30 jun USGBC Anuncia a Certificação LEED de 6 Estádios da Copa do Mundo de 2014
O Brasil já é o segundo país com maior número de edificações esportivas certificadas LEED no mundo
O Brasil é destaque também no segmento de edificações esportivas. Recentemente com a certificação de 6 estádios da Copa do Mundo, o Estádio Olímpico (do Grêmio) e o Centro de Desenvolvimento Esportivo em Osasco, o Brasil se consolida como o 2° país com maior número de edificações esportivas certificadas LEED.
Entre os estádios da Copa certificados temos o Maracanã, originalmente construído e utilizado para a Copa do Mundo da FIFA de 1950, o estádio certificado LEED Prata está mais uma vez repetindo a sua função de ser o anfitrião da partida final da Copa do Mundo de 2014. Além disso, ele servirá como um grande espaço esportivo para os Jogos Olímpicos do Rio de 2016, sediando as cerimônias de abertura e encerramento, bem como grandes eventos esportivos.
Os outros estádios que já receberam a certificação LEED, e estão sediando os jogos da Copa do Mundo da FIFA de 2014 são a Arena Castelão, em Fortaleza (LEED Certificado), a Arena Fonte Nova, em Salvador (LEED Prata), o Mineirão, em Belo Horizonte (LEED Platinum), a Arena da Amazônia, em Manaus (LEED Certificado) e a Arena Itaipava Pernambuco, em Recife (LEED Prata).
“À medida que os olhos do mundo caem sobre o Brasil, estes projetos estão demonstrando não só a aplicabilidade e a adaptabilidade do sistema de classificação do LEED green building no mundo inteiro, mas também a posição de liderança do Brasil na vanguarda do movimento para green buildings (construções sustentáveis) de alta performance”, disse Rick Fedrizzi, CEO e presidente fundador do USGBC.
Cada estádio incorporou vários recursos sustentáveis que contribuíram para a sua certificação LEED. Por exemplo:
Arena Castelão:
– Redução de 67,6% no consumo potável, redução de 12,7% no consumo anual de energia, 97% dos resíduos do projeto foram desviados do aterro sanitário, 100% das tintas, selantes e colas com baixo teor de compostos orgânicos voláteis, 97,44% das estações de trabalho e 100% dos espaços compartilhados possuem controle de iluminação.
Arena Fonte Nova
– 20% dos materiais de construção feitos de material reciclado, 75% dos resíduos do projeto de construção desviados do aterro sanitário e 35% de sua energia proveniente de fontes renováveis como solar e eólica.
Arena Pernambuco
– Utilizou Aço com 87% de matéria prima reciclada e cimento com 30% de matéria prima reciclada, 17% da energia é gerada por painéis fotovoltaicos reduzindo 142,81 tCO2 por ano.
Maracanã
– Reduzirá 23% do custo operacional do consumo com energia, 71,14% de redução do consumo de água potável e 100% de redução de água potável na irrigação, 9% da energia está sendo gerada por painéis fotovoltaicos, amplo acesso a transporte público (trens de superfície e mais de 60 linhas de ônibus).
Os projetos dos estádios da Copa demonstram a oportunidade do movimento de ?green building? ingressando no segmento de obras de infraestrutura. Observamos o maior contato junto a responsáveis pela construção de obras metroviárias, portuárias, estradas, entre outros.
Também é importante ressaltar esta iniciativa no que tange a capacitação profissional e desenvolvimento da economia e fornecedores locais, bem como a influência direta ou indireta no avanço de políticas públicas de fomento a construção sustentável.
A iniciativa muito bem coordenada pela Câmara de Sustentabilidade da Copa de 2014 ressalta a qualidade dos nossos engenheiros, arquitetos, projetistas e consultores, uma vez que é a primeira Copa com estádios certificados por uma ferramenta internacional de construção sustentável. Motivou inclusive a criação pelo International Roundtable Meeting (GBCs) de um Comitê Técnico internacional para analisar o tema com base na experiência Brasil e estádios certificados nos EUA, com objetivo de compreender melhor a demanda de Arenas e eventos esportivos em matéria de construção sustentável.
Fonte: GBC