têm acesso à internet no trabalho ou em casa, segundo dados do Ibope Nielsen. “A compra do imóvel começa online”, disse o professor da UBS Escola de Negócios.

Segundo ele, as empresas e os corretores precisam se adaptar para atender o cliente na internet. A maioria das grandes incorporadoras e imobiliárias já adotou a função de “corretor online”, que oferece informações em salas de bate-papo. Quase nenhuma, no entanto, oferece na internet todas as informações relevantes, principalmente o preço do imóvel na planta. A tendência, segundo Terra, é que essa barreira seja rompida.

Marina Gazzoni

Fonte: Estadão

A Associação Brasileira do Veículo Eléctrico (ABVE) solicitou ao Minstério da Fazenda a redução temporária do Imposto de Importação, uma carga tributária que em alguns casos chega aos 101%. Segundo Ricardo de Féo, director da General Wings, empresa de bicicletas e scooters eléctricas, o valor do imposto sobre estes veículos e os seus componentes dificultam a difusão da mobilidade eléctrica no Brasil.

“A carga tributária chega aos 101%. E, neste negócio, todos dependemos de componentes importados”, explicou o responsável.

No documento final enviado ao Ministério da Fazenda é sugerido que o Imposto de Importação, que incide sobre os itens importados (principalmente os motores eléctricos e as baterias de íon de lítio) seja temporariamente reduzido, enquanto a produção brasileira dos componentes para as bicicletas e scooters eléctricas não chegue para a procura local.

“O Imposto de Importação (II) é um imposto sobre a entrada de mercadoria estrangeira a ser colocada no mercado nacional, enquanto o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) é um imposto interno sobre a produção industrial em geral. No caso dos produtos industrializados importados, incidem os dois impostos: primeiro o II, e depois o IPI sobre o preço do produto, já incluindo o II”, segundo explicou o professor José Marcos Domingues de Oliveira, da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

O mercado brasileiro de bicicletas normais é de seis milhões de unidades por ano, sendo que as bicicletas eléctricas podem facilmente atingir os 10% do mercado, ou seja, 600 mil unidades anuais.

“Para registo de comparação, o mercado europeu actual (2011) de bicicletas registou 1,5 milhões de unidades”, concluiu Ricardo de Féo, acrescentando que em alguns mercados europeus, como Itália e França, existem benefícios ficais para a compra de bicicletas eléctricas.

Fonte: Greensavers

SÃO PAULO, 11 Set (Reuters) – O Ministério das Cidades vai avaliar a possibilidade de instalar sistemas de energia solar nas residências no âmbito do programa “Minha Casa, Minha Vida”, sem que sejam alterados os limites de custos dessas unidades, após recomendação do Conselho das Cidades, publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira.

A recomendação levou em conta que o programa habitacional do governo federal possibilita o uso de energia solar no aquecimento de água, somado ao fato de que a temperatura média em muitos municípios brasileiros é alta, “com incidência solar significativamente elevada e com alto rendimento fotovoltaico”, segundo o documento.

Foi considerado ainda que o custo da energia elétrica pago pelos beneficiários incide de forma expressiva em seus gastos fixos e que a adoção do sistema de energia solar voltaica diminuiria significativamente estes custos.

Os sistemas de energia solar fotovoltaica seriam conectados ao sistema de abastecimento de energia elétrica, alternativa ou complementarmente ao sistema de aquecimento solar.

A segunda fase do programa “Minha Casa, Minha Vida”, anunciada em meados de junho de 2011, prevê 2,4 milhões de moradias contratadas até 2014.

Vivian Pereira

Fonte:

Tendo por base esses números, a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, justificou os benefícios que o governo tem destinado à construção civil.

Brasília – O Programa Minha Casa, Minha Vida já resultou na contratação de 799 mil moradias. Considerando as moradias contatadas na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), o número sobe para 1,8 milhão, entre apartamentos e casas já contratadas. Desse total, 53% já foram concluídas. Até o final de 2014, o total de contratações previsto é de 2 milhões de moradias.

Tendo por base esses números, a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, justificou os benefícios que o governo tem destinado à construção civil. “Esse tipo de financiamento é muito importante porque alavanca um setor que tem uma participação entre 3% e 5% do Produto Interno Bruto[PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país]”, disse a ministra.

Miriam Belchior ressaltou que, além disso, a construção civil é um dos setores mais sensíveis à contratatação de mão de obra. “Portanto, esta é uma das virtudes do nosso processo.”

A ministra reiterou que o PAC tem sustentado o crescimento do país ao longo dos últimos seis anos, mas lamentou que nem todos os setores tenham atuado com este objetivo. “Evidentemente, o investimento público não é o único motor do crescimento. [Por isso] o espírito ‘animal’ do empresário tem de surgir [para que haja crescimento].”

Daniel Lima e Pedro Peduzzi

Fonte: Exame

Pesquisa do Ministério do Meio Ambiente compara duas décadas de percepção das pessoas sobre temas ambientais e relacionados ao consumo sustentável.

Vinte anos depois do primeiro estudo, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) apresentou, no dia 16, os dados comparativos de todo o período (1992 a 2012), que indicam evolução na consciência ambiental do brasileiro. Neste ano, os resultados da pesquisa “O que o brasileiro pensa do meio ambiente e do consumo sustentável” mostram um retrato sobre o tema e apontam tendências que vão colaborar com as próximas políticas públicas de meio ambiente.

“O ministério participou de todo o processo, desde a elaboração das perguntas até o treinamento dos profissionais que aplicaram a pesquisa”, afirmou a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Samyra Crespo. “Inclusive, verificamos a aplicação dos questionários. Queremos seriedade e confiabilidade nos dados”.

A pesquisa aponta que 85% da população estão dispostos a aderir à campanha de redução do uso de sacolas plásticas. E, onde há campanha, 76% aderiram a ela. “Para o MMA, as sacolas plásticas são um flagelo ambiental”, frisou Samyra Crespo durante a coletiva de imprensa desta quinta-feira. Ela destacou o aspecto poluidor das sacolinhas, além do perigo de morte que elas representam para os animais.

Principais números

• Em 20 anos, diminuiu consideravelmente o número de brasileiros que não sabe identificar os problemas ambientais: de 47% foi para 10%. Ou seja, a percepção do brasileiro sobre meio ambiente quadruplicou neste período.
• 28% dos brasileiros se orgulham do Brasil por causa do meio ambiente (natureza)
• Sobrevivência é o que motiva o cuidado com o meio ambiente.
• Entre os problemas ambientais do Brasil apontados pelos entrevistados, o lixo subiu de 4%, em 1992, para 28%, em 2012.
• Separação do lixo: 48% dos brasileiros dizem que separam. 30% levam sacola própria ou carrinho para fazer compras e evitam sacolas plásticas. 76% aderem à redução de sacolinhas plásticas.
• A Região Sul é campeã em consciência ambiental. 55% sabem o que é consumo sustentável por lá. 80% separam o lixo.
• Houve uma descentralização sobre a percepção do brasileiro em relação a quem tem a responsabilidade de solucionar os problemas: governo estadual dobrou (de 33 a 61%), prefeituras subiu (30 a 54%) e comunidade aumentou (15 a 21%). Mas a noção de que cabe ao governo cuidar do meio ambiente ainda se sobressai à responsabilidade individual e coletiva.
• Na média nacional, 34% sabem o que é consumo sustentável.
• O consumo de orgânicos cresce. Vinte anos atrás, só se encontravam produtos sem agrotóxicos em feiras e mercados especializados. Hoje, muitos supermercados já oferecem essa opção.

Conclusões
• Quanto mais urbano e escolarizado, mais consciente o brasileiro é das questões ambientais.
• A pesquisa mostra que conceitos sofisticados como “desenvolvimento sustentável”, “consumo sustentável” ou “biodiversidade” já fazem parte do repertório de muitos brasileiros.
• A Política Nacional de Resíduos Sólidos e a campanha Saco é um Saco ecoam junto à população.
• Nesses 20 anos, os jovens entraram no ranking da consciência ambiental. Este dado já é resultado do trabalho que vem sendo desenvolvido. Atualmente, todas as faixas etárias estão no ranking.
• Há uma diferença muito grande em relação ao Sul e Sudeste e outros estados.
• A maioria dos brasileiros ainda tem uma visão naturalista sobre desenvolvimento sustentável. A ideia dos três pilares (ambiental, social e econômico), base do desenvolvimento sustentável e mote da Rio+20, precisa ser trabalhada mais.
• No geral, os brasileiros ainda possuem hábitos prejudiciais ao meio ambiente, sobretudo na hora de descartar o lixo (fase chamada de pós-consumo).
• Os brasileiros não consideram a preocupação com o meio ambiente no Brasil exagerada e não estão dispostos a ter mais progresso às custas da depredação dos recursos naturais.

Histórico
Em 1992, a primeira pesquisa da série foi intitulada “O que os brasileiros pensam da ecologia”. Até então, não havia pesquisa completa na área, apenas dados encomendados por empresas sobre a poluição nas cidades. De lá para cá, foram cinco edições. Em cada uma, foram explorados os “temas quentes” do momento. Em 2006, por exemplo, ano da COP8, a pesquisa incluiu questões ligadas à biodiversidade. Este ano, a pesquisa focou em consumo sustentável, um dos principais temas da Rio+20.

A pesquisa teve sempre o mesmo formato: uma etapa qualitativa e uma quantitativa. A etapa qualitativa desta edição foi realizada com o apoio de empresas do ramo de alimentos e varejo – Pepsico, Unilever e Walmart – e a etapa quantitativa foi apoiada pelo Programa das Nações Unidas pelo Meio Ambiente (PNUMA) e executada pela empresa de pesquisa CP2, por meio de processo licitatório.

Enquanto a etapa quantitativa ouve a opinião dos brasileiros em todas as regiões do país, e é representativo da população adulta com mais de 16 anos residentes em domicílios rurais e urbanos, a pesquisa qualitativa ouve os “formadores de opinião”.

Para acompanhar e validar as atividades relacionadas à pesquisa, foram convidados especialistas na área de consumo e meio ambiente, ligados a centros de pesquisas das principais universidades do país e do MMA para compor um comitê técnico-científico. Helio Mattar, diretor-presidente do Akatu, foi um dos participantes desse comitê.

Fonte: Akatu

Com PDG Realty à frente, brasileiras lideram o ranking da Economática dos maiores prejuízos da construção no trimestre.

São Paulo – A PDG Realty foi a incorporadora que registrou o maior prejuízo, entre as empresas do setor, na América Latina e Estados Unidos no segundo trimestre. A companhia registrou perdas de 222,694 milhões de dólares no período.

O levantamento é da consultoria Economática, que apontou as dez empresas que mais perderam dinheiro entre abril e junho, nos setores de construção civil, incorporação e locação de imóveis.

As empresas brasileiras lideram a lista, com cinco representantes: PDG Realty, Brookfield, General Shopping, Viver e João Fortes. Os Estados Unidos e o México comparecem com duas empresas cada, e a Argentina, com uma.

Piora

As empresas brasileiras acumularam perdas de 484,581 milhões de dólares no segundo trimestre – ou 86% do total de 563,05 milhões de dólares em perdas computadas pela Economática no levantamento.

A lista mostra a deterioração das contas das companhias brasileiras nos últimos 12 meses. No segundo trimestre do ano passado, as mesmas cinco empresas listadas pela Economática haviam acumulado um lucro de 220,516 milhões de dólares.

Naquele período, as dez empresas da lista da Economática acumularam um lucro líquido de 146,679 milhões de dólares – com apenas três companhias apresentando resultado negativo e pressionando a conta.

Veja, abaixo, o ranking dos maiores prejuízos da construção civil das Américas entre abril e junho:


Fonte: Exame