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Dois Projetos de Lei, cada um sobre um tipo de cobertura, tramitam simultaneamente na Câmara Municipal com o objetivo de melhorar o conforto ambiental dos imóveis

Mauricio Lima

A Câmara Municipal de São Paulo discute atualmente dois Projetos de Lei referentes às coberturas dos imóveis da cidade. Um deles, o PL 615/09, de autoria do vereador Antônio Goulart (PMDB), prevê que todos os imóveis da cidade sejam pintados na cor branca, enquanto o outro, o PL 115/09, proposto pela vereadora Sandra Tadeu (DEM), prevê que novos condomínios edificados com mais de três unidades contem com “telhado verde”. Os dois PLs já foram aprovados em primeira fase pela Câmara, mas ainda não há estimativa para as votações em definitivo.

Projeto de Lei que exige obrigatoriedade, principalmente pela cobertura branca em toda a cidade, gera polêmica no setor

O objetivo dos projetos é o mesmo: diminuir as ilhas de calor na capital paulista. O telhado branco contribui para essa redução, pois tem como uma das características a capacidade de refletir os raios solares, enquanto telhados escuros absorvem esses raios, aumentando as ilhas de calor. Já a camada de terra dos “telhados verdes”, por sua vez, promove o aumento da inércia térmica da cobertura, de modo que sua temperatura não mude tão rapidamente.

Apesar dos dois sistemas apresentarem características para melhorar o conforto térmico do ambiente, o setor apresenta opiniões diferentes sobre o tipo de cobertura mais adequada. O Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) divulgou recentemente uma nota afirmando que “a utilização da cor branca ou clara de forma generalizada pode trazer problemas funcionais para o ambiente construído, pois a excessiva reflexão de luz pode causar ofuscamento e desconforto visual para ocupantes de edifícios vizinhos”.

O Sindicato da Habitação (Secovi-SP) também divulgou notícia convergente à posição do CBCS em seu site : “Além de desnecessária, a especificação de qualquer cor ignora necessidades estéticas, culturais e de funcionalidade, podendo descaracterizar conjuntos históricos”.

Já o Green Building Council Brasil (GBC Brasil), por meio da campanha “One Degree Less”, defende que se os raios forem refletidos, além da diminuição do número de ilhas de calor, há também a redução da utilização de ar-condicionado, diminuindo a emissão de gás carbônico. O conselho cita inclusive um estudo realizado pelo Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, na Califórnia, que mostrou que coberturas escuras absorvem 80% do calor e as claras refletem até 90% da luz solar.

Segundo a pesquisadora Maria Akutsu, responsável pelo Laboratório de Higrotermia e Iluminação do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo) o problema está na obrigatoriedade do uso de um dos sistemas, se um dos projetos for aprovado, já que a aplicação de quaisquer soluções dependem de vários fatores, que podem não ser necessariamente adequados para todos os casos. O arquiteto Lourenço Gimenes, do escritório FGMF, compartilha da mesma opinião: “A aplicação desses dois tipos de telhados deve ser estudada caso a caso. Se você tiver uma cobertura que é ocupada pela caixa do elevador, pela caixa d’água e por painéis solares, você vai pintar o quê de branco? Ou vai colocar um pequeno espaço com vegetação?”.

Gimenes ainda defende que a cobertura não é o único fator a provocar um impacto térmico no edifício. “As fachadas norte, leste e oeste recebem calor praticamente o dia todo, mas é dada pouca atenção para elas, que têm um impacto muito maior no conforto térmico”, diz o arquiteto.

Entre as duas opções de cobertura, a pesquisadora do IPT ainda defende o telhado verde que, segundo ela, traz vantagens como a melhoria da qualidade do ar e a maior retenção de água da chuva. Caso o PL favorável às coberturas brancas seja aprovado, ela observa alguns fatores que merecem atenção: “deve-se primeiro haver cuidado com a qualidade da tinta, para que não crie fungos. Além disso, uma telha cerâmica, ao ser pintada, por exemplo, pode perder algumas de características, como a porosidade”, finaliza.

Fonte: Fonte: PINIweb

Construtora Paulista deterá 80% de participação nos empreendimentos já lançados e parcialmente vendidos pela empresa negociada

A Rossi Residencial adquiriu 70% da construtora Norton, uma das maiores do setor na região Nordeste do País. Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a nova empresa será chamada de Norcon Rossi. A IGC-Partners e o Banco BTG Pactual atuaram como assessores da Rossi na transação.

A partir de agora, a Rossi deterá 80% de participação nos empreendimentos já lançados e parcialmente vendidos pela Norcon, que ainda será responsável pela realização de novos empreendimentos imobiliários. Segundo Cassio Audi, diretor financeiro e de relações com investidores, o objetivo da nova empresa é lançar R$ 2,8 bilhões até 2013.

A Rossi será responsável pela gestão financeira e operacional da Norcon Rossi, enquanto a Norcon fornecerá os terrenos e a mão de obra. Além disso, ambas as empresas já operam com a tecnologia de construção em pré-fabricados. A parceria faz parte da estratégia da Rossi de diversificar suas atividades para novas regiões que apresentam alto potencial de desenvolvimento de negócios e continuar crescendo nos mercados onde já está presente.

Resultados

No final da semana passada, a Rossi divulgou que as vendas no primeiro trimestre de 2011 totalizaram R$ 768 milhões, 15% superior ao primeiro trimestre de 2010. Já os lançamentos registraram R$ 723 milhões, aumento de 27% comparado com o mesmo período de 2010. Nos primeiros três meses de 2011, a empresa lançou 11 empreendimentos, somando 2.650 unidades.

Fonte: PINIweb

Segundo pesquisa da Confederação Nacional das Indústrias, escassez ainda é maior entre os trabalhadores de nível básico. Pedreiros e serventes não são encontrados por 94% das empresas.

À medida que o setor da construção civil cresce, aumentam os problemas com a contratação de profissionais no País. Segundo sondagem especial realizada pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias), 89% das empresas da construção civil sofrem com a falta de mão de obra qualificada.

Ainda de acordo com o estudo realizado em parceria com a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), a escassez não se limita aos profissionais mais especializados. Entre os empresários que enfrentam dificuldades com as contratações, 94% não encontram trabalhadores de nível básico, como pedreiros e serventes.

Segundo os entrevistados, as categorias profissionais em que a falta de qualificação traz maiores prejuízos ao funcionamento das empresas são aquelas vinculadas diretamente à execução da obra. Há falta de funcionários de nível básico, como pedreiros e serventes; de nível técnico, como encarregados e mestres de obra; de funcionários especializados, como engenheiros e arquitetos; e de profissionais da área gerencial. Os resultados contrastam com estimativa do Ipea divulgada recentemente, a qual aponta que a construção civil terá 170 mil trabalhadores sem emprego em 2011.

Na avaliação de 61% dos empresários entrevistados pela CNI, a baixa oferta de mão de obra qualificada reduz a produtividade do setor. Para 59% dos participantes da pesquisa, essa situação compromete a qualidade das obras e 57% disseram ter problemas com o cumprimento dos prazos. “A perda de qualidade e o atraso nos prazos de entrega das obras resultam em perda de competitividade para o restante da economia brasileira”, afirmaram os pesquisadores. O atraso nas entregas de obras também pode acarretar outro problema às construtoras se um projeto de Lei que tramita na Câmara dos deputados for aprovado. O PL 178/2011 prevê a anulação de tolerância em atrasos na entrega de obras. As construtoras só ficarão isentas de multas se comprovarem que a demora decorreu de dolo ou culpa do consumidor.

Durante a sondagem, um dos principais problemas apresentados foi a alta rotatividade dos profissionais, além da baixa qualidade da educação básica no País. Para melhorar o cenário, 64% dos donos de construtoras investem em capacitação de pessoal dentro da própria empresa e 45% adotam incentivos para retenção do trabalhador, como aumento de salários e outros benefícios. Outros 43% terceirizam serviços ou processos da produção.

A pesquisa foi feita com 385 empresas entre os dias 3 e 20 de janeiro. Entre as empresas entrevistadas 191 são de pequeno porte, 145 são médias e 49, grandes.

Fonte: Piniweb

Além da falta de mão de obra especializada, demora em obter documentação da obra compromete o cumprimento de prazos.

Naiana Oscar e Luiz Guilherme Gerbelli –
O “boom imobiliário” escancarou uma série de gargalos na indústria da construção civil nos últimos anos. Alguns deles, como a escassez de material e de máquinas, estão aos poucos sendo superados com gestão e planejamento. Mas ainda há dois entraves que a indústria não dá jeito de vencer: a falta de mão de obra e a burocracia, que emperra obras e reduz a rentabilidade do setor.

A cidade de São Paulo, segundo os empresários, é um bom exemplo disso. Eles relatam que antes da retomada do setor imobiliário os trâmites para obter alvarás e regularizar a obra levavam em média seis meses para serem concluídos. Agora, não duram menos de um ano. Um projeto mais complexo pode ter de passar pelo crivo de até 10 secretarias municipais, sem contar os órgãos colegiados, que se reúnem a cada 15 dias para avaliar os pedidos. São quilos de papéis levados de um lado para o outro.

“O fato é que registramos um crescimento de 40% nos últimos cinco anos e os órgãos públicos mantiveram as mesmas estruturas”, afirma Celso Petrucci, economista do Secovi-SP. Ele considera a burocracia o maior obstáculo enfrentado pelo setor atualmente e diz que esse é um dos principais fatores que podem frear o crescimento do mercado imobiliário daqui para a frente.

Da compra do terreno até a entrega das chaves, as incorporadoras se deparam com dois momentos críticos para a documentação. Primeiro, para obter o alvará do projeto, que libera a venda das unidades, e, em seguida, para conseguir a autorização de construção. Essas etapas iniciais não chegam a impactar no prazo para entrega das chaves ou gerar atraso para o consumidor. “Mas doem no nosso bolso, e quem acaba pagando por isso, no fim, é o cliente”, diz Petrucci.

Na segunda-feira passada, o Estado revelou que, para evitar desgastes com atrasos de obras, as incorporadoras passaram a trabalhar com prazos maiores. No primeiro trimestre de 2007, 25% dos empreendimentos lançados na Grande São Paulo tinham prazo de entrega entre 30 e 45 meses, o máximo praticado no setor. Agora, eles já são 40% dos lançamentos.

No ano passado, a Secretaria de Habitação de São Paulo autorizou a construção de 9,4 milhões de metros quadrados. O secretário Ricardo Pereira Leite admite que o processo está cada vez mais complexo. “Mas isso é resultado de exigências da própria sociedade, que quer evitar impactos ambientais e de trânsito, por exemplo. Por isso as restrições aumentaram.”

Com o prédio praticamente concluído, começa a corrida para obtenção do “habite-se” (ou alvará de conclusão). Na capital paulista, o documento é emitido pelas subprefeituras. Em 2010, elas concederam um total de 3,8 mil certificados.

Essas documentações finais é que podem contribuir com o atraso na entrega das chaves para o morador. Sem o “habite-se”, as construtoras têm invadido o prazo de 180 dias previstos em contrato, para atrasos eventuais. “Isso era raro de acontecer e virou regra”, diz Ricardo Yazbek, vice-presidente do Secovi.

Além dos órgãos públicos, os cartórios de registro de imóveis também estão sobrecarregados, principalmente depois do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, que prevê isenções de taxas cartoriais. “São centenas de matrículas que chegam para serem feitas de graça”, afirma o presidente da Associação dos Registradores de Imóveis de São Paulo, Flauzilino Araújo.

Os cartórios têm prazo de 30 dias para concluir os serviços. “Mas em algumas cidades, chega a ultrapassar os 60 dias”, diz uma fonte. Os donos de cartórios negam que não tenham capacidade para atender à demanda do programa, mas dizem que, financeiramente, ele tem se tornado inviável.

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110428/not_imp711790,0.php

Após alta de 42% em 2010, valor total de lançamentos deve crescer entre 5% e 15% neste ano, diz estudo
Escassez e preço alto de terreno, além de mão de obra cara, limitam lançamentos na capital, afirmam analistas

CAROLINA MATOS
DE SÃO PAULO

Depois da explosão de lançamentos de 2010, o setor imobiliário da região metropolitana de SP, incluindo a capital, deve crescer a um ritmo bem menor neste ano.
Estudo da imobiliária Lopes projeta, para 2011, expansão de 5% a 15% do valor total dos imóveis lançados. O volume ficaria entre R$ 26 bilhões e R$ 28 bilhões.
O número de 2010, de R$ 24,9 bilhões, foi 42% maior que o de 2009. E representou quase 45% do total de lançamentos do país, considerando tanto imóveis residenciais quanto comerciais.

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Mas, mesmo com redução do ritmo de crescimento neste ano, o valor total de lançamentos na região de São Paulo deve bater novo recorde. “Ainda que outras regiões do país cresçam, o mercado de São Paulo seguirá muito representativo”, diz Mirella Parpinelle, diretora de atendimento da Lopes.
Entre os analistas, e mesmo dentro das construtoras, há quem aposte que o setor imobiliário brasileiro como um todo vai acompanhar a desaceleração de SP neste ano, fazendo com que a fatia da região nos lançamentos totais permaneça em pouco mais de 40%.
Mas os motivos da perda de fôlego mudam conforme o endereço. Na capital paulista, as restrições impostas à construção em algumas áreas, a escassez e o alto valor dos terrenos são alguns dos fatores limitantes, assim como o encarecimento da mão de obra.
Em outros locais, a capacidade de endividamento da população -em que a renda tem peso importante- e a infraestrutura são aspectos a serem considerados.
“O mercado imobiliário nacional vai continuar crescendo, mas em um ritmo menos intenso e com mais disputa entre as construtoras pelos mesmos mercados”, afirma João Crestana, presidente do Secovi-SP (Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis) .

EXECUÇÃO
Houve um grande movimento das empresas rumo a novas áreas, principalmente nos últimos três anos, seja para ter presença em mais regiões do país ou em cidades pequenas e médias do Estado de São Paulo.
Algumas companhias cresceram por meio de aquisições, como a PDG Realty, que comprou a Agre em maio de 2010. Outras aumentaram o número de parcerias locais, como a Cyrela -que reduziu a previsão de valor de lançamentos para este ano. E outras ainda, como a MRV, investiram em aumentar as unidades construídas em cada canteiro de obras.
As estratégias podem ser diferentes, mas, em geral, as construtoras têm enfrentado uma mesma dificuldade, de acordo com analistas: executar as obras no prazo e com os custos previstos -situação que tem levado ao aumento expressivo do número de reclamações de consumidores.
“Os custos, principalmente de mão de obra, começam a pesar mais”, afirma Eduardo Silveira, analista da Fator Corretora.
Nesse cenário, as empresas têm anunciado mais investimento em novas tecnologias -como para usar mais material pré-fabricado nas construções-, treinamento de mão de obra e melhoria na gestão das obras feitas com parceiros.

Fonte: Folha de S.Paulo

A Basf anunciou nesta quinta-feira que está explorando oportunidades para um novo investimento no Brasil.

A companhia está considerando projetos que incluem a produção de ácido acrílico, acrilato de butila e polímeros superabsorventes.

A decisão sobre eventuais novas fábricas e sobre capacidades produtivas será tomada depois da conclusão de estudo de viabilidade, prevista para este ano.

A Basf abriu sua primeira representação comercial na cidade do Rio de Janeiro em 1911. Hoje, a empresa conta com unidades em várias cidades brasileiras, abriga o maior Complexo Químico na América do Sul e o primeiro centro de ecoeficiência para a América Latina (a Fundação Espaço ECO).

Fonte: Folha.com