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Andrea Vialli e Rejane Lima – O Estado de S.Paulo

ENVIADA ESPECIAL / CUBATÃO

A construção verde, com tecnologias que poupam água, energia elétrica e usam materiais que afetam menos o ambiente, não é mais privilégio de edifícios corporativos ou condomínios de alta renda. Em São Paulo, conjuntos habitacionais populares já ostentam várias dessas tecnologias.

A Companhia de Desenvolvimento Urbano e Social (CDHU) começou a experimentar a construção verde em casas populares em 2007. Uma delas, o conjunto habitacional Rubens Lara, em Cubatão, chamou a atenção das Nações Unidas. O programa Sushi (Iniciativa de Habitação Social Sustentável, na sigla em inglês), do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, reconheceu o projeto como alternativa que pode ser replicada.

Silvio Torres, secretário estadual de Habitação, diz que a incorporação de tecnologias verdes na construção de moradias populares faz parte de um programa mais abrangente, a remoção da população de áreas consideradas de risco (mais informações nesta página). “Hoje existem no Estado 350 mil unidades habitacionais do CDHU e há potencial para que 200 mil adotem tecnologias verdes”, diz.

Outro conjunto da CDHU, em Santo André, é construído com critérios verdes. A meta é buscar uma certificação de mercado de construção verde.

“O grande desafio é conciliar baratos com tecnologias mais caras – mas que podem proporcionar economia no longo prazo”, diz o secretário. É o caso do aquecedor solar, que, embora mais caro que o chuveiro elétrico, proporciona uma economia de cerca de 30% na conta de energia.

Luz natural. Em geral, construir de forma verde custa 10% mais que uma obra comum. “Mas isso não é custo, é investimento”, diz Marcelo Prado, arquiteto responsável pelo conjunto de Cubatão. De longe, já se percebe que as janelas dos prédios do Rubens Lara são maiores que as das construções populares mais antigas que o rodeiam.

As janelas amplas, que permitem maior iluminação e ventilação dos imóveis, e os cilindros metálicos, que integram o sistema de captação de energia solar para aquecer a água, são duas das várias medidas de construção verde utilizadas pela CDHU no conjunto construído para abrigar famílias retiradas das encostas da Serra do Mar.

Segundo o assessor de sustentabilidade da Secretaria de Habitação, Gil Scatena, as medidas que facilitam a acessibilidade também chamaram a atenção da ONU. “As portas são mais largas, as janelas e interruptores estão em altura adequada e há apartamentos térreos para portadores de deficiência”, explica.

 

Fonte: Estadão

São Paulo – A indústria automobilística brasileira registrou recorde em vendas no último semestre, de 1,73 milhão de veículos, com um crescimento de 10% em relação a igual período de 2010, e já projeta um crescimento de 5% para este ano, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Por outro lado, o setor começa a se preocupar com o alto estoque e com os efeitos das medidas de contenção de consumo adotadas pelo governo federal.

“Esse crescimento foi sustentado pelas vendas dos importados, que avançaram 38%, enquanto os nacionais avançaram 3,9%. Não vamos deixar de crescer, e com muita cautela, alcançaremos mais 5% até o final deste ano”, adiantou Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, ontem, ao anunciar o balanço semestral da entidade em São Paulo.

Só em junho, foram vendidos 304,3 mil veículos, uma alta de 15,8% na comparação anual. Na comparação com maio, no entanto, houve baixa de 4,5% nas vendas.

A expectativa da Anfavea é de que as vendas de veículos zero quilômetro neste ano chegue a 3,69 milhões, ultrapassando o recorde de 2010, quando foram vendidas 3,52 milhões de unidades.

A Anfavea alerta sobre a situação dos estoques, tanto nos pátios das concessionárias, quanto dos importados, nos portos brasileiros. No primeiro caso, Belini diz que não há com que se preocupar, pois a média de estoques hoje dá para 32 dias de vendas – apenas dois dias a mais que o normal. “Os estoques nas concessionárias, por enquanto, não preocupam”, afirma Belini.

Se começar a passar de 35 dias torna-se preocupante, diz ele, pois o custo de estocagem começa a subir. “Se ficar acima de 40 dias, é perigoso”, afirma Belini, acrescentando que em maio deste ano eram pouco mais de 84 mil unidades em estoque. Em junho, já chegava a 105 mil veículos parados.

Já no caso dos importados parados nos portos brasileiros, Belini diz que o problema é burocrático. No caso dos veículos argentinos, em que se previa maior agilidade na distribuição, Belini diz que o governo garantiu que em no máximo 20 dias já sairão dos portos.

Importações e exportações

A indústria automotiva brasileira encerrou o primeiro semestre deste ano com um saldo negativo entre suas importações e exportações de 140 mil veículos. O volume é 350% maior que o registrado nos seis primeiros meses de 2010, quando o número de importados havia superado as exportações em 40 mil unidades. A produção de veículos no Brasil somou 295,6 mil unidades em junho deste ano, um recuo de 2,8% ante maio e uma alta de 4,1% na comparação com junho do ano passado.

Fonte: DCI

Construtoras do projeto passarão a ocupar as chamadas regiões periféricas do estado, segundo seus representantes

Residencial Casas do Parque do Programa Minha casa, Minha Vida em Campinas

Governo lançou oficialmente em meados do mês passado a segunda fase do Minha Casa, Minha Vida

São Paulo – A escassez de espaços adequados para construção de imóveis na capital paulista deve fazer com que o principal público a ser atendido pelo programa Minha Casa, Minha Vida em São Paulo passe a ocupar as chamadas regiões periféricas do Estado, afirmaram representantes de construtoras e incorporadoras nesta terça-feira.

“(A cidade de) São Paulo não tem terrenos que viabilizem projetos do Minha Casa, Minha Vida. Pode-se atuar no extremo leste do Estado, mas não há condição de construir para o principal público do programa nos grandes centros urbanos”, disse o diretor geral da Living –braço da Cyrela Brazil Realty voltado para baixa renda–, Antônio Guedes, em evento do Secovi-SP, que representa o setor imobiliário na capital paulista.

Segundo o executivo, além de passar a considerar o interior do Estado, o setor tem como desafio ainda maior a criação de infraestrutura necessária para que sejam desenvolvidas habitações em condições adequadas.

“A grande questão é usar o interior de São Paulo e criar infraestrutura, caso contrário será muito difícil construir imóveis para essa classe”, acrescentou, se referindo à população que ganha até 1.600 reais por mês e que será contemplada com 60 por cento das 2 milhões de moradias no país previstas na segunda fase do programa habitacional.

Na visão do diretor superintendente da Direcional Engenharia, Roberto Senna, a parceria entre os governos federal, estadual e municipal é determinante para que a criação de moradias para a população de baixa renda não tenha efeito contrário ao previsto, dando origem a um novo problema: a “favelização” das regiões.

“Não adianta pensar em novas unidades habitacionais sem pensar nos desafios, principalmente infraestrutura. Nem governo nem iniciativa privada sozinhos conseguem isso. O programa só pode ser levado adiante com atuação conjunta”, disse ele.

O governo lançou oficialmente em meados do mês passado a segunda fase do Minha Casa, Minha Vida, com recursos da ordem de 125,7 bilhões de reais. O preço médio das habitações nesta etapa passou a 55,2 mil reais.

Fonte: Exame

BASF atinge seu melhor resultado na região no ano passado. Publicação traz destaques da atuação dos negócios, relacionamento com a comunidade, Fundação Espaço ECO e gestão ambiental.

O Relatório apresenta os resultados da BASF na América do Sul em 2010, ano considerado o melhor na história da empresa na região. A publicação resume as informações mais significativas referentes ao desempenho dos negócios, à atuação socioambiental e ao envolvimento com as partes interessadas (colaboradores, comunidades, parceiros, clientes, governos e ONGs).

No último ano, as vendas tiveram aumento significativo, o posicionamento em segmentos estratégicos – proteção de cultivos e tintas – foi fortalecido e as oportunidades de negócios se ampliaram. A BASF alcançou um volume de vendas de € 3.817 milhões na região, impulsionado pelo aumento do consumo dos produtos e das exportações.

Uma das iniciativas de destaque é a consolidação da integração dos negócios adquiridos da Ciba e o início do processo de integração da Cognis, uma das protagonistas mundiais de químicos especializados e ingredientes nutricionais.

Inaugurações na região- No ano de 2010, a BASF inaugurou o Laboratório de Monitoramento de Resíduos e Testes para Pragas Urbanas e o Laboratório de Cultura de Células, voltado para o mercado de cosméticos, no Brasil; e a CasaE – moradia de eficiência energética –, na Argentina. Foi iniciada a construção da fábrica brasileira de metilato de sódio, anunciada no final de 2009. E, atualmente, a empresa explora novas oportunidades de investimento, que incluem a produção de ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes (SAP), no Brasil.

Perto da comunidade- Em 2010 a BASF abriu as portas do Complexo de Tintas e Vernizes para compartilhar suas práticas de segurança, saúde e meio ambiente com a comunidade. Foi um dos eventos mais significativos do ano, por sua complexidade e pelo número de convidados – cerca de 4 mil pessoas, entre colaboradores, familiares, parceiros, autoridades, imprensa, moradores locais e representantes de instituições.

Trabalho reconhecido- A empresa conquistou em 2010 alguns prêmios. Pelo quinto ano consecutivo, a BASF, no Brasil, figura na lista do Guia As Melhores Empresas para Você Trabalhar da Você S/A Exame. A revista Época apontou a empresa como a segunda mais inovadora do Pais, pela performance da marca Suvinil. Ainda obteve destaque nos setores químico e petroquímico no ranking As Melhores da Dinheiro 2010, da revista IstoÉ Dinheiro.

Atuação sustentável- Para a BASF, a sustentabilidade é um valor que permeia todas as ações e áreas. Para levar isso a todos os seus colaboradores, no ano passado foram intensificadas as campanhas de segurança e de conscientização sobre a importância dos cuidados com o planeta. A proteção climática faz parte da estratégia, que tem o compromisso de diminuir os impactos e reduzir o consumo de recursos naturais 100 anos de história.

A empresa celebrou datas significativas em diversas unidades na América do Sul em 2010. Foram 60 anos do Complexo de Tintas e Vernizes, em São Bernardo do Campo (SP); 15 anos da unidade de poliuretanos, em Mauá (SP); 10 anos da unidade de tecnologias ambientais (catalisadores), em Indaiatuba (SP); 30 anos da Estação Experimental Agrícola de Santo Antônio de Posse (SP), 60 anos de atuação na Argentina e 5 anos da criação da Fundação Espaço ECO (SP). Em 2011, a BASF celebra um século de história no Brasil.

Próximos planos- A BASF pretende identificar novas oportunidades para suprir as megatendências globais – produzir alimentos, gerar energia, poupar recursos naturais e promover o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Deseja ampliar sua atuação seguindo o aquecimento de mercado gerado pelo Campeonato Mundial de Futebol, em 2014, e pelas Olimpíadas, em 2016.

O Relatório da América do Sul 2010 pode ser conferido na versão on-line em português, inglês e espanhol no site http://relatorio.basf.com.br.

BASF Brasil 100 anos. Transformando a química da vida. 2011: Ano Internacional da Química – Química para um mundo melhor – O ano de 2011 é coincidentemente marcado por dois importantes acontecimentos no mundo da ciência: os 100 anos da BASF no Brasil e na América do Sul e o Ano Internacional da Química, decretado pela UNESCO, órgão de educação das Organizações das Nações Unidas, com a participação da IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada) e homenagem ao centenário do Prêmio Nobel de Química concedido à franco-polonesa Marie Curie, que visa ampliar a consciência da população sobre a importância da Química para o a melhoria da qualidade de vida e a saúde das pessoas, assim como sobre a importância da Química em todo o ambiente humano. Neste mesmo contexto, o centenário da BASF na região é celebrado com a sensibilização sobre contribuição da química para o desenvolvimento da sociedade, tendo as megatendências globais como motivadores para suas inovações. Química é transformar o que já existe, é criar o novo, é melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Perfil-A BASF é a empresa química líder mundial: The Chemical Company. Seu portfólio de produtos oferece desde químicos, plásticos, produtos de performance e produtos para agricultura até petróleo e gás. Como uma parceira confiável, cria a química para ajudar seus clientes de todas as indústrias a atingir ainda mais o sucesso. Com seus produtos de alto valor e soluções inteligentes, a BASF tem um papel importante para encontrar respostas a desafios globais como proteção climática, eficiência energética, nutrição e mobilidade. A BASF contabilizou vendas em mais de 63,9 bilhões de euros em 2010 e contava, aproximadamente, com 109.000 colaboradores no final do ano.

As vendas na América do Sul totalizaram, aproximadamente, €3.8 bilhões de euros em 2010 (Esse resultado abrange os negócios realizados pelas empresas do Grupo na região, incluindo a Wintershall – empresa situada na Argentina, voltada a produção de óleo cru e gás). – Na América do Sul, a BASF contava com mais de 6.000 colaboradores em 31 de dezembro de 2010.

Fonte: Revista Fator

Iniciativa prevê acompanhamento da obra por especialistas, ingerência de suprimentos sobre o almoxarifado e mudança no controle do consumo de materiais

Pâmela Reis, da revista Construção Mercado

A Gafisa está desenvolvendo uma reestruturação de processos internos para minimizar os gargalos de produção ocasionados pela alta demanda de obras. Batizado de Projeto Construir, a iniciativa foi estruturada após um diagnóstico das principais dificuldades enfrentadas nos canteiros de obra da empresa.

O projeto está calcado em três pilares. O primeiro deles é a alocação de especialistas nas áreas de fundações, estruturas, instalações e acabamento para acompanhar a execução da obra, dando apoio técnico ao engenheiro. “Identificamos uma baixa senioridade no campo, ou seja, os engenheiros estão mais novos. Um dos pilares do Projeto Construir é fazer com que esses especialistas deem suporte à engenharia de campo para garantir a performance do projeto desenvolvido”, explicou Mario Rocha Neto, diretor superintendente de construção da Gafisa.

A segunda medida veio da constatação de que as medições de consumo de materiais constantemente ficavam descoladas da realidade, deixando os custos vulneráveis. Para remediar a situação, o almoxarifado das obras passou a responder diretamente à área de suprimentos da Gafisa, e não mais à obra, acirrando o acompanhamento do consumo e da logística pelas áreas internas.

A terceira mudança afetou a forma como os insumos são cadastrados do ERP da empresa, para facilitar a auditoria pela área de planejamento e controle. “Antes nossa orçamentação era feita por item, por exemplo, 5 mil m³ de concreto para determinada obra”, comenta Mario Rocha Neto. “Estamos passando a cadastrar o concreto no ERP por laje, ou seja, ao invés de cadastrar 5 mil m³ de concreto e dar baixa no volume consumido ao longo da obra, cadastramos por laje e via sistema conseguimos auditar se houve desvios ou não. Só então vamos para uma auditoria física”.

Rocha Neto foi um dos palestrantes do seminário Superdemanda de Obras e os Desafios da Produção, realizado pela PINI nesta terça-feira (14).

Fonte: PINIweb

O crescimento da renda das famílias, a rigorosidade na regulação do mercado financeiro e a alta taxa de juros seriam indicadores de que o mercado não corre risco

Pâmela Reis, da revista Construção Mercado

O economista José Roberto Mendonça de Barros, sócio da consultoria MB Associados, descartou a possibilidade de haver uma bolha no mercado imobiliário brasileiro. “Nossos preços aumentaram porque a demanda foi liberada”, afirmou ele durante sua apresentação no seminário “Ampliando o funding para o mercado imobiliário”, promovido pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) em 2 de junho.  Para Mendonça Barros, o crescimento da renda do brasileiro justifica a forte demanda, mas há uma série de fatores macroeconômicos que ajudam a eliminar o risco de um eventual crescimento artificial dos preços. 

De acordo com estudo desenvolvido em 2010 pela MB Associados, a pedido da Abecip, “a economia brasileira hoje segue em trajetória sustentável, sem riscos macroeconômicos de curto prazo relevantes. (…) a perspectiva é de continuidade de crescimento da economia para os próximos anos, com taxa média de expansão do PIB entre 4,5% e 5% até 2015”. O estudo aponta que não há sinais de mudança política ou econômica que implique em maior liberalização financeira ou conduza a taxas de juros excessivamente baixas.

A forte regulação do sistema financeiro do país seria uma razão para confiar na solidez do cenário econômico. “Há uma grande quantidade de informações que o setor bancário precisa repassar para o BC [Banco Central], o que garante que situações de risco sistêmico não se formem com facilidade”. Além disso, o grau de alavancagem dos financiamentos imobiliários ainda é baixo, comparado a outros países, e o mercado secundário ainda é incipiente. O estudo cita o caso dos CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), cujo estoque não passa de 12% total de crédito imobiliário, enquanto nos Estados Unidos a securitização correspondia à quase totalidade do financiamento.

O estudo ressalta ainda as altas taxas de juros do Brasil. As bolhas de preços de ativos, em geral, aparecem em situações onde a liberalização financeira leva a taxas reais de juros negativas ou muito baixas. Nesse sentido, “a Selic ainda é cara para o tomador e deveríamos ter vários anos seguidos de custo do dinheiro baixo para fornecer espaço para o crescimento de outros preços de ativos”, afirma o texto do estudo.

Por fim, a oferta de imóveis normalmente demora para alcançar a demanda, já que se trata de bens que levam tempo para serem construídos. Num momento em que a demanda brasileira por imóveis é maior que a oferta é natural que os preços sejam pressionados.

Veja a íntegra do estudo aqui

Fonte: PINIweb