02 set Relatório de Sustentabilidade 2013: Conheça as principais perguntas e respostas sobre o indicador EN16 – Total de emissões de GEE
Toda empresa sustentável precisa neutralizar suas emissões? Esta neutralização é obrigatória?
As diretrizes para relatórios de sustentabilidade G3 da Global Reporting Initiative (GRI) definem que pelo menos um indicador relacionado a cada aspecto material identificado durante conexão com as partes interessadas seja gerenciado. No caso da Quimicryl, o aspecto emissões, efluentes e resíduos aparecem em 5º lugar na lista de priorização, o que nos fez decidir pelo monitoramento, inventário e neutralização/compensação dos gases de efeito estufa (GEE), assim como a gestão dos resíduos e efluentes.
Contudo, a decisão de diretoria 254/2012 da CETESB obriga as empresas dos setores[i] cimento, siderurgico, petroquímico, termoelétrico, papel e celulose, assim como as instalações com consumo de combustível fóssil que emitam quantidade superior a 20.000 ton/ano de CO2 equivalentes a enviar anualmente o inventário de suas emissões.
É preciso medir todo ano?
O Programa Brasileiro GHG Protocol[ii] estimula organizações em diferentes níveis de maturidade a tornarem-se membros e calcularem e divulgarem suas emissões. Os membros publicam anualmente seus inventários, de forma transparente, em uma plataforma online, chamada Registro Público de Emissões.
É preciso cortar as árvores e plantar novas?
Não.
Qual a quantidade de árvores que serão necessárias para reposição da nossa emissão em 2013?
A Quimicryl desenvolveu uma parceria com a Green Farm que possui créditos de carbono registrados na Plataforma de Negócios como Bens e Serviços Ambientais e Ecossistemas de Mato Grosso. A Quimicryl como participante do Clube da Green Farm tem suas emissões de GEE calculadas e posteriormente neutralizadas através da utilização dos créditos de carbono.
Por convenção, uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) corresponde a um crédito de carbono. Este crédito pode ser negociado no mercado internacional. A redução da emissão de outros gases, igualmente geradores do efeito estufa, também pode ser convertida em créditos de carbono, utilizando-se o conceito de Carbono Equivalente (Equivalência em dióxido de carbono).
O que significa a unidade de medida CO2e?
O termo, que também pode ser escrito com a abreviatura CO2eq. ou CO2e., significa “equivalente de dióxido de carbono”. Este padrão internacional mede a quantidade de gases de efeito estufa como o dióxido de carbono e o metano. As medições são explicadas no livro “Perguntas e Respostas sobre o Aquecimento Global”, do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam): As emissões são medidas em toneladas métricas de CO2e por ano, ou através de múltiplos como milhões de toneladas (MtCO2e) ou bilhões de toneladas (GtCO2e). O dióxido de carbono equivalente é o resultado da multiplicação das toneladas emitidas do GEE pelo seu potencial de aquecimento global. Por exemplo, o potencial de aquecimento global do gás metano é 21 vezes maior do que o potencial do CO2. Então, dizemos que o CO2 equivalente do metano é igual a 21.
Como será feita a redução das emissões?
As principais ações implementadas em 2013 foram: a priorização de abastecimento dos veículos da frota da Quimicryl com o combustível etanol ao invés de gasolina e a redução da geração de efluentes e resíduos sólidos. Em 2014 faremos um novo inventário para avaliar o impacto destas ações.
O que acontece com os gases? O que é feito?
A forma mais comum de sequestro de carbono é naturalmente realizada pelas florestas. Na fase de crescimento, as árvores demandam uma quantidade muito grande de carbono para se desenvolver e acabam tirando esse elemento do ar. Esse processo natural ajuda a diminuir consideravelmente a quantidade de CO2 na atmosfera: cada hectare de floresta em desenvolvimento é capaz de absorver nada menos do que 150 a 200 toneladas de carbono.
Como ocorre o buraco na camada de ozônio?
A principal causa é a reação química dos CFCs (clorofluorcarbonos) com o ozônio (03). Estes CFCs estão presentes, principalmente, em aerossóis, ar-condicionado, gás de geladeira, espumas plásticas e solventes. Os CFCs entram em processo de decomposição na estratosfera, através da atuação dos raios ultravioletas, quebrando as ligações do ozônio e destruindo suas moléculas.
A reação de destruição do ozono é bastante simples, uma vez que esta molécula é extremamente reativa na presença de radiação UV e cloro. Observemos:
O2 + Energia UV → 2 O
2 Cl (do CFC) + 2O3 → 2 ClO + 2 O2
2 Cl + 2 O (regenerando o Cl) + 2 O2
Logo, a resultante da reação é:
2 O3 → 3 O2
Isto significa que tivemos três moléculas de oxigênio geradas e os átomos de cloro foram regenerados para destruir mais duas moléculas de ozônio de cada vez, e assim por diante, infinitamente, até o cloro descer à baixa atmosfera.
________________________________________________________________________________________________________________________
[i] Veja a lista completa de setores que são obrigados a enviar o inventário de missões de GEE http://www.cetesb.sp.gov.br/userfiles/file/mudancasclimaticas/proclima/file/empreendimentos/artigo3.pdf
[ii] http://www.ghgprotocolbrasil.com.br/index.php?r=site/CapaSecao&id=2
________________________________________________________________________________________________________________________
As perguntas foram realizadas pelos colaboradores da Quimicryl.
Leia o nosso relatório e envie sua dúvida ou sugestão para o Fale Conosco!