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Está acontecendo, na Rio +20, o Corporate Sustainability Forum (de 15 a 18 de junho).

O ‘Fórum de Sustentabilidade Corporativa da Rio+20: Inovações e colaboração para o futuro que queremos’ é uma iniciativa do Pacto Global das Nações Unidas, junto com o Secretariado da ONU para a Rio+20, o Sistema ONU e a rede Brasileira do pacto Global. O objetivo deste fórum é fortalecer as contribuições da comunidade empresarial para o desenvolvimento sustentável global, por meio da busca pelas práticas empresariais responsáveis de grande escala, da difusão de inovações sustentáveis e do estímulo por uma colaboração de diversos setores: empresas, governos, sociedade civil e ONU.

O Fórum está apresentando mais de 60 sessões temáticas relacionadas à agenda da Rio+20 e oferendo à comunidade empresarial a oportunidade de dialogar com os diferentes setores.

O CTE – Centro de Tecnologia de Edificações está participando do Corporate Sustainability Forum e assinou também o documento CONTRIBUIÇÃO EMPRESARIAL PARA A PROMOÇÃO DA ECONOMIA VERDE E INCLUSIVA, elaborado pelas empresas e organizações signatárias do Pacto Global das Nações Unidas no Brasil e apresentado na Rio+20.

O documento reflete um posicionamento coletivo dessas empresas e organizações em prol de compromissos concretos para enfrentar os grandes desafios da Sustentabilidade no Brasil e no mundo.

Veja a íntegra deste documento.

CONTRIBUIÇÃO EMPRESARIAL PARA A PROMOÇÃO DA ECONOMIA VERDE E INCLUSIVA

As empresas e organizações signatárias deste documento estão comprometidas com o Desenvolvimento Sustentável.

Estamos acompanhando e participando das discussões relativas à Rio+20, a mais importante conferência multilateral focada na promoção do desenvolvimento sustentável desde a ECO-92.

Entendemos existir informação suficiente para poder-se afirmar que houve evolução no trato das questões sociais e ambientais de 1992 até hoje. Por outro lado os números mostram que ainda são muitos os desafios para o alcance de um nível de desenvolvimento adequado para todos. Segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Towards a Green Economy, 2011) há mais de 1,6 bilhões de pessoas sofrendo com falta de água e mais de 900 milhões desnutridos no mundo. Há sinais claros de esgotamento de alguns recursos naturais, seja como fontes de energia ou materiais, seja como destino para nossos rejeitos. Entre eles os gases de efeito estufa, cujas consequências já se fazem sentir no clima do planeta. O Brasil também apresenta suas mazelas. Segundo o IBGE (Indicadores de Desenvolvimento Sustentável, 2010), em 2008 havia mais de 15 milhões de famílias vivendo com menos de meio salário mínimo per capita por mês; mais de 40% das residências em zonas urbanas não tinham acesso a sistema de coleta de esgoto para tratamento e mais de 10% da nossa população com mais de 15 anos eram de analfabetos.

Por outro lado, por várias razões, o Brasil desponta como uma possível potência da economia verde e inclusiva. Mais de 48% da matriz energética brasileira eram de fonte renovável em 2009 (EPE / MME, 2010). O Brasil dispõe de mais de 20% do solo arável do planeta e felizmente conta com insolação e disponibilidade de água. Isso somado a uma cultura colaborativa e a uma classe empresarial cada vez mais engajada, consciente das suas responsabilidades e que quer atuar como protagonista, permite ao país ir muito mais além, ou seja, desenvolver-se de forma sustentável.

Com esse espírito positivo as empresas e organizações signatárias deste documento entendem que são parte da solução para a promoção da economia verde e inclusiva. Temos a convicção que o Brasil pode se tornar um país líder na promoção do desenvolvimento sustentável, um exemplo na promoção do equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, social e ambiental. Entendemos que esta postura favorece o país, as empresas e as organizações aqui localizadas e ao mesmo tempo pode vir a influenciar as posturas de outros países e ainda contribuir para a solução dos problemas em escala global.

As empresas e organizações signatárias deste documento desejam ser exemplo. Queremos, através dos nossos negócios, ampliar fortemente nossa contribuição para a promoção do desenvolvimento sustentável integrando cada vez mais a sustentabilidade em nossas estratégias de negócio, ao dia-a-dia das nossas operações e dos nossos diversos relacionamentos. Queremos ser reconhecidos pela sociedade por trazer soluções inovadoras que representem impactos reais na eficiência no uso dos recursos naturais (como água e energia), na redução da intensidade de emissões de carbono, na promoção dos direitos humanos e na inclusão social.

Dessa forma assumimos dez compromissos:

1. Buscar sempre o resultado econômico sustentável, aquele que considera a obtenção desses resultados associados à maximização dos benefícios ambientais e sociais e à minimização de possíveis impactos negativos;

2. Atuar nos nossos processos produtivos e nas nossas cadeias de valor (fornecedores e clientes) de forma a:

a. Continuar a melhorar a eficiência do uso de recursos ambientais (energia, materiais, solo, água etc.) e a reduzir qualquer forma de desperdício (resíduos, efluentes, gases de efeito estufa etc.);

b. Ampliar o uso de fontes de energia ou de matérias-primas renováveis;

c. Promover a geração de empregos dignos. Aqueles que consideram o atendimento aos diretos humanos e a capacidade das pessoas de se desenvolverem continuamente;

d. Promover o diálogo, a cooperação e o comprometimento visando ampliar a contribuição da cadeia para o desenvolvimento sustentável.

3. Reforçar nosso investimento em inovação e tecnologia de forma a introduzir novas soluções em processos, produtos e serviços que possibilitem a redução dos impactos decorrentes da produção, do uso e eventuais descartes associados aos produtos e serviços;

4. Fortalecer o papel do consumidor e a importâncias das suas escolhas de consumo considerando todo o ciclo de vida dos produtos e serviços;

5. Direcionar nossos investimentos sociais ao fortalecimento de três aspectos:

a. Inclusão social da camada mais pobre da população

b. Educação e desenvolvimento de competências para a sustentabilidade

c. Promoção da diversidade humana e cultural

6. Reforçar o cuidado com os nossos relacionamentos com as respectivas partes interessadas de forma a promover o comportamento ético e a coibir toda e qualquer forma de corrupção. Isso inclui os cuidados éticos no processo de comunicação das características dos nossos produtos e serviços;

7. Definir metas concretas para os aspectos mais relevantes da contribuição de cada um dos nossos negócios para o desenvolvimento sustentável e relatar publicamente a evolução do atendimento destes compromissos;

8. Promover a difusão do conhecimento, respeitando a propriedade intelectual, de melhores práticas empresariais focadas na ampliação da contribuição para o desenvolvimento econômico, social e ambiental;

9. Contribuir nas discussões sobre desenvolvimento sustentável, economia verde e inclusiva, economia de baixo carbono ou qualquer outro tema correlato nos fóruns empresariais, como sindicatos e associações, dos quais fazemos parte, especialmente no Comitê Brasileiro do Pacto Global; em universidades e escolas de negócios; junto à sociedade organizada e junto ao governo; de modo a influenciar e ser influenciado nessa interação;

10. Influenciar e apoiar as decisões e políticas do governo brasileiro que contribuam para o desenvolvimento sustentável.

Contudo, entendemos que o papel promotor e incentivador do governo é fundamental para o aumento da escala da nossa contribuição empresarial. Dessa forma chamamos a atenção para a importância do avanço em, no mínimo, cinco aspectos relacionados a políticas públicas:

A. Fortalecimento da educação em todos os níveis (primários, secundários, profissionalizantes, universitário e pós-graduação), dando destaque à difusão dos princípios e das práticas do desenvolvimento sustentável;

B. Favorecimento de investimentos em inovação, pesquisa e desenvolvimento de ciência e tecnologia, especialmente daqueles que podem introduzir melhorias radicais nos impactos ambientais e sociais;

C. Promoção da produção e do consumo mais sustentável, favorecendo aqueles que melhorem os impactos ambientais e sociais considerando todo o ciclo de vida dos produtos e serviços;

D. Apoio às empresas que assumam os riscos da introdução de novos produtos e serviços mais sustentáveis;

E. E fortalecimento da participação empresarial e da integração das diversas políticas nacionais e globais considerando o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, social e ambiental.

Assumindo esses dez compromissos, entendemos que estamos atuando de forma concreta para melhorar a qualidade de vida das pessoas no nosso planeta e para dar passos largos na busca da economia verde e inclusiva. Por outro lado, o compromisso do governo em reforçar esses cinco aspectos das políticas públicas irá facilitar a contribuição empresarial. Isso irá alavancar fortemente os resultados. Dessa forma, empresas, organizações, sociedade e governo estarão construindo juntos um novo cenário para os próximos 20 anos. Um cenário que propicie um desenvolvimento realmente sustentável.

Para saber mais sobre o Pacto Global Rede Brasileira e este documento sua participação na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, acesse: www.pactoglobal.org.br

Para saber mais sobre o Corporate Sustainability Forum, acesse: http://www.unglobalcompact.org/NewsAndEvents/rio_2012/index.html

Fonte: CTE

O edifício comercial Eldorado Business Tower, que obteve certificado Leed de sustentabilidade da ONG Green Building Council, estima ter economizado 30% de energia e conseguido uma redução de 50% na conta de água em 2011.

Quem repassa esses dados é o CTE (Centro de Tecnologia de Edificações), que prestou consultoria para o projeto, localizado na avenida das Nações Unidas, zona sudoeste de SP.

O desempenho é indício de que a aplicação do conceito de sustentabilidade em edificações não tem a ver exatamente com filantropia. A preocupação com o impacto ambiental fez a cabeça de arquitetos –mas a promessa de economia de recursos e a possibilidade de um marketing mais agressivo também determinaram decisões.

Segundo Anderson Benite, diretor financeiro da CTE, uma construção sustentável pode custar apenas de 2% a 5% mais do que obras de edifícios convencionais.

Embora outros arquitetos consultados pela Folha falem de orçamentos até 20% mais caros, o conceito em voga de sustentabilidade acabou determinando novos rumos no mercado de imóveis em São Paulo.

Somados os lançamentos de 2011 e os que serão feitos até o fim deste ano, 47,2% dos novos imóveis destinados a escritórios e comércio se associam ao perfil verde –consomem menos energia e água e fazem uso de materiais pouco agressivos ao ambiente.

A estimativa é da consultora de imóveis Cushman & Wakefield, que prevê maior adesão em Curitiba, onde 48,3% dos edifícios comerciais lançados nesse mesmo período terão características similares. Rio de Janeiro vem atrás de São Paulo, com índice equivalente a 40,8%.

Em números absolutos, no entanto, São Paulo dispara. Com ajuda dos empreendimentos lançados para a Copa, o índice representa 773,5 mil metros quadrados a mais em empreendimentos sustentáveis. Em Curitiba, o número cai para 78,8 mil metros quadrados.

Fonte: Folha de São Paulo

Fonte: SindusCon-SP

As operações de aquisição de unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida vinculadas às intervenções inseridas no PAC, selecionadas até 8 de julho de 2011, poderão ser contratadas até 31 de dezembro de 2012, nas condições normativas dispostas na Portaria nº 93, de 24 de fevereiro de 2010, do Ministério das Cidades, condicionado ao acréscimo de revestimento cerâmico nos pisos de todos os cômodos e em todas as paredes nas áreas molhadas; e, a critério dos proponentes, poderão adotar novos valores máximos de aquisição.

É o que dispõe a Portaria 238 do Ministério das Cidades, de 6 de julho (DOU de 8 de julho), que em seu Anexo 1 estipula esses novos valores. O documento também altera os valores máximos de aquisição de unidades habitacionais para propostas em diversos municípios com população limitada a cinquenta mil habitantes.

Ficou admitida a contratação, até 30 de junho de 2012, de projetos recepcionados pelas instituições financeiras oficiais federais até 30 de abril de 2012 nas condições normativas dispostas na Portaria nº 93, de 24 de fevereiro de 2010, do Ministério das Cidades, condicionado ao acréscimo de revestimento cerâmico.

A portaria ainda traz outras alterações, como a de que, a partir de 1º de julho de 2012, os empreendimentos sob a forma de condomínio deverão observar número máximo de 300 unidades habitacionais. Entretanto, ficaram convalidados os atos praticados pelas instituições financeiras federais a partir de 1º de janeiro de 2012, até a data de publicação desta Portaria, referentes à contratação de empreendimentos, sob a forma de condomínio composto por número superior a trezentas unidades habitacionais.

Em outra Portaria, a de nº 228, de 29 de maio, foram estabelecidas algumas modificações em relação às diretrizes gerais do PMCMV em municípios com população de até 50 mil habitantes, no âmbito do Programa Nacional de Habitação Urbana (PNHU).

Fonte: Sindusconsp

Por Sharon Terlep | The Wall Street Journal

Sob certos aspectos, a General Motors não vivia fase tão boa desde os áureos tempos dos carrões com rabo de peixe das décadas de 50 e 60. Ela registra lucro recorde, tem produtos competitivos e cresce nos mercados mundiais. Por que, então, o presidente mundial da GM, Dan Akerson, anda de cara feia?

Akerson e executivos na “nova” GM dizem cruzar a todo instante com os fantasmas da velha GM. A montadora continua operando como uma coleção de pequenas empresas regionais. Fragmentadas, suas operações de produção não conseguem capitalizar a presença mundial da empresa.

Fonte: Valor online

Por João Villaverde | De Brasília

O governo deve anunciar nas próximas semanas um conjunto de estímulos à indústria química e um programa de incentivo aos fabricantes de autopeças. As medidas estão sendo finalizadas pelos ministérios da Fazenda, Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia e serão submetidas à presidente Dilma Rousseff.

Heloísa Menezes, secretária de Desenvolvimento da Produção do Ministério do Desenvolvimento, diz que a ideia é conceder estímulos tributários e de crédito aos setores em troca de investimentos em inovação e maior utilização de conteúdo nacional. O pacote da indústria de autopeças visa preparar os fabricantes para o novo regime automotivo, a partir de 2013.

A Receita Federal faz uma avaliação sobre a situação fiscal das companhias do setor, que pediram ao governo, por meio do conselho de competitividade do setor automotivo (um dos 19 previstos no programa Brasil Maior) refinanciamento de dívidas com o Fisco. “Esse não é nosso ponto de partida. Já verificamos que os débitos com a União não são generalizados. Podemos contornar isso de forma pontual”, diz Heloísa. A ideia do governo é tornar as montadoras garantidoras de seus fornecedores – os fabricantes de autopeças – na tomada de empréstimos bancários. Renault e Volkswagen já fazem isso e os planos são de universalizar a prática.

O governo garantirá recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para projetos de inovação em autopeças, que terão acesso a instituições de pesquisa federais, ao Sebrae e Senai.

Para a indústria química será criado um regime especial de tributação. “Nosso desejo é estimular os investimentos, que estão represados, atrair centros de pesquisa e desenvolvimento para o Brasil e incentivar a inovação”, diz Heloísa. Para ela, o principal desafio é qualificar diferentes elos da cadeia produtiva, que têm sido “esvaziados” pelas importações. Haverá redução de alíquotas de impostos desde que as empresas utilizem insumos nacionais em seus processos produtivos. Nos 12 meses encerrados em abril, o déficit do setor foi de US$ 26,9 bilhões. Para auxiliar a indústria, o governo vai intensificar as compras que faz de fármacos e biofármacos, que contam com insumos da cadeia produtiva do ramo químico.

Fonte: Valor Online

As medidas tomadas pelo governo no fim de 2011 para reaquecer o consumo de eletrodomésticos da linha branca surtiram efeito na produção do setor. Ainda não é possível, no entanto, afirmar que serão eficazes também no setor industrial automotivo, disse André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou uma redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, além de ter tomado medidas para expandir a concessão de crédito voltado à compra de veículos. Uma tentativa de estimular a retomada da produção e evitar demissões nas montadoras.

“No caso das medidas para o setor de automóveis, temos de esperar os próximos resultados da pesquisa (Pesquisa Industrial Mensal). As medidas adotadas em outros períodos foram saudáveis para a produção, mas tem de conjugar com outros aspectos para ver se podem ter o mesmo efeito agora”, ponderou Macedo.

O coordenador do IBGE citou o problema de estoques em patamares altos e o aumento da inadimplência entre consumidores. “A inadimplência é um fator a ser considerado para ver o impacto que essas medidas vão ter dentro desse grupamento industrial”, apontou.

Enquanto a produção de automóveis recuou 14,9% no primeiro quadrimestre de 2012, a fabricação de eletrodomésticos da linha branca, que inclui fogões, refrigeradores e máquinas de lavar roupa, avançou 9,0% no período.

“Na linha branca, a partir do momento em que foram tomadas as medidas de estímulo, a produção se recupera. Na comparação com o último quadrimestre de 2011 (quando a linha branca tinha acumulado queda de 0,3%), há claramente um reflexo positivo da redução de IPI”, disse Macedo.

O setor de mobiliário, também beneficiado pela redução de IPI, acumulou alta de 12,3% na produção de janeiro a abril, mas o pesquisador do IBGE ainda acha prematuro atribuir o avanço à medida de estímulo.

Fonte: Diário do Grande ABC