News

Fonte: Revista Equipe de Obra
A aposta em soluções construtivas sustentáveis na execução do Centro Administrativo Raizen, do Grupo Cosan, em Piracicaba (SP), rendeu significativa redução nos custos da obra. No empreendimento, executado pela Omar Macksoud Engenharia, foram adotadas soluções para a obtenção da certificação Leadership in Energy and Environmental Design (Leed) de edificações sustentáveis – entre elas, a de se reduzir o encaminhamento de resíduos gerados durante a obra para aterros ou incineradores da região.

Em dez meses, foram gerados mais de 1.300 m³ de resíduos, dos quais 17% puderam ser reutilizados na própria obra, resultando em economia de R$ 13.200 – que teriam sido gastos com transporte e destinação do material.

“Se considerarmos também a economia obtida com novos materiais – pelo simples reúso -, teremos uma redução de custos que ultrapassa os R$ 20 mil”, explica o engenheiro Daniel K. Ohnuma, gerente de obras sustentáveis do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), que prestou consultoria ambiental à construtora. Veja a seguir os detalhes de cada solução.

Plásticos

Cerca de 5 m3 de lona preta foram separados dos demais resíduos e usados na camada de contenção de umidade na concretagem de uma calçada externa, enquanto 303 m³ de embalagens, tubos e conexões de PVC, baldes e copos foram enviados à cooperativa de catadores de lixo e reciclagem.

Entulho classe “A”

Restos de concreto, cortes de blocos e raspagem de pisos elevados e intertravados foram aterrados na própria obra, em locais especificados pela engenharia (subsolo de garagem, aterro do platô, aterro da entrada principal, aterro da Estação de Tratamento de Esgoto), somando 98 m³ de resíduos reutilizados. Outros 252 m³ de entulho de demolição foram para usina de reciclagem.

Madeira

Madeiras usadas em escoramentos, fôrmas e andaimes (90,5 m³) foram trituradas e utilizadas como compostos para o solo que receberia o paisagismo. Outros 200 m³ se destinaram a uma fábrica (detentora de licença ambiental), para a geração de energia (biomassa).

Gesso

Cerca de 13 m³ de gesso (forros e paredes) também viraram composto para o solo, junto com a madeira triturada. Outros 10 m³ de resíduos de drywall retornaram para o fabricante, como matéria-prima.

Manta Geotêxtil

A cura úmida das lajes foi feita com mantas geotêxteis, cujo entulho (15 m3) pode ser reaproveitado no sistema de drenagem da obra, servindo como envelope à tubulação das águas pluviais, enterrada.

Giovanny Gerolla

Colaboraram: Centro de Tecnologia de Edificações (CTE) e Omar Maksoud Engenharia.

Fonte: CTE

Cofix e Dominus conquistaram os dois troféus de ouro do “Prêmio Vitae-Rio Construção Segura, Empresa Viva”
Romário Ferreira, da revista Equipe de Obra

A sexta edição do “Prêmio Vitae-Rio Construção Segura, Empresa Viva” aconteceu na última quinta-feira (24) no Rio de Janeiro e premiou construtoras que investem na gestão de saúde e segurança nos canteiros de obras. Segundo o Seconci-Rio (Serviço Social da Indústria da Construção do Rio de Janeiro), que promoveu o evento em parceria com Sinduscon-Rio (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Rio de Janeiro), a grande novidade ficou por conta das empresas Cofix e Dominus, que ganharam, pela primeira vez, os dois troféus de ouro.

Houve também a entrega de mais 16 troféus às empresas que mais se dedicaram à construção segura, sendo cinco de prata, conquistados pela Dimensional, Fator Towers, Gafisa, WTorre e Calçada; e nove de bronze, que ficaram com João Fortes, Carvalho Hosken, Even, Tenda, Delta, Cyrela RJZ, H2M, CHL e Delta Construções.

Uma das novidades desta edição foi a entrega de cinco medalhas de ouro para valorizar práticas pró-ativas, que foram divididas nas categorias Gestão Ambiental, conquistada pela Cyrela RJZ; Gestão de Pessoas, pela CHL; Gestão de Responsabilidade Social, ganhada pela Calçada; Gestão de Segurança, conquistada pela Dimensional, e Maior Conjunto de Práticas Pró-Ativas, pela Cofix.

Ainda durante o evento, foi assinado um contrato de comodato com a Carvalho Hosken para a cessão de um terreno em Curicica, onde será instalada uma escola de formação profissional da indústria da construção civil, em parceria com o Sinduscon-Rio, Seconci-Rio e Senai-RJ.

Fonte: PINI Web

O primeiro empreendimento brasileiro a obter um selo ambiental foi uma agência do Banco Real (hoje Santander) em Cotia, São Paulo, em 2007. Conferida pelo United States Green Building Council (USGBC), a certificação Leed – Leadership in Energy and Environmental Design, de origem americana, disputa com o Processo Aqua a liderança do mercado de certificação no Brasil.

Surgido nos Estados Unidos no final dos anos 90, o selo ambiental já foi dado a 20,9 mil projetos no seu país de origem, além de outros tantos nos Emirados Árabes, China e Canadá. Destina-se a construções novas e grandes reformas de projetos comerciais e institucionais, incluindo prédios altos, edifícios de negócios e instalações recreativas. Baseado num sistema de pontuação, permite ao empreendedor definir estratégias de acordo com os seus objetivos e reúne sete pré-requisitos – entre eles, o uso racional da água, materiais e recursos e qualidade ambiental interna.

Já a certificação Aqua (Alta Qualidade Ambiental) apoia-se em indicadores adaptados à realidade brasileira e é conferida a edifícios habitacionais, prédios de escritórios, complexos esportivos e escolas mediante auditorias presenciais. Inspirado em normas francesas do sistema HQE (Haute Qualité Environnementale), foi lançada pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini em 2008, a partir de uma parceria entre a entidade certificadora, o Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo e o Centre Scientifique et Technique du Bâtiment (CSTB), instituto francês considerado referência mundial em pesquisas na construção civil. (M.C.)

Fonte: Valor Online

Pedro Kutney, AB

O BNDES se transformou no principal financiador da expansão da indústria automotiva no País. É o que demonstram os números revelados pelo presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho (foto), nesta sexta-feira, 25, durante sua exposição no 21º Congresso Fenabrave, em São Paulo. “Os investimentos do setor continuam promissores e o BNDES tem participação intensa nisso”, disse Coutinho.

De acordo com os dados do BNDES, os financiamentos em expansão e modernização de fábricas somam R$ 6 bilhões de 2007 a 2011 (até outubro). Coutinho destacou alguns desembolsos mais recentes, de R$ 1,3 bilhão para a Fiat e R$ 1,1 bilhão para a Mercedes-Benz – este último representa 73% do investimento de R$ 1,5 bilhão da montadora para o período 2010-2013. O banco também ajuda a financiar as exportações do setor, em contratos de adiantamento, que totalizam R$ 10 bilhões nos últimos quatro anos.

Mas a principal carteira do BNDES com o setor são as diversas modalidades de Finame. Boa parte dessa linha é destinada a financiar o que Coutinho chamou de “bens de capital sobre rodas”. De 2007 a outubro de 2011 o banco desembolsou quase R$ 94 bilhões para financiar a compra de caminhões, ônibus e máquinas agrícolas nas diversas modalidades do programa, que oferece taxas muito competitivas para os padrões brasileiros, de 10% a 12% ao ano, ou 0,8% a 0,95% ao mês.

Somente até outubro, este ano o BNDES já liberou R$ 24,6 bilhões nas linhas de Finame veicular, o que equivale a 73% dos financiamentos para aquisição de veículos pesados no País. No ritmo atual de concessões, este ano provavelmente o recorde de 2010 (R$ 28,5 bilhões) deverá ser superado. “Devemos fechar 2011 em patamar acima do de 2010, que foi o melhor da história da linha”, informou Coutinho.

O presidente do BNDES lembrou também que o banco de fomento tem pelo menos cinco linhas de apoio ao desenvolvimento tecnológico, que podem ser aproveitadas pelo setor automotivo, como o Pró-engenharia, Capital Inovador, Inovação Tecnológica, Inovação da Produção e a PSI Inovação.

Novidades chinesas

“Existem atualmente muitos projetos em andamento, especialmente de expansão de fábricas de veículos, que devem acrescentar mais 1 milhão de veículos/ano à capacidade instalada no País. Isso sem contar os investimentos em novas fábricas”, informou Coutinho, citando em especial o interesse dos fabricantes chineses. “Além da Chery e JAC, que anunciaram investimentos e localização da produção no Brasil, há outras quatro com projetos em andamento”, disse, mostrando um interessante slide em sua apresentação, indicando que a Changan tem intenção de se instalar no Espírito Santo, a Lifan no Rio de Janeiro, a Shacman em Campina Grande, na Paraíba, e a Brilliance ainda sem local definido.

Fonte: Automotive business

Brasil ocupa a sexta posição no ranking internacional de edificações verdes

Luana Fuentefria
FECOMÉRCIO/DIVULGAÇÃO/JC

Prédio da Fecomércio-RS, em Porto Alegre, será o primeiro a atender a critérios do selo Aqua no RS.
A importância de amparar a imagem de responsabilidade social tem abarcado, cada vez mais, a própria estrutura física das empresas brasileiras. A procura por construções sustentáveis já é parte da realidade do cenário corporativo, que responde por 50% desses empreendimentos no Brasil. A valorização dos edifícios verdes tem sido traduzida inclusive em certificações criadas e consolidadas pela alta demanda. Conforme o Green Building Council Brasil, o País é o sexto no ranking mundial de empreendimentos verdes.

No Estado, são menos de uma dezena de construções certificadas. A mais recente, que ainda está em fase de planejamento, é a do complexo da Fecomércio-RS, que até 2014 estará em funcionamento no bairro Anchieta. O empreendimento será o primeiro a atender aos critérios do selo Alta Qualidade Ambiental (Aqua) no Rio Grande do Sul. Conforme a arquiteta da Fecomércio-RS, Márcia Palma, a opção pela Aqua se deve ao fato de a certificação estar adaptada aos moldes brasileiros.

Dos 41 edifícios com o selo Aqua no País, que leva em conta 14 critérios – que avaliam a gestão ambiental das obras e as especificidades técnicas e arquitetônicas -, somente 14 são residenciais. Para o coordenador-executivo do processo Aqua na Fundação Vanzolini, instituição que desenvolveu e adaptou a metodologia ao Brasil, Manuel Martins, isso ocorre porque o mercado corporativo já confia na durabilidade e na economia de uso e manutenção desse tipo de edificação, o que vem acontecendo de forma mais lenta nos condomínios habitacionais. “As pessoas começam a perceber que é possível almejar viver em um ambiente assim, além dos benefícios no custo de manutenção”, observa. Martins avalia ainda que o Rio Grande do Sul apresenta potencial de crescimento no setor, pois tem competência profissional e histórico de preocupação com as questões ambientais.

O sócio da Krebs Sustentabilidade, que atua na nacionalização da certificação LEED, Carlos Krebs avalia que a construção sustentável no Brasil em comparação com outros países ainda é embrionária, e que o Estado vai a reboque do que o País indica como potencial de negócio. Um dos fatores, porém, é a dificuldade no acesso aos materiais. O vice-presidente e coordenador da Comissão do Meio Ambiente do Sinduscon-RS, Rafael Lonzetti, observa, no entanto, que é pequeno o investimento do poder público na ideia. Ele sugere que sejam concedidas linhas de crédito e benefícios tributários aos empreendedores que estão iniciando essa corrente, que ainda depende do baixo nível de interesse dos consumidores. O Sinduscon-RS, assim como a Câmara Brasileira da Indústria da Construção, tem realizado programas de conscientização para as empresas.

Lonzetti acredita que o setor está cada vez mais consciente quanto ao papel da sustentabilidade, assim como os próprios governos. Segundo ele, o próprio programa Minha Casa, Minha Vida é sustentável, visto que, na sua concepção, envolve ainda o desenvolvimento humano, segurança e moradia digna. O Selo Casa Azul, certificação de sustentabilidade da Caixa para empreendimentos habitacionais, é exemplo dessa tendência. As certificações levam em conta todo o ciclo de vida do produto, como o impacto que ele causa no contexto em que está inserido. O diretor da Inovatech Engenharia, consultoria para implantação da certificação Aqua, Luiz Henrique Ferreira, acredita que o foco das certificações deve ser no desempenho da obra, o que garante a sustentabilidade de fato. Isso porque avaliações desse tipo levam em conta as peculiaridades de cada região.

Custos de manutenção compensam aporte inicial na obra

Somente cerca de 25% de uma edificação é custo de produção. O resto corresponde à manutenção. Índice que comprova as vantagens da construção civil sustentável, embora requeira maior investimento inicial. O sócio da Krebs Sustentabilidade Carlos Krebs conta que o custo para a obtenção da certificação é muito mais do que financeiro, e sim de mudança de hábitos, e inclui a prática da multidisciplinaridade, com interação maior dos envolvidos, de forma a facilitar a concepção do projeto sustentável. “Para a construtora, a primeira vez é difícil. Mas depois de já ter os fornecedores, o custo é encontrar novos produtos e a forma de fazer as coisas”, diz.

O coordenador-executivo do processo Aqua na Fundação Vanzolini, Manuel Martins, esclarece que os custos dependem do padrão imobiliário. Apesar do investimento inicial maior, em torno de 2% a 7%, conforme alguns profissionais do setor, o consumo de energia pode ser, em média, 30% menor, e o de água, 30% a 50%. “O investimento inicial é absorvido pelos empreendedores no sentido de ter maior velocidade de venda e preferência na escolha do consumidor”, avalia.

Outro fator que influencia o custo, observa, é o planejamento inicial. O diferencial da Aqua, segundo ele, é a mudança na cultura de construção. A ideia é que os empreendedores invistam fortemente nas fases iniciais para que as escolhas sejam benfeitas, além da necessidade de gerenciamento integrado desde o programa até a entrega.

Segundo o diretor da Inovatech Engenharia, Luiz Henrique Ferreira, o investimento inicial depende da linha de base, ou seja, até que ponto a construtora tem seus processos adaptados. “Temos observado que, entre a maioria dos clientes, quando faz um bom projeto e planeja bem o nível de qualidade, o investimento é pequeno, porque nada mais é do que uma construção benfeita que leva em conta o nível de sustentabilidade. Quando a linha de base já é alta, o investimento adicional pode ser zero”, comenta. Ferreira conta que no mercado corporativo a valorização dessas edificações já é fato, porém, essa somente será uma realidade no País quando for abarcada pelo governo federal, o maior comprador do mercado imobiliário.

Fonte: Uol

Michele Loureiro (mloureiro@brasileconomico.com.br)
22/11/11 13:58

Camaçari (BA), Resende (RJ) e Suape (PE) lideram disputa para atrair fábricas que serão erguidas pela Volkswagen, BMW, Land Rover, Lifan Motors, Hyundai e Districar.

O interesse de montadoras tradicionais e marcas entrantes em instalar fábricas no país criou uma nova rodada de disputa entre estados que nos últimos anos se esforçam para consolidar sua posição como polos produtores de veículos.

As novas fronteiras da indústria automotiva, cada vez mais distantes do ABC paulista, o berço da indústria, tentam seduzir como podem companhias como Volkswagen, BMW, Land Rover, Lifan Motors, Hyundai e Districar – representante das marcas chinesas Changan, SsangYong, Haima e JMC.

O flerte dos governos é quase sempre o mesmo: incentivos fiscais generosos, facilidades nas negociações trabalhistas e vantagens logísticas. Os polos de Camaçari, na Bahia, Rezende, no Rio de Janeiro e Suape, em Pernambuco, tentam angariar novas empresas.

Restrito nos últimos dez anos a apenas uma fábrica, da Ford em Camaçari, na Bahia, o Nordeste desponta como nova preferência das companhias e deve ganhar musculatura nos próximos anos.

Pernambuco já captou R$ 4 bilhões para a construção de uma fábrica da Fiat, em Goiana, acertou a instalação de duas montadoras chinesas de motos, a Sazaki e a Shineray, e está no páreo para receber as novas unidades da Volkswagen e da BMW.

A Bahia, por sua vez, hospedará sua segunda fábrica, a da chinesa Jac Motors, com aporte de R$ 900 milhões.

Como consequência, o estado deve ter ainda seu parque de fornecedores de autopeças ampliado para dar conta do aumento da demanda local. Recentemente, a Basf, que produz resinas automotivas, aportará US$ 800 milhões para uma nova fábrica no Polo Industrial de Camaçari.

Atualmente os baianos respondem por 5,7% da produção brasileira de veículos, devendo chegar a cerca de 10% em 2016 com a instalação da Jac.

“Os investimentos previstos para o setor nos próximos cinco anos somam cerca de US$ 2,5 bilhões”, comemora o governador da Bahia, Jaques Wagner. Na conta, estão incluídas a ampliação e instalação de montadoras de automóveis, motocicletas e fabricantes de componentes e autopeças.

Wagner afirmou que não “fará leilão” para captar novas montadoras, referindo-se a benefícios fiscais excessivos, mas disse que vai se esforçar ao máximo para consolidar a Bahia como fabricantes de veículos e transformar a região no que chamou de “China brasileira”.

Grande ABC

Esse movimento acontece ao mesmo tempo em que o parque automotivo do Grande ABC perde força. Já se vão 52 anos desde que a Volkswagen iniciou atividades em São Bernardo. Na mesma época, General Motors (GM) e Ford também abriram unidades na região, atraindo fabricantes de veículos pesados como Scania e Mercedes-Benz.

O aumento do custo de mão de obra e a falta de incentivos fiscais acabaram tirando competitividade do ABC. Nos anos 1970, a Fiat abriu a primeira nova fronteira com sua fábrica em Betim, Minas Gerais.

Nas duas décadas seguintes, a atividade se dispersou para o Sul (Paraná e Rio Grande do Sul), avançando depois para o Rio de Janeiro, Goiás e Bahia.

Segundo dados da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), 37 municípios de 8 estados produzem carros no Brasil.

São Paulo, que até os anos 1980 detinha cerca de 95% da produção nacional, ainda responde por 46% mas, apesar do saldo favorável, o número é justificado pela criação de um novo polo no interior, com a chegada da Honda, Toyota, Hyundai e Chery.

Fonte: Brasil Economia